Libertando Boven - Talluryen!!

Depois de despedir-se de McCoy e parte do bando, dois deles continuarão o caminho até Boven, carregando a enorme arca recolhida da casa da bruxa.
Vocês seguem até a taverna, onde os homens levam a arca até um dos quartos sob olhares de muitos curiosos.



(Lembrando que a partilha ficou por conta de Talluryen)


Dali, depois de se despedir de você de um modo bem desajeitado, eles montam e partem da vila na direção do velho líder.

Talluryen e Durlan seguirão dali rumo à capela improvisada no cemitério. Haviam cuidados com os mortos a ser tomados. Mas a cabeça de Talluryen fervilhava de idéias e perguntas ainda sem resposta.

O drow passa por você, dizendo:
- Vou levar essa daqui às autoridades. Se quiserem vir comigo.

Talluryen instrui os homens a deixarem a arca e o corpo de Nardin no quarto onde ficavam. Ela não estava preocupada com a partilha do tesouro naquele momento, gostaria de dividi-lo quando trouxesse Nardin de volta, mas Durlan já sabia que ela sempre dividia igualmente entre os envolvidos.

Ela deixa o corpo de Nardin em uma cama, com uma vela acesa no criado mudo ao lado dele.

- Amanhã pela manhã nos veremos novamente meu amigo.

Ela pede para Durlan vigiar a arca e Nardin, enquanto ela terminava de resolver as coisas lá fora.

Quando o drow passa por ela, um tanto distraída pensando quem seria Nigel e o que significava a aparição daquele símbolo, ela responde:

- Ah sim, claro, vamos... Gostaria de ver também como estão as pessoas do acampamento.

Havia muito a fazer e pensar, mas na verdade Talluryen precisava de um bom descanso.

Os homens estranham a atitude de Talluryen com o corpo do elfo, mas respeitam a decisão.

Talluryen e o drow seguem contornando a taverna, e subindo uma pequena colina avistam um grande casarão, agora cercado por uma baixa paliçada.



Na entrada, dois guardas em armaduras médias destoavam totalmente do padrão da vila, de maneira simples, em sua maioria composta por caçadores e artesãos, estes dois pareciam militares.
Tinham no peito o estandarte de Cormyr, denunciando não se tratar apenas de guardas locais, mas de guardas REAIS.

Os guardas não pareciam confiar na aproximação do drow, firmando as mãos em suas lanças, e nem a presença de Talluryen pareceu reconfortá-los.
Havia muito sobre a história recente da vila que Talluryen desconhecia.

Do lado de dentro da paliçada era possível ver um pequeno grupo de homens (e até algumas poucas mulheres) recebendo treinamento com armas simples.

O drow diz com um sorriso mais do que irônico:
- Nigel, por favor.


Os guardas se olham, e então para a velha de olhos tristes. O drow, adivinhando, diz:
- Uma prisioneira.


Sem dar muito crédito, mas visivelmente habituados às estranhezas da vila, um dos guardas segue para a entrada do casarão.
O drow vira pra você, dizendo, como que pra matar o tempo:
- E então, pra onde vão depois daqui?

Nigel... Parecia que Corellon estava guiando seus passos em direção às respostas para as perguntas em sua cabeça. Talluryen estava otimista.

- Ainda não tenho certeza, mas acredito que terei essa resposta logo. Há coisas a investigar ainda por aqui e em algum momento devo ir a Heaven Lake, procurar umas pessoas. E você, está vivendo aqui ou também irá partir?

Ele responde em tom de brincadeira, mas era possível sentir um ar preocupado:
- Eu sou um refugiado aqui, ou em qualquer lugar sob o sol. Eu vou onde a natureza me mandar seguir. Tenho algumas pessoas que precisam de mim, também em HravenLake, então talvez nossos caminhos ainda estejam interligados. Mas primeiro, depois de entregar essa... BRUXA... à Nigel, tenho de voltar à caverna, ou o que restou dela, e rastrear a mantícora que escapou. Não é algo que eu possa deixar solto por aqui.

