Skullport - A ameaça!!

- Não seria melhor manter o foco em suas terras? Já há perigo demais lá e aqui. E o credo é o mesmo em ambos os lugares.

- Concordo contigo, mas lembre-se foi a rede que esteve em nossas terras, e a rede nos trouxe isso. Eu poderia simplesmente seguir o meu desejo e enclausurar-me para longe das teias, mas para conseguir isso um dia, preciso conhecer os elementos nela.

* Levanta-se indo para perto de Moser*

- Espero que isso esteja mais gostoso do que vi aquele pirata comendo, urgh...Enfim, parece que muitos querem se meter no norte do Reino, algo convida todos a estarem ali, você sabe. Agora é hora de eu entender o que rodeia o norte do Reino, afinal , as minhas terras e as tuas, são partes de um todo.

- Bem, não diria que as terras onde moro sejam consideradas Cormyr. Pelo menos nunca se importaram com esta região. Já houve, sim, um forte aqui, mas depois de algum tempo, foi abandonado. Fica nas profundezas do pântano, se já não foi engolido.

Moser havia colocado alguns pedaços de carne de jacaré para cozinhar, e noutra panelinha, algumas ervas e frutinhas amareladas.
Aquilo, pra cozinhar, demoraria algum tempo.

- Enfim, ainda não entendi o que "a rede" de suas terras poderia querer aqui, se aqui tem tantos agentes da mesma rede, mais ativos do que nunca. Eu, inclusive, como sabe. Não montariam uma operação tão grande por uma lenda.

- De um todo, não apenas Cormyr, meu amigo.

* Cheira o guisado enquanto pensa*

" A rede está dividida, Cyric e Bane disputam seu controle, talvez o que há aqui seja uma ponto de desiquilibrio na guerra"

- A trilha das Brumas pode levar a muitos locais... a muitos tesouros... Vamos ver o que o clérigo tem a dizer, talvez nós dois consigamos informações.

Passa algum tempo antes do cozido, que logo começa a cheirar e trazer um certo worg pra perto do fogareiro, onde se deita (mesmo sem ser chamado) ao lado. As patas ainda estavam encharcadas.

Moser faz vista grossa, mas não esconde o incômodo.

Enquanto degustavam (e Moser leva para fora uma larga cuia com um pouco da comida, conseguindo que Algoz saísse atrás), jogavam conversa fora quando alguém bate à porta dos fundos.

Moser: Ah, nosso visitante deve ter chegado.

Ele abre a porta dando entrada a um drow, vestia placas características da raça (a espada etava embainhada nas costas).



Moser põe-se entre os dois, dizendo:
Olori, este é Olonrae, um velho conhecido destas paragens. Olonrae, este é Olori, um aliado de meu círculo, vindo do sul das montanhas.

O drow limita-se a um aceno de cabeça.

* responde ao cumprimento*

- Agradeço pela disposição. Comemos antes ou seguimos ao motivo deste encontro?

Moser diz:
- Nunca imaginei que drows comessem. Os que conheço nunca comem em nossos encontros. Hahahahaha!!

O drow, ainda em silêncio, puxa uma cadeira e tira da bolsa uma flauta, começando um toque suave, quase "adocicado", enquanto Moser se serve, estendendo para More fazer o mesmo.

* Sorri amarelo diante da piada E coloca à mesa um pedaço de pão para ajudar na refeição.

Presta atenção na música, e se a reconhecer, sofeja as notas enquanto come*

Depois de uma rápida refeição, Moser diz:
- Bem, sei que a casa é minha, mas vou deixar os dois à vontade pra tratar de assuntos drow. Se precisarem de algo, estarei por perto.

Ele mal sai pela porta quando...

SBLOSH-SBLOSH-SBLOSH

Moser: DEUSES, você parece um monstro de lama. Venha, vamos ver de limpa-lo.

O drow continua a melodia. Algo vagamente familiar.

