Terreno Arriscado: More!!

*olha para os demais esperando para ver se mais alguém tem opiniões antes de expressar a sua*

Uma voz fala das sombras:
- Qual o propósito de Jhael?

* Espera que alguém se manifeste e após, com respostas ou não, ele complementa*

- Ao meu ver, Jhael, tem como objetivo resistir as infâmias de uma guerra milenar de ataque entre irmãos e irmãs, de intrigas que separavam famílias e escravizavam aqueles que eram diferentes. Enfim, Jhael Umrae, tem o propósito de aprender um novo modo de viver entre drows e as demais raças, e qual será este? As nossas escolhas presentes e futuras que dirão.

Das sombras sai em silêncio alguém que primeiro parecia ser um elfo de cabelos prateados e olhos mesclados entre o azul do céu e o brilho dourado da manhã.
Mas um cheiro incomum o acompanhava. E seus passos leves o conduzem até um tronco caído que lhe serviria de banco, de frente para a fogueira, mesmo que não usasse roupas próprias para o frio que fazia aquela noite. Mesmo que não parecesse arrepiado sob o vento frio das montanhas.



Mesmo assim, ele estica as mãos para a fogueira, que por um instante parece aumentar de brilho.
Mantinha-se em silêncio, observando cada um ali, até finalmente dizer:
- A balança pende nestas terras. Já não há mais o mesmo equilíbrio de antes, e os druidas daqui sabem. Eles se agitam, alguns até se assustam. Jhael Umrae mudou tudo. E só está começando. Mas o mal destas terras também sabe, e vai usá-los como já fez. Como continua a fazer. Não respondeu minha pergunta, More Olori. Qual o propósito deste lugar? Ninguém se junta para tomar uma decisão. Primeiro você a toma, depois se junta com aqueles de igual inclinação. Aqueles que compartilham da mesma crença. Vejo-os sempre falar num equilíbrio, mas por trás dos rostos amáveis há espiões, assassinos, caçadores e batedores prontos a agir. Vejo cães encoleirados proibidos de ser eles mesmos por uma palavra de ordem... como se a Ordem conhecesse o rosto do inimigo.

*Observa a figura com atenção e pergunta cordialmente para continuar a conversa*

- Antes de continuarmos, por favor, apresente-se.

Agora esfregando as mãos, ele diz:
- Talvez não se lembre. Afinal, elfos muito tempo perto dos homens perdem a memória. Meu nome é Ewan. Sou um druida dos Planos, e tomei pra mim o protetorado destas terras. Meu irmão foi assassinado em Boven, e desde então faço desta região um lar para outros celestiais desgarrados. Eles lutam nas fronteiras de seu mundo contra forças abissais que espreitam nas sombras.


A luz do fogo aumenta, fazendo os drows ali protegerem os olhos. E de relance, vários homens, mulheres e anões aparecem por todo acampamento. Olhos de luz, rostos angelicais, envolvidos pou uma aura prateada e protetora, característica dos aasimares.

Ewan diz:
- Um druida traz a Sombra para perto da Luz. Uma noite que cai sem Sol para sucede-la. Ainda não há um propósito para Jhael. Uma causa. Mas em seu rastro, as Trevas de Lolth serão sempre presentes. E cada drow assassinado aqui, ou morto durante uma caçada, será um tributo à Aranha. Você, melhor do que ninguém, deveria saber disso.

*fecha os olhos por um momento incomodado pela força da luz*

- Perdoe-me pela falta de memória Ewan e pela discordância, mantenho minha fala sobre o propósito de Jhael, sobre a causa, mas talvez não tenha sido claro.

*ele olha para os demais*

- Muitos de nós, fomos mortos nas cavernas e nas casas das matronas, muitos sofremos com suas guerras por poder, e hoje Jhael é a chance de escolhermos viver um novo modo de existir sob o Sol. Jhael é isto, uma escolha.

