Fúria Gelada - Aziel e Elencarnë!!

Desde o fim da Guerra Goblinóide, quando o "Grande Trovão", como ficou conhecido, ressoou por todo o Reino, rei e Dragão perderam a vida num dos episódios mais terríveis de toda história conhecida de Cormyr.
Hordas inteiras entregaram-se à sua sina, descrentes do fim de seu líder, o imenso Dragão do Mal, como ficaria conhecido, e prosseguiram com as lutas, mesmo sabendo estarem perdidas.
Cormyr, conhecido por ser o reino mais ordeiro de todo continente, com uma força militar inigualável, nunca havia sido derrotada até hoje. Mesmo os Tuiganeses não atingiram o patamar de selvageria que os selvagens "Goblins das Sombras", uma raça perdida nos confins dos Planos e trazida de volta pelo perverso dragão.

Então vieram os Dragões Púrpura, e alianças inconcebíveis pelos mais tradicionais. Tropas mercenárias de Sembia, e agentes dos vales, juntaram-se às caçadas. Mas depois da guerra, suas intenções foram reveladas, com cada qual reclamando para si um quinhão da fortuna conquistada dos exércitos invasores.

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Elencarnë e seu grupo vagavam a dezenas pelas montanhas, Já perderam a conta de quantas turbas encontraram e repeliram para além das fronteiras do Reino. Tudo era sempre o mesmo, encontrar, seguir, atacar e eliminar ameaças.
Em suas buscas, depararam com forças mercenárias por todas as montanhas por onde passaram, tropas leais ao Reino varriam cada fissura, gruta ou caverna. Buscavam inimigos escondidos, CAÇAVAM, seria o termo melhor empregado.


Então, as coisas começaram a ficar cada vez mais confusas, quando tiveram sua primeira contenda com "agentes da coroa". Um grupo organizado de batedores facilmente os cercou, e entre flechas sorrateiras e ataques mágicos, boa parte de seus números foram minguando.
O que no começo pareceu uma escaramuça, pois é o que haviam encontrado até então, logo tornou-se um massacre.
Este inimigo era diferente. Ele lutava sob liderança militar organizada. Não eram goblinoides crus ou estúpidos como o habitual. E entre eles haviam magos humanos. Magos de Guerra portando o estandarte real, pra ser mais exato.


De um grande grupo misto de mais de 30 homens, apenas 10 sobreviveram a este massacre, e vocês recuaram pelas montanhas. E só então perceberam o pior... foram SEPARADOS de propósito, enquanto um novo inimigo, desta vez hobgoblins uniformisados e com treinamento militar superior vinha em seu encalço.


Logo perceberam ter se afastado demais das estradas do Rei, entrando em terras ermas que nunca ofereceram grande perigo, pelo menos não para um grupo tão grande e organizado como o seu. Não daquela forma.
Quanto mais recuavam, mais se davam conta de que estavam sendo "retirados de algum terreno".
O inimigo conhecia aquelas erras melhor do que vocês. Melhor do que os nativos daquelas montanhas, que aliás vocês encontraram uma vila inteira deles... completamente aniquilados.
Homens foram levados como escravos, mulheres e crianças, assassinados. Isto mexeu com o brio de muitos, e logo a loucura bateu às suas portas.


Foram dias terríveis. O inimigo ganhava terreno, e vocês eram empurrados para "a civilização".
Logo chegariam a um grande lago, em algum lugar que alguém disse ser "terras seguras".
No começo pairou a paranóia: "haviam rostos observando do meio da mata."

Outros, mais otimistas, acreditavam (queriam acreditar) que fossem amigos.
Logo, se viram cuidados. Alimento e abrigo providencialmente encontrados neste novo caminho, como se "alguém" deixasse tudo ajeitado para sua passagem.
Logo chegariam a uma pequena comunidade, um vilarejo que se formava às margens do Lago. A linha de fumaça de algumas chaminés foi o primeiro sinal de estarem no caminho da segurança, ou de algum abrigo.

E não foi surpresa quando o caminho se abriu numa trilha de cascalho que levava diretamente ao meio de um grande assentamento de inúmeras barracas, entremeadas por pequenas construções de pedra.
"Anões", vocês diriam. "Mas a céu aberto?"


