Acordo Sombrio - More!!

Ral, curto e grosso:
- Voltar a Boven, reagrupar o que restou e conseguir magos pra ajudar a entrar e sair do mithal.

* O druida se levanta e retira do robe mais um remendo e deles aparecem dois grandes Mastins.*

- Subam, vamos adiantar o processo. Quando chegarmos a Jhael , Ral e Ila sigam ao lago, reúnam os druidas que ainda estejam por lá e estiverem dispostos a ajudar, indiquem a casa que está sediando a clériga de mystra, como ponto de encontro, Aliás, a esta peçam um momento a sós, e contem tudo que lhes contei agora, e mais uma coisa, fale com ela que estive no Fim.

E peçam que enviem mensageiros a Gauntl convocando Michael e Dórin, e voltem imediatamente a Jhael. Buscarei reunir os Andarilhos do Destino para resolvermos isso. Não revelem a qualquer um o que está acontecendo, temos inimigos demais à espreita e ouvidos demais alertas.

* Os anões vão nos mastins, Alak com Dragão e Dipfein com Morë, que transforma-se em uma águia gigante. Atentamente eles seguem pelas trilhas, enquanto o druida parte para o mais alto possível, mantendo contato visual com o grupo e tentando visualizar o que acontece daquele ponto de observação. *

Dragão não estava ali em parte alguma, talvez separados novamente pelo Mithal. Talvez fruto de suas visões.

O ponto mais alto de onde estavam era uma fria e solitária colina que ladeava uma das encostas da montanha. Dali, além de marcas de um acampamento a pouco menos de um dia, podia ver a estrada à frente, boa parte do terreno arruinado, e a própria encosta da montanha afetada por algum grande desmoronamento.
Toda a natureza da região parecia afetada pelas ondas sobrenaturais que escapavam pelos portais. Eles eram a principal ameaça à região, e precisavam ser encontrados.
Mas não restava qualquer pista a seguir, senão buscar pela presença de inimigos, ou recorrer a meios mágicos.

Do ponto elevado, More se depara com a figura sinistra de um homem vestindo vermelho. Estava num ponto muito mais elevado. Sabia que os Andarilhos já o haviam encontrado antes, e mesmo Finn o relatara como sendo um dos líderes do exército da Chama-rubra.

Ele o fitava diretamente, podia sentir o peso de seu olhar mesmo às centenas de metros que os separavam.

Dragão de novo foi separado... Espero que não tenha ficado no Fim...

*quando se depara com a figura*

- Veem aquele homem, parece ser um dos comandantes dos Chamas -Rubras. O que nao entendo é que não é a primeira vez que ele nos encontra e continua apenas nos olhando.

* O Druida anda em sua direção e levanta a mão num gesto de paz. *

- Mantenham uma distância, mas acompanhem-me.

" qual o intuito dele ? se fosse matar, poderia faze-lo agora, neste momento ou nos outros que esteve conosco, mas ele insiste em simplesmente nos olhar
"

O adversário, More sabia, sorria. Mesmo longe, podia dizer que ele estava satisfeito. More sente a nuca arrepiar. Só a presença da criatura, sempre é apenas observando, o tornava perigoso.
Sente na mão a peça dada pelo Fim, e parecendo prever seus pensamentos, antes mesmo que os tivesse, ele desaparece na alta montanha.
More sente um misto de alívio e receio. Ele não parecia disposto a confronta-los.

- Maldito...

*olha a peça na mão por uns instantes... e a guarda num bolso interno do colete*

- Precisamos nos apressar, mas carregar vocês enquanto águia só vai chamar mais atenção, apesar de nosso inimigo saber exatamente onde estamos.

*Acaricia os cães e retira mais um dos remendos de mastins, agora existem 4 cães ao todo na companhia do grupo cada um iria em um cão, enquanto o druida manteria o plano inicial(explicado no post anterior)*

-Vamos. Ral, diga também para a clériga de Mystra que tenho algo para mostrá-la.

*O druida espera alguma resposta e se não existirem dúvidas, parte para o alto e já que não irá carregar ninguém, mantém a forma de uma águia comum para despertar menos atenção *

More levará Dipfein e Álak, se entendi certo, para Erel, é isso mesmo?

(more vai sozinho, como coloquei aí no final do post, sobrevoando e servindo de olhos ao grupo, além de aproveitar pra avaliar da posição privilegiada o que está acontecendo, e anotar mentalmente todos os focos de possíveis acampamentos, movimentação de tropas, etc.