* sem alterar o tom de voz*

- Infelizmente, nossos inimigos não param e não nos deixam escolher em paz. Mas temos aliados, como vocês, que podem nos dar a capacidade de nos fortalecermos para conseguir em breve isto. E sim, cada um de nós morto, assassinado é um deleite um sorriso a ela. Portanto, precisamos nos fortalecer enquanto comunidade, família e mantermos o elo que nos une.

*Olori não diria abertamente que a possibilidade de ter infiltrados e traidores era real, não geraria mais paranóia do que já existia entre os seus, eles já sabiam em algum grau disso, alimentar não era saudável. *

- Entre nós, há todo tipo de gente, e para além de nós, há todo tipo de oportunidade. Vários talentos, várias escolhas, várias faces da moeda, ao fim, Ewan, não somos, enquanto raça, tão diferente das demais.

*Vira-se para Varla*

- Mas hoje eu sou mais um, e vim aqui para pedir conselhos e ouvir opiniões. Assim tem sido. Portanto, trago aqui, mais um ponto, e neste me permitirei dar uma opinião direta.

* O rosto se torna sério *

- Queria eu poder respeitar nossas dores, e evitar este assunto, mas em breve a Lei destas terras irá se pronunciar a respeito e é necessário que tenhamos clara nossas ações sobre.

* Um silêncio se faz por alguns segundos, ele parecia pesar se deveria realmente continuar, e enfim.*

- Apelo a sobriedade e a sabedoria drow. Os filhos de Shevarash, alimentados por seu rancor a nós, foram enganados por inimigos maquiavélicos, um séquito dos demônios elfos tem tido um interesse absurdo por nossa região e suas estratégias tem focado em nos atacar para gerar provavelmente um desequilíbrio maior a estas terras. Enquanto comandante da Aufein Erel, eu prefiro me retirar de quaisquer conversações a respeito de como os clérigos do Arqueiro serão tratados, e acho que o Conselho, após suas discussões, deva ter uma opinião clara e leve isso às autoridades dos anões e homens. Digo isso pela necessidade de Jhael ter uma voz maior e mais poderosa do que a minha ou a de Erel. É a escolha da comunidade que deve prevalecer, e a respeitarei.

Ewan se levanta, e a luz da fogueira diminui, devolvendo o acampamento às sombras, e fazendo sumir cada aasimar ali presente, até que suas presenças não fossem mais sentidas.

Ewan se afasta da fogueira sem dizer nada, desaparecendo na escuridão ao redor do acampamento.

Ral diz, mudando o tom paranóico:
- Primeiro de tudo, NÃO eram clérigos de Shevarash. Eram malditos Fey´ri disfarçados. Alguém já deu cabo deles. Pra não dizer que o próprio Shevarash se manifestou sobre este assunto. Se algum deles ainda nos persegue, não é um elfo. É a droga de um fey´ri.


Varla se assusta. Nunca imaginou clérigos do Caçador em ação tão perto de casa. Não era seu feitio.

* Olha para Ral por alguns segundos em silêncio, as íris violetas encaram o anão com calma por algum tempo*

- Você está certo em culpar os Fey´ri, alguns deles de fato estão empenhados em nossa desgraça, mas os filhos do Caçador TAMBÉM estavam envolvidos lá. 

* Suspira* 

- Enfim, o Conselho não está todo presente aqui, mas minha sugestão é que a Erel fique afastada dessa questão, e quando a autoridade competente for lidar com o fato, que algum representante indique nossa decisão. Alias, Ral, Aufein Erel até segunda ordem irá se recolher, de ordens para que os demais quando finalizarem suas tarefas voltarem. Inclusive, Eliel. 

* A fala de Morë em momento algum é dura, ele tem falado com calma e cuidado, demonstrando empatia, mas as últimas palavras trazem no tom, sua autoridade. Olha para Varla uma vez mais*

- Mãe, preciso de tua ajuda junto a mim e aos Martelantes. 

* Preocupa-se com a angústia de Ral, mas não o repreenderia, não o mandaria dormir, mas quando fosse a hora, ele tiraria férias. Precisava dele são.

Após isso, se nada mais acontecer, segue com Varla e os Martelos de volta ao oratório.*

Off: Os Martelos em momento algum se afastaram do oratório.