O drow ri e responde:
- Hahahahah!! A maioria o chamaria de abelhudo. Nem nobre nem guarda, um templário enviado pela coroa pra colocar ordem na casa. Mas até com os dragões púrpura ele se indidpôs quando eles tentaram tomar a cidade.


Ele fala num tom quase provocador, apesar de estar diante de um deles ali. E continua:
- Nigel é um inquisidor de Tyr, um clérigo renomado que lidou bem com os problemas locais, quando nem os aventureiros deram conta.


O guarda cormyriano diz:
- Não é função de aventureiros reger as cidades. Nigel não fez mais que a obrigação. Mas já está a tempo demais no controle. A família de direito destas terras clama por retomar suas atividades.

- Bom, acredito que isto aconteça logo, agora que a vila está mais... Segura.

Talluryen não tinha bem certeza se estava mesmo, aquela pequena vila parecia ser constantemente alvo de inimigos. Não tinham muita sorte. Mas o que ela acreditava era que religiosos comandavam templos e não cidades, ao menos não diretamente.

Uma voz firme diz:
- Aventureiros salvaram estas terras mais vezes do que você já foi condecorado, rapaz. e ainda assim estamos aqui, você guardando os lordes e eu, protegendi sua vila.


O tom eloquente pareceu ofensivo ao guarda, mesmo assim não se virou à dupla que vinha chegando, um rapaz de boas maneiras, mas de olhar duro, e o segundo guarda cormyriano.



O drow diz, sério:
- Sir.Nigel, é uma honra encontrá-lo. Sua fama o precede...

O homem interrompe:
- Sem bajulações, D´rezzi. Sei que não veio pra isto e nem tenho tempo para pompas. Onde estão os outros? Tenho más notícias pra vocês?


Sem entender, o drow estica os cipós, mostrando a velha cujo olhar estava visivelmente assustado.

Talluryen podia sentir uma forte aura ao redor do rapaz, que ainda assim guardava um semblante tranquilo. Mesmo assim, algo a incomodava.

Talluryen estranha o ar pomposo e um tanto arrogante do sacerdote. Ate mesmo o drow, normalmente descontraído, mudara seu comportamento. Nigel portava-se como um lorde, e não como um aventureiro, mas sua ligação com a coroa deveria explicar isso. De qualquer forma, para ela não importava. Era educada e cordial com todos, mas os únicos a quem ela devia toda aquela corte estavam muito, muito longe.

Ela fica em silêncio ao lado do drow, em primeiro momento iria observar.

Nigel para de frente para a velha, olhando-a nos olhos.
O ar de "boa velhinha desaparece, revelando o ar perverso por trás do disfarce.
Ele tira o próprio símbolo sagrado, uma corrente prateada com o símbolo de Tyr, e o estende para colocar no pescoço da velha, dizendo:
- Meu nome é Nigel, alto-inquisitor de Tyr, e há meses sei de seu coven. Mas seus disfarces foram difíceis de rastrear, mesmo tendo escorraçado seus vampiros destas terras... bem, não eu, mas BARDUK AMARKILL.


Quando ele fala o nome, a velha se retorce.
Ele continua:
- Como sabe, não existem prisões em Boven. Isto quer dizer que minha companhia é sua pena.


Ele coloca o colar no pescoço da velha, e finaliza:
- Você escolhe. Andar sob a guarda do Justicar, ou uma cela esquecida em Gauntlgryn.


Ela parece entrar em pânico, mas quando ele larga o colar, e ao mesmo tempo os cipós desaparecem. Mas a velha parece tranquila, contida por algum poderoso feitiço. 
Os guardas não queriam admitir, mas estavam igualmente impressionados.

Talluryen não sabia se estava impressionada ou um pouco assustada. A personalidade do clérigo lhe parecia um tanto sádica, mas era um inquisidor afinal.

- Tem planos para ela, Justicar?

Ela teve curiosidade em saber por que não enviar a bruxa à prisão.