Entendendo que jhael é antes de boven, os 5 irão juntos, mas os drows ficarão na comunidade enquanto os anões continuarão até a vila pra seguir o plano que o druida repassou*

De volta às terras de Boven, More passa por algo estranho, um "pequeno deserto" no meio das montanhas.
Era assustador, mas seus olhos viam um número enorme de homens semi-enterrados em areia fina. Podia ver de humanos a anões, dezenas de ambos, e bem no meio das areias, que formavam um círculo enorme, havia uma mancha negra ao redor de uma grande pedra de carvão.

Percebe os mastins com os seus se aproximando do misterioso evento, e era certo tratar-se de algo novo, pois era o caminho mais utilizado pelo grupo, bem na junção entre o caminho para Boven e HeavenLake.

Havia uma aura macabra naquelas areias, podia sentir os calafrios salpicando pelo corpo.
O que teria acontecido ali?

Ao se aproximar, e depois de Dipfein estudar os arredores do estranho fenômeno, duas trilhas bem demarcadas se destacavam:
1) Um pequeno grupo seguiu dali diretamente para Leste;
2) Um grupo maior voltou às terras de Boven.

Uma rápida análise do ambiente e dos corpos que conseguiram recuperar mostrava não ter sido a areia, apesar de sua força necrótica, a causa das mortes, mas um violento combate entre as tropas dos Martelos das Almas e o exército Zhentarin.

As pedras e as árvores ao redor mostravam sinais de uma verdadeira batalha campal, e entre os mortos estava o Capitão zhentarin.
Noutro ponto, More reconhece restos de um ritual macabro a Lolth, lembrando imediatamente os drows que caçavam o Rei da mesma raça.

O que quer que tenha acontecido ali, foi algo poderoso e selvagem ao mesmo tempo. Mas não encontrar Barduk em parte alguma era reconfortante. Talvez tenha havido luta entre as forças, e o general tenha sobrevivido.
É Dipfein o primeiro a apontar a enorme pedra carbonizada no meio da formação arenosa, revelando um enorme corpo completamente ressecado e escurecido, como se séculos de decomposição tomassem conta de um ser vivente.
Mas a cabeça enorme era inconfundível, e More reconhece o enorme demônio que servia ao xamã do ar. O que só aumentava a apreensão.

Álack aponta em outra direção marcas que More prontamente reconhece, por se destacarem das demais, como de um enorme animal (Algoz, talvez) voltando à zona de contenda na estrada. Talvez tenha voltado para procurá-lo, escapando da cruel batalha que ali se sucedeu.
Mas a preocupação aumenta ao terminar de analisar os mortos, boa parte retirada das areias. Os Reis não estavam entre eles.

* o Druida se alarma com o acontecido, sentindo o coração apertado com o revelado, enquanto deixa os drows recolherem as informações sobe e desce pelos ares, ainda buscando com seus potentes olhos mais informações e quando tudo se coloca finalmente volta a forma élfica.*

- Vamos, mantenhamos o plano! Ral, repasse também esse acontecimento a Natali Chermin e Grim Evenwood, precisamos deles aqui, Atreio... seria ótimo ou Normam, onde por acaso está Norman?

* Olori procura o corpo de Moser por algum tempo e logo segue com os drows para Jhael enquanto os anões seguem para Boven.*

More calcula ter perdido pelo menos duas horas entre vasculhar as areias e localizar os mortos. Cada nova descoberta trazia o alívio de não ser um rosto conhecido, ao mesmo tempo que trazia a dúvida do que teria sucedido ali.
O corpo carbonizado, não restavam dúvidas, era do demônio. Mas o número de aliados que ali perderam a vida era impressionante.

Depois de dispensar a força, ainda montando nos cães, a Águia-More segue para Erel, e já do alto avista a torre, e estava intacta.

Do alto, parecia uma vila em construção, entremeada por pequenas zonas de plantio e criação, uma pequena aldeia de agricultores, exceto que eram quase todos drows.

*Antes de deixar o campo inspeciona o corpo do demonio vendo se acha alguma coisa se não segue com os drows e procura Varla e Gutz, contando-lhes todo o acontecido e recebendo suas notícias, aliviado de pelo menos ali as coisas pareciam calmas... Mas talvez ...