Cansados demais para continuar, logo estavam batendo na porta da pequena estalagem, "Toca de Lobos", fechada ainda no fim da tarde.
Podiam ver pouco movimento entre as barracas, e um número enorme de famílias espalhadas.
Parecia o encontro de refugiados da guerra. E se perguntavam, vocês, batedores experientes,

"Como nunca tinham ouvido falar deste lugar?"

A noite se aproximava. Os aldeões não falavam em "líderes", mas sim em "protetores". Aqueles que lhes deram passagem e segurança.
Não demora a identificar uma obra em curso, o princípio de uma grande demarcação ao redor de todo o assentamento, circundando cada casa e barracão ali situado.
Alguém de fato estava trabalhando naquilo. Não era difícil reconhecer o cuidado de engenheiros anões, acostumados aos trabalhos em pedra e demarcações exatas de suas terras, além, é claro, dos padrões angulares e delineados.

Andando pelo lugar, não era difícil reconhecer que mesmo as poucas construções em pedra foram erguidas às pressas, mais para proteger do que acolher.
Eram sim refugiados de várias etnias, homens, mulheres... e um drow!!
Estava sentado diante de uma pequena tenda afastada das outras, e com um pequeno cinzel, entalhava um pequeno pedaço de madeira.
Ali, em plena vista.
E as pessoas não pareciam se importar.

De dentro da tenda, podia ouvir gemidos, e logo sai uma mulher grandalhona, com um avental surrado cheio de sangue e rolos de ataduras pendurados na cinta.
Ela resmunga algo sobre "o que está feito está feito. Agora é deixá-la descansar".

Ao cruzarem olhares, ela o cumprimenta com um aceno de cabeça, põe a mão no ombro do drow, se despedindo em silêncio, e sai pela noite.

A Lua sai de traz de algumas nuvens, derramando algum brilho naquela terra de refugiados.
Então, você percebe que o drow sorri, olhando diretamente pra você:
"Por que não se aproxima e pergunta o que quer perguntar? Já estou acostumado. Todos estranham no começo."


A voz, suave, foi quase um chamado.

"Por que não se aproxima e pergunta o que quer perguntar? Já estou acostumado. Todos estranham no começo."

Um tanto desconcertado me aproximo e ao verificar nenhum sinal de hostilidade relaxo um pouco a tensão, mas mesmo assim olho para os lados e na sequência me sinto mais a vontade.

- Estou acostumado com estranhezas para falar a verdade e sua presença aqui não me causa desagrado, se é bem vindo ao remanescentes e tratado como igual deve merecer isso. [respeitoso]


Me aproximo de vez. Postura calma e centrada, meu interlocutor pode perceber que estou confuso e até um pouco atônito por toda a situação atual 


- O que está acontecendo, estávamos caçando inimigos do reino e homens reais nos atacaram, estão comandando tropas inimigas, abertamente usando os estandartes...E... esse acampamento, é você quem esta tomando a frente dele?

O drow, sempre com um sorriso calmo, já não olhava as próprias mãos trabalhando, apesar da ferramenta afiada.
Ele ri com um gracejo, e continua:
- Hahaha! Quem me dera ser o responsável. Sou apenas um convidado. Quem você procura não para muito aqui, e o que para... bem, antes não estivesse aqui. Wong é seu nome, a argamassa desta comunidade crescente. Mas de uns tempos pra cá, os pesadelos da vida de aventureiro começaram a perturbá-lo, e ele está recluso. Você não vai conseguir falar com ele, não com respostas claras, pelo menos. Ele se perdeu, mas há bastante gente tentando encontrá-lo.


O drow se levanta com cuidado, guardando a ferramenta e batendo a poeira das pernas e dos fundilhos, dizendo:
- Chamam-me D´Rezzi. Vindo de uma casa destruída pela Aranha. Busco refúgio nas Terras sob o Sol, pois longe dele, sou um homem morto pela vontade de Lolth. E se me permite, a quem tenho a honra de me dirigir?