* Tenta sofejar algumas partes da musica, mas percebe que não consegue mais que aquilo...*

- Eu conheço a música, algo muito distante... não consigo me lembrar mais que isso. Uma pena.

*ele batia os pés devagar, mexia-os como se dançasse ainda que sentado, vagarosamente. Espera que o drow termine a música*

O drow diz, de maneira misteriosa:
- É claro que conhece, Olori. Todos nós, os Escolhidos de Eilistraee, já a ouvimos alguma vez na vida.

E em seguida, volta a tocar a flauta.

" os escolhidos de Elistraee ? "

* o drow arqueia a sobrancelha, mas deixa aquilo passar, levanta-se e permite-se dançar, não iria pedir pro drow parar sua música enquanto ele mesmo não a terminasse*

Depois de algum tempo, o o drow para de tocar, dizendo com voz suave:
- Podemos continuar com este jogo musical até o fim dos tempos. Mas não foi pra isto que você veio, Olori. Pulemos as preliminares e deixemos os jogos para um bom momento. Do que precisa?

Tendo feito a pergunta, ele volta a tocar.

- Em tempos de guerra uma pausa faz bem a alma, e ademais, não queria interrompe-lo.

* Diz enquanto ajeita um local para recostar o corpo*

- O fato é que minha região anda assolada por situações incomuns e esbarramos com algumas anotações sobre o que vim a descobrir ser a trilha das Brumas, além de uma vontade enorme de drows e zentharins de descobrir algo que existe por aqui.

* ele segue um pouco mais pensativo agora*

- Ficou a dúvida, eram os caminhso que queriam descobrir, ou há algo mais aqui? E porque... um "demônio dançarino" ou seja, um servo da Donzela, tanto protege a região?

- É, mas não há além disso? Existe do Dançarino outra motivação além daquela que o Credo ensina?

* O drow se acomoda melhor*

- Espero que compreenda um pouco de minha dúvida. Há muitas milhas daqui, drows servos da aranha e zentharins que planejavam - ele para pensando um pouco, como se afinasse mais um ponto na compreensão da trama e percebendo se Moser estava perto- uma invasão em massa de Cormyr por meio das forças de Cyric, procuravam avidamente por algo nesta região. Além, indícios apontam, se n estiverem enganados, para a existência de um Ilithyri por aqui, sem falar em um dos pontos de convergência da Trilha. Toda essa miríade de questões, esbarrou em nós e aqui, encontro um Escolhido enfrentando tudo isto. Caso esteja "apenas" se levantando contra a corrupção desses grupos, consegue me dar maiores explicações e informações sobre esses pontos que trouxe pra ti?


* Olori, durante a conversa pensava... será que era exatamente isso que Cyric tentava? Por meio da trilha das Brumas, facilitar o deslocamento dos seus? *

Olonrae sorri, interrompendo novamente a música:
- A esta altura já deveria saber da redundância de se diferenciar Ciryc de seus zhentarins. ELE foi, senão o primeiro, o MAIOR deles. Os Mantos-Negros, que os fundaram, alguns ainda estão vivos com ajuda mágica. Alguns foram mortos quando Netheril atacou sua fortaleza, abrindo caminho para ameaças naturais mais antigas. Mas sob a bandeira de Cyric é que a Rede negra conquistou o poder de que hoje desfruta. Nada melhor para os negócios, e nada corrompe mais uma força mágica, do que ter um Deus com sede de poder comandando o jogo.
Se me perguntar, hoje a Rede não é a DÉCIMA parte do que já foi com Ciryc. Porque mesmo que a igreja de bane tenha assumido o controle, mesclando seus agentes e seu clero, o Tirano tem planos maiores do que simplesmente o controle financeiro das rotas de comércio espalhadas pelo mundo. Ele não presta a mesma atenção que Ciryc prestava aos menores sinais de problemas dentro de sua Rede. Ele NÃO está preocupado com isso.
Agora voltamos a você, drow de Eilistraee. O que VOCÊ tem neste jogo? Se a Rede quer encontrar um túmulo Ilithiiri nestas terras, estarão atrás de algo de dezenas de milhares de anos. Algo que a natureza já terá engolido há eras. E os portais das brumas, nada bom advém de seu contato. Por isto todos que chegam a algum lugar nas pesquisas sobre eles desistem de prosseguir. Pra que desvendar algo que vai matá-lo, ou matar a tudo e a todos que conhece?
Não, melhor deixar isto no mundo das lendas, não acha? Talvez os drows de suas terras tenham esbarrado nesta verdade. A Rede pesquisava tesouros e poderes que os drows, com sua visão secular, rapidamente compreenderam e desistiram de buscar.
Agora é você que tem que escolher que caminho vai seguir. O dos filhos da Aranha, ou o dos agentes da Rede.
Não pode andar em paralelo por toda vida sem escolher um aliado que trilhe o mesmo Caminho.