Ele pareceu prever o incômodo, respondendo:
- Não há homens para conduzi-la a Gauntlgryn sem um risco de fugir. Boven ainda carece de segurança. Planos, vão depender inteiramente dela, e de sua vontade de viver sob o sol, ou viver foragida do Grande Justicar.


Ele volta a atenção ao drow:
- D´rezzi, avise os seus que estão sob ataque. Falsos caçadores de recompensas em teoria mandados pela Coroa, o que já constatei ser mentira, vieram a estas terras para persegui-los. Confio em Barduk, mas não em More, para assegurar-lhes a estrada. Mas é melhor avisar aos seus que estão a perigo até que seus líderes retornem.


O drow toma o "aviso" como uma ordem, e se vira pra você, dizendo:
- Não quer me acompanhar? Disse que tinha assuntos a tratar em HeavenLake.

- Claro, preciso mesmo ir até lá... Mas se me permitem, há algo que gostaria de perguntar ao Sr. Justicar.

Ela olha para o clérigo, esperançosa de que ele fosse receptivo.

- McCoy disse que talvez você entendesse mais sobre o assunto. É a respeito de um símbolo que surgiu em uma parede, no quarto da taverna em que estamos hospedados. Parece ter algo a ver com um certo zentharin...

Nigel volta o olhar para você, visivelmente interessado. Mas mantém um silêncio curioso. Inquisitor experiente, mais dado a receber respostas do que perguntas.

A menção ao zhentarin, porém, instiga os guardas, que ficam visivelmente interessados. pareciam esperar alguma reação do justicar. Mas para sua frustração, ele sustenta o silêncio, como uma deixa para que Talluryen falasse algo mais.

Nigel mantém o silêncio por um tempo, percebendo as reações ao redor. Mesmo o drow parece intrigado.
Por fim, ele diz:
- Há mais por trás dele do que imagina, senhora. Mas para que eu lhe explique, deve me acompanhar a um lugar não muito distante daqui. Mas aviso, será perigoso.


Talluryen vê o enorme genasi vindo da vila na direção da montanha, acompanhado de alguns poucos homens, todos equipados com cotas de malha e espadas embainhadas.
Parecia ser algum grupo avançado.

O drow ia dizer algo quando Nigel o interrompe:
- Há mais ainda, D´rezzi. Por isso deve avisar aos seus. Se os zhentarins estavam ativos antes, ficarão muito mais agora. Quanto menos souber, menos exposto à ameaça.

- Certo, agora? Estou ainda muito ferida, acabamos de voltar da batalha, sequer posso me curar pois usei tudo o que tinha.

Talluryen pensava em se recuperar e trazer Nardin de volta antes da próxima aventura. Não podia deixar o corpo do elfo lá por muito tempo.

- Para onde vamos?

Ele diz:
- A um ponto de encontro não muito distante. Se a tranquiliza, não esperamos combate, e Garth estará lá também. Será um encontro diplomático às escusas, uma tentativa de limpar estas terras da ameaça zhentarin.


Ele fica um instante em silêncio, e por fim ele diz:
- Antes de trazer seu amigo de volta, melhor ter com Buckman antes. Ele é um clérigo de Kelemvor e pode não gostar de ter mortos sendo revividos nestas terras.


A velha andava perto de vocês, como uma criança contrariada.
Para Talluryen, era sinistro tê-la ali depois do que passaram em suas mãos.

- Entendo...

Na verdade, o sinistro para Talluryen foi o sacerdote já saber sobre Nardin, sem ela ter falado nada. Ela olha para ele um tempo, parecia surpresa.

- Falarei com ele, então.

Talluryen coloca-se a posto para seguir com Nigel. Olha para o drow.

- Então, acredito que nossa ida a HeavenLake ficará para amanhã, se puder me esperar.

Ela sorri agradecida.

O drow retribui com um sorriso, mas estava visivelmente alarmado pelos "avisos" do sacerdote.

Nigel indica o caminho ao que parecia um estábulo lateral à mansão, e pergunta:
- Se não tiver uma montaria, posso providenciar-lhe uma. Ao menos entre os inúmeros conflitos, conseguimos bons animais como espólio.


