Um favor...

Olori após compreender as possibilidades de retomar ou não o arco, busca uma fonte que já esteve do lado oposto, ou na verdade apenas fazia o seu próprio jogo, Eragdush.

Com o cajado em mãos, o drow segue para o lago, onde a pedra ritual dos druidas, o marco se encontra e conversa com os druidas lá presentes sobre como achar o xamã, se nada fizer efeito ele apela a própria:

- Eragdush Braagash, preciso de um favor.

* o druida crava o cajado no chão no sutileza esperando algum tipo de resposta *

Ali chegando, More encontra outros casados cravados às margens do lago. Símbolo de respeito, alguns bardos (título, não a classe) mais jovens ainda tinham o costume de usar seus cajados, revivendo-os e fazendo-os criar ramos, raízes e alguns, mais experientes, até mesmo frutos.
Eram pequenas árvores, se não fossem bordões, marcas de alguns clérigos de Silvanus, uma competição natural entre eles.

Sobre uma pedra estava o crânio animado de Atreio, aquele com a runa azul na fronteira.
Estava contando histórias, e animando algumas crianças... E Philip, o filho de Atreio estava entre elas, rindo como se fosse uma delas.

Noutro grupo de crianças haviam 2 crianças, e não muito longe, estava Ruby, o jovem mago e tutor de Illia, uma das recém chegadas, que era uma das crianças. Ela brincava, fascinava tantos com pequenos truques, andando a alguns centímetros do chão e fazendo explosões de borboletas coloridas.

E bem no alto, um rugido chiado, quando um magnífico grifo sobrevoa o lago, montado pelo jovem Jynx.

Era um pequeno paraíso, tão perto de tanta dor. Um mundo escondido à vista do inimigo.

Poucos ali conheciam o velho orc. As crianças tinham medo. Os druidas mais jovens tinham receio.

Finalmente, Olori vê Escama entre um grupo de jovens. Conversavam sobre velhas lendas, sobre "dragões e antigos feitiços", e a julgar pela conversa, não pareciam saber que estavam diante de um de seus "mitos".

Em algum lugar, More ouve o choro de uma criança, o coração aperta. Um urso pardo, imponente, estava sobre as patas traseiras, e no alto de seus mais de 3 metros, as presas ameaçadoras.

Ele desaba no chão, deixando dois marmanjos em frangalhos, um havia se borrado.
O urso sobe uma pilha de pedras, que só por um milagre não deslizava sob seu peso, desaparecendo na encosta de um alto rochedo.

* O druida parecia esquecer-se por alguns momentos do que viera fazer ou até mesmo de onde estava. Conversar com Escama e até mesmo com Philip era algo que estava interessado, quase cede a brincar com as pessoas ali, passar um tempo aprendendo um pouco mais mas quando ouve o choro, o sangue gela...

Ninguém agindo, ninguém se importando, era como se fosse algo só pra si, Olori toma o cajado nas mãos colocando-o em suas costas e transforma-se no worg/lobo indo em direção ao barulho.

Volta a olhar os demais, como se esperando que eles também tivessem ouvido algo, passa perto de Escama dizendo em élfico.*

- Tem algo estranho por aqui Lorde Zek...

*a criatura segue, buscando compreender de onde veio o barulho, com o coração apertado e vai atrás.*

Escama retruca:
- Sim, alguém não está disposto a descansar.

Conforme ia seguindo aquele som, palavras como "que estranho. Por que um lobo usa um bordão? Ele tem quatro pernas."

O worg segue o estranho som, até se ver diante da gruta que um dia pertenceu a Atreio. Era para lá que o urso pardo seguiu, pelo menos até seu rastro voltar a ser humanoide, e desaparecer por completo nesta parte do lago.

Ali, na entrada da gruta, um goblinoides cochilava, recostado numa pedra, as mãos suavemente pousadas na barriga.
RRROOONNNCCC

então, a voz vem de algum lugar, no ar, talvez:
- As crianças já choraram... Mas o rei dos homens insiste em dormir. Por que será?