D'Rezzi escreveu:- Chamam-me D´Rezzi. Vindo de uma casa destruída pela Aranha. Busco refúgio nas Terras sob o Sol, pois longe dele, sou um homem morto pela vontade de Lolth. E se me permite, a quem tenho a honra de me dirigir?

Estendo a mão para cumprimentar de forma suave porém firme.

O drow diz, sempre de forma cordial:
- Então vivemos num grande jazigo. Que dancemos sob o Luar sob as bênçãos dos Criadores. Se me der licença, tenho uma paciente para fazer vigília. Esteja em casa, Elencarnë. Sei que nos veremos por aqui. Somos muitos, mas não somos tantos.

Depois de um cumprimento, ele entra na tenda, deixando-o com seus pensamentos.

Elencarnë se pega sozinho numa terra desconhecida. Enquando os poucos remanescentes de seu grupo buscam abrigo na estalagem, você se aventura pela noite.

No link abaixo há alguns detalhes sobre a vila.
Sinta-se á vontade para explorá-la.

https://ospilaresdodestino.forumeiros.com/t195-heavenlake-o-desenvolvimento?highlight=desenvolvimento

A maior parte das construções de pedra estavam em obras, mas você não demora a encontrar o rumo até uma patrulha numerosa (mais de 20 anões acompanhados de 3 humanos) acampados em torno de uma das construções.

Ali, foi apresentado a um dos comandantes locais, Whurak, um anão até jovem frente a muitos outros.
E depois de de enturmar um pouco, os guardas começam a enchê-lo de perguntas.
Faz tempo que não vão ao fronte, então estavam ávidos por informações.

Alguém lhe bate às costas "de levinho", mas o bastante para quase dobrá-lo.
O que passa por você, sentando num pedaço de tronco à beira da fogueira, facilmente passaria por um ogro, exceto pelas feições humanas. Um homem alto, no qual você, com sua altura, bateria no peito, longos cabelos brancos e corpo pintado como só os bárbaros sabem fazer.

Até mesmo Whurak fica surpreso com a presença inesperada, quando o grandalhão diz:
- O Norte, meu rapaz, está cuidado. Agora acalme os nervos. Sabemos há dezenas sobre os traidores da coroa, e sabemos também onde se sitiam nossos inimigos.


Whurak: Sim, mas se ele viu algo tão exato, pode ser importante. Afinal, foi onde os outros morreram.


O grandalhão estica os braços para aquecer na fogueira, e continua:
- Xamãs contra xamãs. Não será melhor ver o que estavam fazendo lá? Vamos, rapazinho, me mostre o lugar.

O grandalhão diz:
- Estará com UTHER, meu rapaz. O perigo correrá longe de seu caminho. Agora vamos, me mostre antes que as pistas esfriem. Se não se importar de correr um pouco.

PC Adicionado: Aziel!!

Do lado de fora:

Elencarnë passava em frente à estalagem quando o enorme Uther diz:
- Por Uthgar, eu PRECISO ver isso.


E sem aviso, toma o caminho de lá.
Ali, você vê um número enorme de cavaleiros recém chegados, guerreiros de armaduras médias, alguns a cavalo. Você identifica boa parte como paladinos, um deles portava um estandarte que não reconhecia.

Gavia um grande círculo às portas da estalagem, e alguém de fala grossa parecia conduzir algum tipo de oratória.

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Do lado de dentro:

Aziel estava do lado de dentro, o forte taberneiro dando duro para dar conta do grande movimento desta noite.
Nem todos os cavaleiros entraram, alguns (incluindo o porta-estandarte) permaneceram do lado de fora.

Eis que alguém entra aos berros:
- URIK VOLTOU. E VAI CONTAR OUTRA DE SUAS AVENTURAS.


Um certo alvoroço instala-se, à medida que muitos dos presentes tentam sair se acotovelando na porta para a tal "contação de história".

Percebendo o Alvoroço e já me virando para seguir o que quer que fosse.
Tento ir passando pelas pessoas para descobrir do o que se tratava.
Fazendo apenas um pequeno sinal para que os homens ficassem de olhos abertos.