O genasi converge para alcançá-los ali, mas ao ver sua estatura, Talluryen se perguntava que tipo de animal o suportaria.

- Aceito a montaria emprestada, se não for incomodo.

Talluryen tinha seu cavalo, mas como já estavam saindo, achou mais fácil usar um cavalo que já estivesse ali.

Ela estava interessada no problema com os zentharins, por isso seguia com Nigel, ainda mais pela ligação com o símbolo e o sonho que tivera. Mas por vezes seu olhar se perdia nos problemas que haviam ficado pendentes, se sentia triste pensando em Nardin.

Adiantando as coisas:


Numa rápida passagem pelo casarão, Nigel deixa ordens para que vigiassem a bruxa bem de perto, trancando-a num dos quartos. Todo o tempo ela parecia estar enfeitiçada, mas ele deixa guardas avisados de que tão logo ele se ausentasse, ela poderia tentar fugir.

De volta à entrada, alguns guardas trazem cavalos, um para Nigel, um para Tallurien, e mais 4 guardas cormyrianos os acompanharão; logo atrás vinha um enorme (mesmo) lobo. Ele tinha uma sela, e quem o montaria seria o enorme genasi, a quem Talluryen é finalmente apresentada. Gutz era seu nome, e ele falava pouco, com uma voz gutural.

...

Nigel parecia ter pressa, a tarde estava em sua reta final, e logo os três estavam a cavalo (e lobo) seguindo sentido sul da vila.
Já haviam se passado algumas horas de sua partida, e Nigel falava muito pouco. parecia concentrado em alguma árdua tarefa mental. Ele se limitou a dizer apenas: "As pessoas que vamos encontrar são bastante perigosas, e uma palavra errada pode começar uma luta que tenho dúvidas de poder vencer, mesmo com toda ajuda dessas terras. Mas não há por que arriscar mais vidas aqui. Sua presença pode ser uma bênção ao nosso lado... ótimo, bem a tempo."


Ele é interrompido no que ia dizer quando Talluryen vê um grupo de umas 15 pessoas deixando a floresta para trás.
A esta altura, vocês estavam numa estrada de terra em terreno escarpado, entre colinas, tendo a mada pouco visível em ravinas logo a baixo.
O caminho fora escolhido pela facilidade de se vigiar todas as direções.
Mas quando o grupo se aproxima, Talluryen se espanta ao perceber sua natureza.
Eram todos os 15, aasimares.

Exceto por duas pessoas. Uma mulher trazida em correntes, uma prisioneira, e ao seu lado vinha um anão com cara pouco amigável. Não sabia se ele estava resmungando ou xingando em sua língua.

Pelo pouco que Talluryen sabia, aasimares descendiam de planos celestiais bondosos. De forma geral, eram poderosos, porém dificilmente perigosos aqueles que não tinham intenções malignas.

- São eles?

Nigel responde de forma parcial, parecendo agora um militar medindo aquilo que escolhia revelar com muito cuidado. A mudança em sua atitude estava clara pra você:
- Eles são a primeira linha de uma missão intrincada forjada para resguardar estas terras. Algumas vezes, para ajudar precisamos passar por cima de certas hierarquias.


Ao se aproximar do grupo, o lobo montado pelo genasi grandalhão fica agitado. mas para Talluryen, a presença das auras celestiais presentes nos aasimares era reconfortante.
Nigel saúda o primeiro Aasimar com um gesto militar, quase uma continência:
- Saudações, Tenente! É um prazer tê-los nesta empreitada. Ao menos até onde seus passos puderem nos acompanhar.




O aasimar retribui o mesmo sinal-continência, mas nada fala. Ele olha diretamente pra você, e na mesma hora o anão que escoltava a prisioneira do lado deles dana a praguejar e resmungar:
- UMA MULHER?? ELFA AINDA POR CIMA?? MAIS DO QUE SINAL DE AZAR. DANOU-SE.