Entremeios - Finn!!

- Está louco? Servindo Bane? Nunca... Preferiria estar morto ao fazer isso e Corellon certamente sabe disso, como Torin também... Esses zhentarins apareceram aqui fazem aproximadamente 1 mês e ouvi dizerem que são leais a Cyric.

Finn encara seriamente Gurag.

Ele mantém a expressão calma, ao dizer:
- Ao que me parece, tanto você quando More têm servido ao Tirano sem se dar conta. É bem típico deles. Vamos computar...

Ele ergue a palma da mão direita e diz:
- Eu faço daqui a minha casa, e faço aquilo que acho melhor para estas terras. Espalho meus agentes para investigar, reconhecer e resolver... sem que me peçam, e depois espero os louros.

Ele ergue a palma da mão esquerda e diz:
- Eu reúno sob minha bandeira os desgarrados sem lei, dou-lhes um nome e um propósito, e então os envio em missões em meu nome, sob o pretexto de proteger suas próprias terras... que nunca foram suas... que nunca serão suas... e mostro meu rosto pra quem quiser ver, e pra quem não quiser, terão de me reconhecer mesmo assim.

Ele olha Finn nos olho e diz:
- Me desculpe, Finn. Vai ter que me explicar, porque não vejo nenhuma difetença entre vocês dois e um bando de zhentarins. Cyric, você disse? Por que não zhentarins de Corelon? Ou de Eilistraee? O que os difere? Eu não entendo.

Gurag continua com os braços abertos e diz:
- Eu não disse que era você a erguer uma nova bandeira. E me diga, está cansado de que? De ajudar estas pessoas? Mas pensei que um bladesinger lutasse por princípios, não pra ser reconhecido. Pelo que eu soube, seus agentes estão fazendo um bom trabalho. Não precisam de um estandarte pra isso.

Ele baixa os braços e diz:
- Algo maior. Um BEM maior. Há-há-há... blá-blá-blá... Se soubesse quanto já escutei isso. Eu mesmo disse muito isso até saber que não existe isso de causa maior, ou de bem maior. Qual sua causa, senhor Finn? Pelo que VOCÊ luta?

Ele senta no chão e cruza as pernas, e com um aceno indica que faça o mesmo.
Ele desenha um círculo no chão com a ponta dos dedos, marcando o centro, e diz:
- Você está aqui. No centro do seu mundo.

Então começa a marcar outros pontos. Por toda parte. Até que a imagem se deforma, e se torna um borrão incompreensível.
E sem parar, ele diz:
- Tantas pessoas, aqui dentro e ao redor do "seu" mundo. Elas não pediram pra estar ali. Elas apenas estão ali. Elas VIVEM ali. Então. .. - mete a mão no chão destruindo o desenho, e diz - De quem é este mundo horrível? Todo poluído e povoado?

Ele se levanta, batendo a terra da bunda e batendo as mãos (com as manoplas), e diz:
- Gosto da sua incapacidade de ouvir. Que tomou sua decisão você já deixou claro. Veio fazer o que nestas terras, espalhar-se, tomar controle e partir? Espalhou seus homens, senhor Finn. Começou uma campanha aqui, com homens que vieram até você por lealdade. E é assim que vai lhes retribuir? Não há pensamento mais tirano do que este.

Ele aponta a mão para o escuro, que se desprende do chão e vem até a mão dele, encaixando-se na alça.

- A-han! Vocês são duas crianças. Não vêem o quanto podem se ajudar. Faça como quiser, Finn. Mas vai precisar dele se quiser encontrar sua esposa.

Ele se vira, caminhando em direcão às balsas.

Finn caminha ao pé da escada e senta.

Torin senta ao seu lado e diz:
- O que se passa em sua cabeça, filho?

- Há muitos pensamentos Torin... O principal é de derrota... por tantos meses guardei aquele artefato e quando fiz algo para protege-lo, fui roubado dentro da minha casa e novamente separado de minha amada Katrinna. Fora outros problemas que passam por minha cabeça. Uma porta para Undermontain na floresta de Ardeen e que Volpi está guardando, pensei em simplesmente fechá-la, mas tendo a runa de Halaster, pensei que seria melhor encontrar-lo e pedir sua permissão. Aquele povoado já sobre demais e agora voltou a sofrer por minha culpa. Meu filho que está desaparecido e citou um nome e sempre que pergunto dizem que não devo pronunciar. São preocupações que estão pesando sobre meus ombros e estou ficando cansado... Em muitos momentos já pensei em desistir de tudo, mas infelizmente nem mesmo ser um simples ferreiro/armeiro posso... Há somente um avatar me perseguindo e um dos piores, senão o pior...

Finn leva a mãos a cabeça e se debruça sobre os joelhos...

Torin põe a mão na sua cabeça e diz:
- Filho, desde que te conheço tudo que me diz é que quer ser visto como herói. Ninguém nunca disse que seria fácil. Mas você está no caminho. Já se perguntou o que há em você que tantos querem quebrar? Você é forte, Finn Goldpetal. Mas seu espírito é fraco. Você já perdeu tudo uma vez, e teve a chance de recuperar. Agora deve lutar com todas as suas forças pra recuperar, proteger e zelar. Este é, afinal, a razão de ser de um bladesinger. E sim, tem um avatar na sua cola. Mais um motivo pra se cercar de pessoas dispostas a ajuda-lo. Não as torne pessoas que queiram entrega-lo ao tirano pra que os deixe em paz. Porque eu te conheço bem, e sei da sua capacidade de fazer as pessoas te odiarem.

Gurag tomava o lugar na balsa, deixando o escudo apoiado firme.

- Posso parecer prepotente ou arrogante, mas me conhece Torin e sabe o quanto desejo ajudar, mas em certos momentos é necessário escutar a voz de alguém muito mais experiente e vivido, estou nesse mundo de batalhas e aventuras no mínimo há uns 10 anos e realmente há momentos que tenho o desejo de ficar vivendo tranquilamente em meu lar com minha fámilia. Somente uma pessoa me odiou e eu a ele, nem Angus suportava ele. Aquele clérigo de Akadi. Outro que não sabia escutar e só queria agir a sua maneira. Se o drow tentar outra vez me acusar de algo ou me ameaçar, ele irá provar o que é a ira de um bladesinger e quais são minhas verdadeiras capacidades, pois ele acha que me conhece, mas não sabe a missa metade.

Depois de falar com ira, Finn respira e fala serenamente para Torin. - Peça para seu filho Barduk tomar um pouco mais de cuidado e ter outro olhar para o drow. Ele é perigoso e faz jogos perigosos. Não sabe obedecer e nem cumpre com seus próprios pedidos, ignorando simples pedidos. Se eles acham que sou perigoso, então estão criando uma cobra e nem sabem.

Torin levanta e diz:
- Não sou eu que tenho que dizer a Barduk como olhar seus aliados. Nem a você, que deveria ter aprendido algo com Luther. Fala dele mas é tão intolerante quanto.

Ele vai até o barco e diz:
- Se quer realmente parar Bane e ter paz pra viver seus dias, sabe o que tem que fazer. Ou pode continuar achando que é o único que sabe o que está fazendo. Não está sendo "a fúria Bladesinger"... Está sendo ridículo.

Ele entra na balsa e senta ao lado de Gurag, que lhe diz:
- Você vem?

Finn apenas caminha e sobe no barco.

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