Ele fica alerta, com Alak e Dipfein consigo, com os sentidos dispostos a qualquer coisa diferente... E procurando saber principalmente sobre o ataque aos homens de barduk e as forças que seguiram de lá pra a comunidade*

O corpo era uma imagem grotesca e distorcida, primeiro teve a impressão de que tinha várias cabeças, até dar-se conta de que eram de fato cabeças de outras pessoas, incluindo a do próprio Xamã, seu mestre.
Havia um conflito de informações, algo não fazia sentido. More não conseguia desvendar o que via, e sua cabeça doía ao tentar pensar no assunto.

Então, uma voz sussurrada com o vento, chega até você:
"Estamos partindo para Gauntlgrym ao amanhecer. Sofremos uma emboscada, quase todos morreram, mas finalmente o inimigo foi revelado. Passamos em Lakeheaven antes. Você vivo?"

Era uma voz séria e triste ao mesmo tempo.
Então uma brisa forte começa a soprar vindo da montanha, as folhas balançavam, mas o mais sinistro era a areia revolver e levantar, soprada para longe.
Os seus se afastam, preocupados e sem entender. era como se a montanha soprasse aquela poeira nefasta para fora de suas terras, a brisa tornando-se vento, e os corpos iam se revelando. Até que nada restasse senão o mistério do que teria acontecido ali.
Um calafrio percorre a espinha de todos, a imponência do corpo do demônio revelada sem a areia. Um corpo apodrecido e ao mesmo tempo mumificado, uma escultura grotesca.

*Faz um sinal para que Ila e Ral continuem seu caminho enquanto responde a voz, ajoelhado olhando o corpo do demônio e respondendo num tom tão desgastado, cansado e triste*

- Barduk? Estou no local, que Moradin receba os teus com a honra merecedora! Convidei clerigos para cuidar corpos, mando a Gauntl, druidas reunirão-se em boven, parto ao teu encontro depois de Jhael. Alguns dos meus continuam sumidos, preciso de magos e grrr elfos.*

- Dipfein, segue a Jhael e volte com alguns para arrumar e transportar os corpos, precisarão de um funeral digno, os zentharins também, mas destes recolham todos seus itens. Rápido, o tempo urge!

* Olori e Alak ajudam-se a ao menos a postar os corpos um ao lado do outro, enquanto continua com o mistério na cabeça do demônio, buscando algo sinal para compreender o que acontecera, que tipo de ritual ou magia acontecera ali... *

" Barduk não pode partir sem antes cuidar dos corpos de seus homens, eles merecem. "

*Assim que minimamente cuidar dos corpos deixa Alak de guardião e segue para Jhael*

- Mantenha-se escondido, talvez os reis estejam a espreita. Todos os corpos devem passar pela benção do clérigo, não queremos mais mortos vivos em nossas terras. Assim, que transmitir as ordens a quem vier transportá-los, junte a Erel e venha a mim. Precisamos agir.

Álaxe Olori passam um bom tempo "limpando" a trilha dos sinais de contenda, e enquanto enfileiravam os corpos separadamente, entre Zhentarins e Martelos, Álak diz, casualmente:
- Temos olhos sobre nós. Já contei dois elfos ao menos, mas percebi a movimentação de mais. Acho que estamos cercados.

Estávamos precisando de uns, não é?

*continua o trabalho com Alak por um tempo, e se não for interrompido pelos elfos ele fala em bom tom, sem demonstrar preocupação, uma versão da mensagem de Elistraëe*

- A Dançarina diria : "Venha em paz e viva novamente sob o sol, onde crescem árvores e flores "

* o tom muda pra algo mais pesaroso*

- Esperemos ser capazes de flor-e-ser novamente, apesar de tanto sangue derramado. Estou esperando homens... e drows, para levarmos os corpos dos homens de barduk, e ... os zentharins, para um enterro, espero que permitam a passagem deles.

*continua com Alak*

Visivelmente, Álak fica desconfortável com a situação, evitando áreas muito abertas e que o colocassem em linha de tiro.
O tempo passa, o entardecer torna-se noite, e a sensação de ser observados não passava.
No começo da noite, Ral ressurge pela estrada guiando uma carroça, Ila vinha ao lado dele no coche. E um pouco mais atrás, mais alguns carroceiros vinham para pegar os corpos, uma das carroças era conduzida pelo jovem sacerdote de Kelenvor, cujo semblante era sério.