De volta à tenda, lá estavam eles de vigília. Neste momento, dois gnomos (um casal) adentravam o lugar.

O pio insistente de uma águia corta a noite. Era para More quase como um chamado. Até mesmo porque, Águias não piam à noite.
Ela voava em círculos largos, até se afastar.

* Aquele pio o fazia lembrar de Moser...mas a águia teria que esperar um pouco ele avança junto com Varla fazendo sinal para os Martelos os acompanharem.

Olori sabia que provavelmente não necessitaria deles, mas a ação conjunta traria um pouco mais de união entre todos, era necessário. Fala sem atrapalhar a oração dos gnomos, mas prestando atenção nos mesmos, afinal tinha tido que lutar contra Wong, qualquer outro poderia ser tbm um inimigo. *

- Preciso que me ajudem, lembrei-me quando enfrentei Wong de algo que pode ajudar Shar. 

* OLori pede que realizem um círculo de orações e que imponham suas mãos e deixem a fé e/ou força mágica sobre Shar. Morë fez uma escolha arriscada em recuperar aquela magia ao invés de outras que , se tiver mais problemas seriam mais úteis a si.

Todavia, Shar, para além de todo o carinho e afeto, do que representa ali, é de uma utilidade muito grande para todos, era a melhor escolha, pra ele e pra todas e todos.


Por algum tempo o druida fica calado de frente a estátua, murmurando algo inaudível, apenas suas tranças balançam como se alguma brisa pairasse ali, apesar de ninguém mais senti-la. Após alguns segundos o drow abraça a estátua com cuidado e seus cabelos parecem repetir o mesmo gesto, enrolando-se como vinhas pelo corpos dos dois*


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Restauração maior - 

efeito: 

"Um efeito que enfeitice ou petrifique o alvo"

O membro 'Felipe' realizou a seguinte ação: /roll

'd20' : 13

Off: Depois revejo as condições mágicas. Por ora...
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A magia demora a fazer efeito. O origem do poder de um beholder está entre os desafios mais árduos conhecidos, inimigos mortais e perversos.
Talvez tenha sido a força da magia, ou o apoio dos clérigos de Moradim que "emprestaram" sua santidade, reforçando o feito.

Fosse como fosse, a "estátua" que era Shar, que parecia arqueada, presa no meio do movimento, desaba sobre as almofadas onde fora colocada.
Estava completamente exausta... mas estava viva.

More sente as mãos formigarem.

Os Martelos olham a mudança, de estátua para anã, maravilhados. Era um feito tremendo de poder divino, mesmo para clérigos.
Um deles vai até Shar, cobrindo-a com a manta que estava sobre as almofadas, e dizendo:
- Descanso... ela vai dormir por um bom tempo, enquanto seu corpo termina de se curar.

* Olori respira fundo sentindo a vida voltar ao corpo de Shar, abraçado como estava toma cuidado para não cair junto, mas consegue aliviar o peso da queda e deixa suavemente descansar. *

- Jhael é uma escolha, espero que seja a escolha de que as antigas diferenças e a união entre nós seja um farol de esperança numa terra tão triste. 

* Respira fundo mais uma vez, toca o ombro de Varla*

- Cuide com carinho dela, volto em breve. Temos mais o que conversar. 

* Olori ao sair da tenda transforma-se e parte rumo a águia, piando, buscando seu paradeiro.

Queria tempo para continuar a descansar e estar com os seus, mas parecia que os problemas não acabavam, e se estivesse certo Moser, ou a druida elfa estava a busca dele. Esperava o primeiro, apesar de sua origem.*

Em forma de águia, não demora a encontrar aquela que piava, até um paredão rochoso mais baixo, ainda assim, alto para pés humanos.
Ali, daquele ponto, tinha-se uma vista completa do vale a baixo, o encontro de cumes onde ficava o Lago, e agora HeavenLake.
Homens indo além de suas terras.
E para seu espanto, ali do alto, você avista um navio aportando.

Moser reverte à forma humana, acocorado numa pedra, sentando ali como uma criança. vestia um gibão pesado, coberto por crispas de gelo.