- Talvez porque não lhe chega aos ouvidos seus choros, ou porque ele mesmo os provoca?

Um cheiro de lodo vem do lado de dentro.
O ronco do goblinoides à entrada.
A brisa carregando algumas folhas, pipocando a perna em sua passagem.

- Diga o que quer, bafo de aranha. Estou ocupado.

De algum lugar distante, podia ouvir o som de marteladas em ferro.
Em algum lugar, nas profundezas.

* Entra em sua gruta, tentando entender o que aquelas criaturas estão fazendo ali, enquanto continua a conversa mental e mantém o estomago no lugar*

- Estamos bem de bafo então... Enfim, o vampiro que Barduk eliminou usa um artefato mágico, um arco que anula habilidades mágicas, provavelmente tenha ouvido falar dele. A questão é que necessitamos achar a cria que manteve o controle da arma, o último sinal é dela em Arabel, e se como bônus eu conseguisse libertar o cajado do domínio e da anulação desta flecha, seria interessante.

* olhando com estranheza as figuras ali, ele continua a "falar" e andarpra dentro da gruta*

- Disseram que você detinha as habilidades certas para isso

Caminhando pela gruta, olhando cada canto, cada rachadura, o velho orc diz:
- Ah, um wizardslayer dando fim a um cajadomm

- Sim...

*curioso*

E o que está fazendo aqui?

- Ora, como os outros, eu MORO aqui... pelo menos enquanto durar o conclave. Atreio o chamou, só ele pode dispensá-lo.

More tem a impressão de ver algo andando no escuro da gruta, mas leva um susto quando o goblin engasga e cai da pedra, fazendo um som gutural e medonho, antes de se virar e tornar a dormir.

Um cheiro de algo podre aumenta.
- Ah! Já deve estar no ponto.

*suspira*

-Mi casa, su casa... ouvi isso em algum lugar...mas enfim, porque teu convidado não fica conosco então? E não estou falando do troço estranho e dorminhoco ali.

*espera pelo o que esta "saindo do forno", e deita-se em algum canto, confortavelmente ainda na forma de worg*

Ao entrar, More sente um cheiro muto pior vindo de um canto, e um pedaço de carniça estava ali, fedorento (sim, pior que Bhark), e coberto por vermes de moscas, lacraias e baratas.

O orc se aproxima, metendo a mão no meio e sacudindo a coisa PODRE, até que tudo tivesse caído numa pilha fétida e mal cheirosa, um estranho lodo alaranjado se desprendia de um ser que o orc segurava pelo "braço", exceto que saía de sua testa, e tinha 3 olhos amarelos espalhados pela "cabeça".

*tampa o focinho entre as patas e golfando, mas aguentando*

- Urgh... eu vou ter que lavar essa caverna por meses... O que você está fazendo, velho?

- Fazendo não, LIMPANDO. Creia-me, Barduk vai me agradecer por isso. Tome!!

Ele sacode a coisa, que parecia ser dotada de um corpo-cabeça do qual saem 3 braços, tendo 3 olhos murchas e de onde escorria o lodo alaranjado. A boca, com dentes pontiagudos, era fina como um bico.

* Imediatamente volta a forma humanoide, assustado e chega perto do xamã, pegando o troço com asco, mas segurando de maneira firme*

- Certo, seria legal me explicar agora o que ta acontecendo? Foi algo que veio com aquele elfo ou ...

*deixa a frase no ar esperando resposta*

- RARARARARARARARAAAAAA!! Vamos dizer que veio com os miolos de Barduk. Hummmm! Você é novo nesse grupo. Acredite, mesmo que Beshaba ande atrás de Finn de vez em quando, tem gente muito mais azarada. Mas me diga, se não veio por isso, por que veio atrás de mim?