Deixando More com a pergunta, ele volta a tocar, agora num tom mais fantasmagórico e melancólico.

- Jergal me deu uma chance uma vez e não estou afim de encontrá-lo novamente, por enquanto, e isto é um fato.

* Olha o escolhido*

- E sim, preciso de aliados, mas o caminho ainda parece nebuloso, escolher de fato o que me cabe ainda é uma dúvida. Caminhei anos fugindo da morte pelas mãos de caçadores, e hoje, parece que estou me colocando de bom grado sob os olhos dela, para proteger aqueles que a renegaram. Mas como fazer isso da forma certa?

*ele para uns segundos*

- A aranha fugiu amedrontada da Torre, mas ela não fugiu da região... Eu tive uma visão quando estive em um acontecimento junto a alguns elfos...

* Olori conta da cura de Selu´Taar e descreve a visão com a drow abaixo da região, inclusive mencionando as tranças enquanto toca o anel...*

- O que acha que foi isto? Acha que é este o caminho que devo seguir? Descobrir o que está acontecendo, e como os Olori estão envolvidos nisso?

- Esta é sua busca? Descobrir? Saber? Conhecer? Está pior que um clerigo de Oghma, ou de Liira, que não aceitam ficar de fora. E se vier a saber, conhecer, descobrir? O que espera conseguir com isso?

Ele recita: "o maior conhecedor esqueceu de viver. O mais sábio no leito-de-morte."

- Concordo. Por isso passei os últimos dias procurando estar mais perto daqueles que estão próximos, mas você me colocou duas questões Olonrae, o caminho de Cyric e todas as consequencias negativas que apontaste, e o caminho da aranha. Para o caminho desta, te coloquei uma questão, todavia mais uma vez me traz outras perguntas.

* come um pouco*

- Pra todas, a resposta pede conhecimento, este pode ser adquirido por compartilhamento, vivência ou estudo. Pedes que eu viva, quero, mas ignorar as ameaças que rondam minha região, não permitirá uma vida em equilíbrio para nós, ou pensa diferente?

- Você é o druida, Olori. Me diga você. Pode o equilíbrio ser mantido em meio à Ordem de Eilistraee? Você quer conhecer as opções... apenas para evita-las?

Ele se levanta e vai até a porta da frente, e continua:
- Qual seu caminho, Olori? Qual a tua busca? Você é confuso. Nunca precisou, DE FATO, escolher. Está cômodo na condição de príncipe dos refugiados. Mas servos de quem? Refugiados de onde? Nem se encontra em suas terras, e veio atrás de Moser. Ele se expõe por confiar em você. E trás a busca zhentarin em seus calcanhares. Já pensou que pode estar sendo usado pra chegar onde outros falharam?

- Conhecer as opções para evitar algumas, claro, mas me posicionar em outras. Lolth com certeza é uma escolha que abomino, e ela já tem ciência, creio. E a Donzela, tem ouvido como meu coração está cada dia mais próximo a Ela.