* Olori busca um espaço confortável, queria poder descansar ao menos o corpo por algum momento. 

Olha para o amigo e depois para a imensidão*

- A região não para de atrair pessoas e confusão. Ainda descobrirei o que vocês tanto querem por aqui. 

* a cutucada no zentahrin é mais uma brincadeira do que uma provocação. Olori vestia apenas uma roupa simples, não havia passado na gruta pra pegar os outros itens que não haviam sido marcados pelo "mask", ali em cima, deveria sentir frio, mas ... seu corpo em nenhum grau parecia se incomodar com aquilo, acha estranho mas volta a falar com o druida *

- Diga, meu amigo, o que o traz novamente para cá, além do conforto de minha companhia?

Ele diz, apontando com o olhar a direção onde o navio estaria atracado, agora, em forma humanóide, invisível e escondido na paisagem:
- Eles, e antes deles, o meu secto. Os Zhentarin brincaram com forças primordiais, demais até pra eles controlarem. Um xamã tentou romper o gelo que prendia um deus adormecido, e o resultado foi a petrificação de um território imenso. Eles estiveram bem perto do foco da questão, mas uma explosão os fez aportar. São a maneira mais rápida de voltar, e atrapalhar os planos do perverso xamã. Seus embaixadores estão agora com teu prefeito, negociando os termos do reparo. Você, more, deveria participar desta conversa. Pois o resultado te afeta diretamente. Se o ritual feito nos Pântanos de onde eu venho não for impedido, os xamãs conseguirão o que querem, que é se apoderar de uma força grande demais até para um dragão controlar. Imagine isso nas mãos dos "meus", como você insiste em dizer.

- Você sabe que eu gosto de você, não é? Talvez mais do que muitos que me rodeiam diariamente. 

* As vezes acha que isso é um erro, mas é a verdade. *

- Tem algo mais pra me dizer sobre esses?

Ele fica em pé na ponta da pedra, abrindo os braços e "brincando de se equilibrar" nos fortes ventos da montanha.
Então diz:
- Eu perdi meu território, More. Não cometa os mesmos erros que eu. Vou ajudar Bhror com os feridos, depois eu vou embora, vigiar o que me resta. Só vim pra avisá-lo. O xamã está voltando.

- Contarei com teus conselhos para isso, mas repito, tem mais algo pra dizer sobre os ..." embaixadores "?

*Morë parece incomodado com a notícia, mas continua sentado, quieto a observar a movimentação abaixo, está soturno e cansado*

Ele diz:
- São mercadores. Homens bons, seu líder, corajoso.

Ele começa a divagar, enquanto o corpo inclina:
- O vento é suave, mas forte como uma lâmina. Nunca senti com tanta força. As montanhas... Ah, as montanhas.


Ele deixa o corpo cair, experimentando um pequeno intervalo de queda-livre antes de tornar-se águia e voar com o vento.

* Sentado o druida sente os ventos cortantes fustigando sua face fazendo com que seus cabelos misturem-se tal qual um espinheiro, suas tranças são chicotes e o frio que deveria ao menos causar incômodo parece o acalmar e trazer um pouco de leveza de volta pra si. 

De sopetão ele levanta-se e pula na imensidão ainda na forma de drow até transformar-se na águia negra e voar até a Casa do Lago. *

Voando em círculos ao redor de Jhael antes de escolher seu caminho, More vê, bem do alto, Dragão na beira do lago.
Ele aprecia observar o que, do alto, parecia ser o movimento da misteriosa embarcação, que fazia movimentos bastante estranhos para um barco. Ao lado dele, o Lobo Invernal encarava o lago. O que talvez para os dois fossem luzes distantes, ou uma enorme mancha cortando o lago, para a águia, era claro tratar-se de uma enorme embarcação.

More se perguntava como um barco daquele tamanho navegou até ali, que não possuía rios que o comportassem.

* Olori vai descendo devagar em direção aos dois lobos até que poucos atrás dos dois ele pousa e assume a forma humanóide enquanto se encaminha até ficar lado deles em silêncio, apenas sentando-se*