O lodo era tão viscoso que More aperta muito a mão, sentindo a coisa escapar pelos dedos como uma gosta.

*ele fica em silêncio por alguns segundos, manejando direito o troço*

- Te respondi assim que... enfim... Repito, este cajado foi atingido pela flecha de um arco que anula poderes mágicos, estava no controle do vampiro que barduk eliminou algumas noites atrás, mas você deve saber disto. A cria dessa criatura hoje está em Arabel, mas não conseguimos mais buscá-lo, apesar de eu ter uma possibilidade de fazê-lo ainda... O que preciso de ti, é conhecer sobre o arco, suas falhas e maneiras de poder derrotar essa criatura, que pelo visto tem planos piores do que já imaginava.

* Olori pensa em que aliados ou mesmo servos a cria está formando, em Arabel...*

- E de quebra, conseguir usar novamente o cajado.

Quando More se vira, percebe o pequeno goblin segrando o cajado, plhando cada runa, cada inscrição.



Então ele arregala os olhos numa runa, dizendo:
- UAAAAAAAUUUU!! UMA ÁRVORE!!!

E mete o cajado na cara... na verdade, cola os olhos na tal runa, inspecionando-a com toda atenção-goblinóide.

* Arqueia a sobrancelha e mistura as sensações entre o nojo e a admiração até mesmo uma certa simpatia pelo novo elemento*

- Mas enfim, o que é isso? E o que está limpando?

Braagash: Huhuhu!! Se barduk não lhe contou, não serei eu. Só diga ao bode velho pra tomar mais cuidado com o que enterra em seu quintal.

CRAC!!

O goblin arranca a flecha do cajado, partindo-lhe o topo em forma de'Y'. More sente o chão fugir de aflição.
Mas em seguida... PAF!!
Mete o cajado na cara de novo, exclamando outro "UAAAAAAAU!!"

* O druida da um passo em direção ao goblin abrindo a boca pra bravejar, mas percebe que pela cara do sujeito, algo ainda estava acontecendo...

Resigna-se e procura uma bolsa ou algo que possa ser feito de para guardar a criatura nojenta...e vai lavar as mãos, mas não para um momento d olhar pro goblin, agoniado com o que aquele ser está fazendo...

A boca seca, o coração acelerado...*

" será que ele sabe o que ta fazendo? parece..."

O velho orc aparece do seu lado na beira do lago, lavando as mãos e os pés, com vermes e insetos pisoteados.
Ele exclama, com a maior naturalidade:
- Ah, estas magias corruptivas. Se eu não tivesse a mente forte, teria um problema. Rarara!!

SBLOSH-SBLOSH-SBLOSH-SBLOSH!!

O goblin passa correndo por vocês, atirando o cajado no meio do lago. Leva as mãos em concha sobre os olhos e...
"UAAAAAAU!!"

- Tenho muito o que aprender com vocês...

* o druida parecia iniciar uma conversa sobre querer passar um tempo com os druidas estudando, mas... quando ve o goblin mais uma vez desembestado ele simplesmente puxa a criatura pelo ombro e diz*

- Ta, ta , ta eu sei que esse cajado é uaaauuu, e o arco tão UAU quanto, mas pelo amor da mãe e de todos os deuses desses mundo, me diz que sabe o que ta fazendo !!!!

O goblin olha o drow nos olhos e diz:
- O QUÊ eu estou fazendo?

O orc ri, dizendo:
- Rarara!! Não espere senso de alguém tão velho. Confie em sua palavra, mas não em suas mãos.

Uma onda violenta, provocada por um intenso borbulhar sobre as águas, do qual emergia uma escaldante coluna de fumaça.

* o druida estava aflito, a garga seca, pensa até em beber um pouco de água para aliviar, mas aí vê os vermes e deixa pra lá...

Foca a visão no que estava acontecendo... pronto pra puxar o cajado de onde estava, mas segura a agonia e mantém a paciência.*