Pouco afastado da entrada da estalagem, mas criando um alvoroço, havia um círculo de pessoas.
Elencarnë percebe quando um paladino sai da taverna acompanhado por outros dois, e todos usavam nas túnicas o mesmo brasão do estandarte.
Um movimento quase instintivo acontece quando as pessoas se afastavam saindo de seu caminho à sua passagem.

Ao mesmo tempo, no centro do alvoroço, em pé sobre um barril, estava um anão de traços fanfarrões, falava alto e gesticulava, e vocês pegam o seguinte trecho:



"... E então ELE saiu de trás da montanha. SIM, meus amigos. Ele era ENOOOOOORME. Um dragão preto como a noite, e GRANDE feito um Monte. Não era uma pedrinha, ou uma colina, mas GRANDE COMO UMA MONTANHA.
Então ele me olhou nos olhos... e eu olhei nos olhos dele... E PAH!!! Eu corri atrás dele. Saquei minhas azagaia e arremessei, uma após a outra.
Uma delas cravou FUNDO em sua BUNDA.
As outras foram entrando em seu rabo, e então EU CORRI"

Ele simula uma corrida, lutando para equilibrar-se em cima do barril:
"Puf-puf... Eu corri, ele tentou fugir, mas EU O PERSEGUI E ENTÃO POW!!

Ele pula do barril agarrando algo invisível, e entre "OOOH"s e "UAU"s, ele cai rolando e se debatendo, lutando contra um inimigo invisível, continuando a narrativa e representando por meio de gestos:

"Então... EU o agarrei pelo RABO. Ele me jogou pro alto. QUERIA me engolir. A MIM, URIK HAYK. Então eu joguei minhas facas. TODAS elas, na sua goela. E ele engasgou."

Ele rola para o lado:
"Eu saí de baixo dele bem a tempo dele pisar em mim, ia fazer um PASTEL de anão. Mas não DESTE anão. Eu corri, e corri ao redor dele..."

Ele corria em círculos ao redor do barril, até pular e se agarrar na borda, quase derrubando-a, e segue escalando o barril:
"Então cheguei no seu rabo cravado com minhas azagaias, e o escalei. SIM, MEUS AMIGOS EU ESCALEI COOM UMA ESCADA SANGRENTA O RABO DAQUELE ENORME DRAGÃO VERMELHO COO SANGUE..."

"mas não era preto como a noite?"
"Hahahahahahahahhahaha"

Urik esbraveja:
"ERA preto, e ficou VERMELHo de tanto sangue que arranquei dele. Agora CALEM A BOCA enquanto termino.
Cof-cof...


Então eu ESCALEI seu rabo que mais parecia uma escada de tantas lanças. E subi e CORRI pelas suas costas..."

Ele finge estar correndo, desviando de adversários invisíveis:
"E desviei dos espinhos em suas costas. E então EU AGARREI O SEU PESCOÇO COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS."

A esta altura, muitos já haviam voltado para a estalagem, xingando o anão de tudo que era nome. 
Mas outros tantos permaneciam ali, atentos à sua "bravura".

Empolgado, ele agarra um espectador e o sacode, dizendo:
"Eu ESGANEI. E ele tentou VOAR, mas EU O SEGUREI"

Ele jogava o pobre espectador de um lado para o outro até finalmente agarrá-lo pelo pescoço.
"E eu o apertei, apertei e ESGANEI o enorme dragão... com estas mãos que Moradin há de arrancar de mim se eu estiver mentindo."


O espectador batia em seus braços, já de rosto avermelhado, e o anão o solta, dizendo:
"Desculpe-me, rapaz. Acho que me empolguei. mAS então foi isso. foi assim que eu, urik hayk, derrotei um dragão do tamanho de uma montanha com minhas próprias mãos."


Muitos aplausos e ovações podem ser ouvidos, aos berros de "Herói... herói... herói..."

Elencarne escreveu: escreveu:- Vejo que estão de chegada ao assentamento, tal qual o meu grupo, que noticias trazem do fronte, estava me encaminhando de volta às montanhas mas meu novo companheiro ali - aponto para Uther - decidiu dar uma pausa para ouvir o relato do nobre anão...

Mantinha os olhos fixos aonde seriam provavelmente os olhos do rapaz e mantendo o tom de voz.