- Jhael é um lugar de paz para aqueles que buscam fugir de sua influência, e por mais que não estejamos totalmente livre dessa, talvez o caminho para essa libertação venha coletivamente e esta tornou-se a minha escolha. Quem são esses refugiados, é algo que não consigo respostas de uma hora pra outra, tenho buscado-as devagar, conquistando sua confiança pra isso, infelizmente ou felizmente, não é algo rapido.

Mas a minha busca primária, Olonrae, por mais piegas que seja é saber o que aconteceu com minha irmã, e se estiver ao meu alcance ajudá-la o farei, isso se ela n estiver servindo a Aranha.

Por último, sim, eu pensei nisso na noite de ontem, percebi que alguns dos que estão a minha volta tem sido manipulados de forma sutil, e compreendi que eu mesmo deva estar passando pelo mesmo. Entretanto o que mais me instigou a vir até aqui, confesso, era ouvir as palavras de alguém próximo ao credo.

* a feição do druida torna-se triste, apesar de ter esperança no retorno da garota, ele se condói, relembrando das palavras de Moradin, e se ela não se desprendesse da mesma opinião que o deus anão? *

-Não estou confuso Olonrae, estou simplesmente conhecendo o caminho que sigo, e buscando aliados para me ajudar a entende-lo.

* O druida, apesar do apego ao equilíbrio, estava claramente sendo "seduzido" por Elistraee, era algo que crescia dentro de ti há anos... *

Como disse : e se estiver ao meu alcance ajudá-la o farei, isso se ela n estiver servindo a Aranha.

-Não afirmei que farei de tudo para traze-la para minha visão de mundo, talvez , como disse, falte explicar com mais clareza minhas opiniões e deixá-los mais a par do que penso.

- Mas creio que nem tudo que disse comporta toda a realidade das coisas, tenho deixado o fluxo correr de forma mais livre agora que consegui alcançar o objetivo de assentar o agrupamento com um pouco mais de segurança, portanto nem ordem e nem caos estão sendo potencializadas por minhas mãos, apenas promovi ou possibilitei a segurança entre aqueles que lá estão. E compreenda, não estou buscando pela vida dos outros, minha própria irmã foi algo que deixei se afastar por um tempo de minhas buscas, todavia, outros Olori cruzaram meu caminho, a figura de alguém que poderia ser Annariel também veio a mim. Logo não é apenas a MINHA vontade de buscá-la que é real, mas os caminhos estão se cruzando enquanto eu VIVO.

- Mas pronto? Não, nunca estive, e talvez nenhum de nós nunca esteja. O aprendizado é um caminho constante.

* O fato que Olori não estava sendo neutro em sua região, de forma alguma estava ao contrário sendo extremamente leal aos que o rodeavam, como um guardião. E era exatamente aquilo que ele queria seguir. Ele não queria se meter em guerras que não lhe dissessem respeito, e estava aprendendo vagarosamente onde pisar ou não, mas era um caminho árduo e de falhas para alçar acertos. Todavia, reconhecia que sua neutralidade devia ser bem julgada quando ações pudessem ameaçar Jhael, e compreendia que um abalo do outro lado do continente poderia ter consequencias diretas sobre a terra que pisava, era por isso, que estava buscando cercar-se de conhecimento. Olonrae estava certo, havia escolhas que não permitiam neutralidade, existiam pontos que Olori deveria ser mais do que apenas um druida, ainda que estivesse ainda entendendo isso *

Olonrae diz:
- Talvez não conheça o bastante de sua própria estrada, Olori. Antes de abrir as asas feito um galo dominador, melhor conhecer seu ninho. E antes de conhecer seus horizontes, explore seu terreiro. Quando decidir o que quer para sua vida, então estará pronto para maiores descobertas. Até lá, a neutralidade estará sempre distante de você. Exatamente coo Gurag profetizou.