Mal a carroça se aproximava, ele salta do coche deixando-a seguir por conta própria no comboio, e entoando um alto cântico que faz revelar na mata vários observadores ocultos.

Ele diz, num tom sério e ameaçador:
- SENTINELAS OU NÃO, NINGUÉM SE ESCUSARÁ DIANTE DA MORTE E DA SANTIDADE DO ÚLTIMO JUIZ. MOSTREM SEU RESPEITO AOS IDOS, OU PARTAM IMEDIATAMENTE.

Ral, Ila e alguns dos carroceiros se assustam, mas o distanciamento dos pontos brilhantes, até sumir entre as árvores ao redor, devolve a calma ao lugar.
Até mesmo o pio de uma coruja ao longe traz os primeiros sons da noite até vocês. era como se as palavras do clérigo tivessem não só sido ouvidas pelos sentinelas silenciosos, mas por qualquer força sobrenatural que pudesse estar ali.

*Olori iria partir, mas percebe que deveria ficar, infelizmente algo aconteceu para Barduk não continuar ali , ele deveria fazer o papel.

Fica ao lado da Erel, ajudando no que o clérigo precisar e enquanto estiver livre, faz suas preces silenciosas*

" que o vento seja a leveza e a força da Mãe, que a tempestade seja o grito e as lágrimas que limparão o sangue que aqui correu..."

*a última hera de seus cabelos cai sobre o chão arenoso enquanto o drow com o coração pesado levanta o olhar ao seu redor, admirando a região devastada mas mesmo assim espectro real da natureza, e pede por mais força*

De maneira lúgubre, Grimm assume os cuidados com os mortos, instruindo cada acólito no preparo para o transporte. A juventude se perde nos cuidados laborais do jovem clérigo, cada preparativo executado com maestria.
"Os Mortos têm seu tempo, e este será onde seus corpos descansarem. Até lá, desvencilhem-se as amarras da morte e da chacina, que Cyric, o Louco, perca sua força e devolva a paz à morada dos mortos."

Ele repetia o verso em cada corpo, untando-lhes as feridas e, por fim, a fronte, antes de envolvê-los em mortalhas, que trouxera às dezenas com as carroças.
Percebia-se a familiaridade no trato dos corpos, algo funesto e sinistro para pessoas despreparadas. Ele estava à vontade entre eles, não restava dúvidas.

A noite já ia alta, e seus ajudantes, na maioria pessoas contratadas na própria vila, já iam embora com carroças cheias de corpos.
A última carroça levaria o próprio clérigo e quem mais quisesse acompanhá-lo de volta.

Ele diz, entre um ofício e o seguinte:
- Consegui desvendar o marco que me pediu. Não saia da vila até termos terminado, vou precisar da adaga que está com você.

Por fim, noite alta, a última carroça segue em direção a Boven, e em cada uma, um acólito cantava músicas fúnebres e serimoniais, que acompanhariam os mortos até os locais de seu repouso, seja na Vila ou em Gauntlgrym.
More ainda estava impressionado na maneira como ele assumiu a guarda daquele lugar, expulsando os elfos que, até então, observavam.

Entre os guerreiros, e em algumas carroças, acompanhando na forma de um cortejo, estavam familiares de alguns dos mortos. Mas mesmo eles não violavam as carroças que transportavam os corpos dos assassinos zhentarins. Havia apenas tristeza e respeito naquela comitiva.

Outra novidade que chega ao conhecimento de More é que não deveria revelar-se dentro da Vila. Um comando de guerra liderado por um experiente Dragão Púrpura assumira a autoridade no local, destituindo até mesmo Firgas de seu posto de liderança. Dezenas de aventureiros espalhados por toda região foram presas, e havia uma ordem de levar ao coração do Reino cada um dos Andarilhos do Destino, responsabilizados diretamente pela Corte pelos eventos desastrosos na região.
Os drow estavam sendo sitiados por soldados, mantidos em segurança, mas impossibilitados de deixar a região.

- Certo! Obrigado por tudo sacerdote. Que as forças abençoem tuas missões, e espero teu chamado, mas por favor, o tempo urge... sabemos!

* durante o rito Olori pergunta aos anões, sobre os pedidos que fez aos seus obtendo as informações necessárias para os próximos passos e pedir ou não a Griim ajuda para falar com a clériga de Mystra.

Se nada mais os impedirem, a Erel parte para Jhael e convida Varla e Gutz para conversarem antes dos demais*