Um encontro inesperado

*ao ver seu velho pai, o grande Heror Amarkiiri Barduk não se contem. Sente suas pernas fraquejarem, seus olhos marejarem. Sem põe de joelhos a frente do anão ofertando o velho escudo e se apoiando em seu martelo, o Grito de Heror, de cabeça baixa. Tinha muito a dizer, um turbilhão de emoções, de razões, de desculpas...mas nem sabia ao certo o que motivou aos trapos fazerem tudo o que fizeram, então apenas uma pequena frase pode ser ouvida por uma voz antes gutural, imponente e agora trêmula e embargada*

-Pai me perdoe.

O velho anão se aproxima de barduk, e diz de forma dura e simples:
- Levanta, seu barba frouxa. O que há pra perdoar? Não vim até aqui pra vê-lo chorar. Vim aqui pra conhecer a lenda... THURMAZ UKRAT BARDUK!! Tem idéia do que isto representa?

*as palavras THURMAZ UKRAT BARDUK!! ecoam em sua mente, pareciam as marteladas do próprio forjador. O peso daquilo parecisa muito maior agora*
-do dia em que renasci até este momento tudo que busquei foi a redenção pelos atos do passado. Atos de um desgraçado que destruiu o nome de sua família. Os irmãos trapo causaram muitos problemas nestas terras pai e me envergonho do que fiz. Sei que a mente por trás dos problemas era a minha e aqui diante de ti peço perdão. Títulos e honrarias só me servem se puder olhar em seus olhos e saber que os mesmos não me vêem com desprezo. Já me encontrei com um rei sob a montanha, com o próprio forjador, serei levado a corte em Arabel para relatar os ocorridos aqui no Norte, mas nada fará sentido se eu não puder olhar em seus olhos e saber que o nome Amarkill, nascido Amarkiiri é mais uma vez motivo de orgulho e que tenho sua benção para continuar a usá-lo.

Achei que, achei que você... estava morto

O velho Heror sorri, e diz:
- Ah, meu pequeno trapo, você tem muito que aprender sobre seu nome. HAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAH!!!!

Ele ri de uma maneira tão descontrolada que Barduk fica sem entender no começo, mas então ele continua:
- Já nem me lembro quanto aprontei na minha juventude. Quantas peças preguei, quanta gente perturbei, e quantos inimigos deixei comendo poeira na estrada. Por que acha que fiquei amigo dos elfos? Ou melhor, COMO acha que consegui o feito? Somos Trapos, Barduk. SEMPRE fomos trapos. Mas quando exageramos, temos que arcar com nossas escolhas.

Ele põe a mão no seu ombro, e diz:
- A diferença é que às vezes o Forjador nos deixa voltar e recomeçar. Você teve esta chance, e aproveitou. THURMAZ UKRAT BARDUK - Ele fala aos berros, fazendo-o lembrar de harsk, e continua - Eu não poderia estar mais orgulhoso. se você tem minha bênção? Eu não poderia estar mais orgulhoso do que você se tornou.

*Tendo o anão a bênção de seu pai, sente o fardo em seus ombros diminuir e o vazio que havia dentro de si passa a dar lugar a alegria de fazer aquilo a que estava destinado. Barduk era curioso e queria saber mais sobre si e principalmente sobre sua mãe*

-amigo dos elfos? raios, e eu que sempre os achei uns bunda mole por passar tanto tempo longe de suas terras dando lugar aqueles demônios. Hehehe

*Barduk leva seu pai até a torre onde estava o cofre da companhia, deixa seu pai bebericando sua cerveja (ainda é a de trigo a Red Ale levará mais tempo pra ficar pronta) e vai até lá buscar o chifre para mostrar a ele*

A expressão do velho anão muda por completo, parecendo uma criança.
Ele queria saber tudo. Cada história, cada aventura... Barduk teria um longo tempo ponto as histórias em dia com seu pai.

<off> ele fala algo sobre o chifre? <off>

Ele contava histórias grandiosas, de combates lendários entre exércitos inteiros contra demônios com chifres daquele tamanho, se não fossem maiores.

Ele o coloca na cabeça, parecendo uma aberração de chifres. De repente para, imóvel, os olhos vidrados.

*Barduk mantem o fascínio pela história quando é surpreendido pelo olhar de seu pai. Aquilo não era um bom sinal*
-pai?

- GRRRRRRRRR!!!

Ele faz um rápido movimento, pula sobre Barduk, quase acertando-o com o chifre.
Ele o encara, o olhar parecia enlouquecido, e urra como um touro.
- GGRRRRAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRR!!!

*Tenta tomar o chifre a força, mesmo que isso resulte em alguns dentes quebrados de seu velho pai. O chifre era poderoso e poderia de alguma forma tentar controlar alguém com menos vontade ou sabedoria*

Barduk e Heror se atracam, o velho anão tenta acertá-lo com o chifre novamente.
Os dois terminam caídos, as mãos disputando o chifre como a melhor das prendas de um festival.
Quando finalmente...

- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!

Heror solta o chifre nas mãos de barduk, dizendo e rindo:
- Você devia ter visto a sua cara. HAHAHAHAHAHAHAHA!!

*Barduk levanta ainda bufando com o chifre nas mãos, sério, mas se entrega ao riso, conhecia um pouco mais de sua origem naquela noite e dos perigos que as brincadeiras traziam. Enche os copos com cerveja e vai até o cofre escondido, guarda o chifre e o tranca novamente escondendo-o na passagem. De volta a sala*
-nos preparamos então para a ida a Gauntlgrym

O velho Heror só volta a falar depois de entornar mais um chifre da deliciosa cerveja artesanal, dizendo:
- Gauntlgryn então será... pfffffff devia ter visto a sua cara. HAHAHAHAHAH!!!

-mais feia a assustada impossível

Barduk tinha uma boa mostra do que o aguardava.