Ameaça - Barduk!!

O trabalho é árduo.
Primeiramente, o desafio maior: Por ONDE começar?
Segundamente, os tubos que entram em sua carne e suas veias eram ponteados (como pequeníssimos ganhos) por dentro, de modo que simplesmente tirar rasgaria seus tecidos.

Era possível fazer como queria, ferindo e curando, e regenerando. Mas teria de ser feito rápido. E a dor que ele sentiria era indescritível.
Além disso, tinha a estranha gosma negra. Não conhecia suas propriedades. Estava lidando com algo complexo e arriscado demais.
E pelo tempo, não poderia ter sido colocado ali pelo tal intruso.

Esta era a parte mais perigosa. Havia outra ameaça em Gauntlgryn. Alguém que DE FATO entendia o mecanismo.
More talvez soubesse explicar, já que o vira antes em ação.
Pelo menos viu como desarmá-lo.

Um pouco do que Barduk está lidando, mas por todo o corpo:




A resposta de Uriath já veio há um tempo longo, Barduk já estava ficando agoniado vendo o aparato colocar e tirar tanto sangue quanto a misteriosa gosma preta do corpo do alquimista.
E o mais enervante... ele ainda estava vivo. E teve um momento em que abriu os olhos e FALOU com o general o que pareceu um delírio, sobre "uma terra de prazeres indescritíveis, um mundo onde a dor desaparece e se torna o mais profundo delírio.
Enquanto falava, tremores percorriam seu corpo.

Então, Uriath aparece acompanhado de outra pessoa. parecia ser um elfo, exceto que era alto Passava tranquilamente de 2m de altura). Algo no elfo o incomodava, e tanto Uriath quanto o elfo tinham na cintura a mesma adaga ritualística.

De frente para o aparato, Uriath para bem ao lado do rosto do alquimista, e Barduk não acredita no que vê a seguir. O corpo do garoto (Uriath) se liquefaz numa gosma viscosa e negra (parecia a mesma que havia nos tubos).
Dois anões saem do laboratório, nauseados, e um terceiro não tem a mesma sorte, sujando as próprias botas.

*Barduk dá um passo atrás segurando o estômago. Precisava ver no que aquilo iria dar, estava prestes a conjurar algo, mas aguarda a manifestação de Uriath*

As pernas permanecem solidas, enquando o tronco, braços e cabeça tornam-se fluídos.
Barduk não podia acreditar no que via. A gosma que era Uriath entrava pelos tubos, e por eles, entrava no corpo do alquimista.
Era impossível dizer onde estava o sangue, gosma ou Uriath. Exceto pelas pernas firmes ao lado do aparato.

Não havia mais ninguém no laboratorio. Ninguém conseguiu ficar.
Apenas você, o elfo, e a gosma que era Uriath-alquimista.

O que Barduk assistia era um show de horrores.

-o que está havendo aqui?

*o anão tentava se manter quando todos os outros já haviam partido*
-que aparato é este? não tinha conhecimento da existência desta coisa. Há muitas ameaças infiltradas na cidadela.

O elfo fala (mas Barduk não vê sua boca se mexer):
- Esta estranheza vem de Sigil, meu bom general. Pelo que me foi relatado, encontrado em sua torre ao Norte. Isto quer dizer que os drows de lá têm um braço de eventos acontecendo fora daqui, nos Planos. Ou se não eles, seus predecessores ali, os zhentarins. Mas não se engane. Isto não é um instrumento de tortura. É uma forma de veneração.

O alquimista dá um grito assustador, que mais parecia um porco tendo um orgasmo. se é que se podia chamar assim.

O elfo continua:
- Em Sigil, onde os deuses são proibidos, existe uma força imortal. Algo muito maior que todos os deuses, capaz até mesmo de aprisioná-los, ou matá-los se assim desejar. E é somente por sua causa que nenhum deus ousa entrar na Cidade dos Portais. Pois ali, o mais impiedoso dos avatares não tem mais poder que um reles camponês. O nome desta entidade é conhecido apenas como Dama da Dor. E não se engane. Não estamos falando de Loviatar.

*o anão estava incrédulo. Como um lugar destes poderia existir? um lugar onde nem os deuses tem poder?*
''e se conseguíssemos atrair bane? myrkull ou cyric pra lá? hehe...''

- as quem aqui teria conhecimento ou poder para ter colocado este aí?

- Alguém que tenha vindo de Sigil, conhecido a Dor, e passado a adora-la.

O alquimista grita quando um tubo é arrancado do ombro pela "gosma-uriath", cujas pernas se afastam da máquina, que entre CLANQUES e TACs, vai se abrindo como uma teia de ferro, cada cravo, cada tubo, derramando uma mistura de gosma e sangue.

Barduk sente as ultimas refeições desfilando no céu da boca.

Quando a máquina se abre, o alquimista vai no chão, coberto por uma mistura de sangue e gosma.

- o que é essa gosma? como se tira isso?

As pernas andavam pra lá e pra cá, com gosmas espalhadas e penduradas no torso, que aos poucos ia recuperando sua anatomia.
Era como se metade do rapaz fosse simplesmente líquida.

O elfo diz, enquanto a monstruosidade líquida se recompõe:
- Uma combinação de visco e toxinas. Algo feito não pra matar, mas pra preservar a vida neste esqueleto de ferro.

-até mesmo pra mim isso é de revirar o estômago. Raios, mais este pepino nas mãos pra resolver. E agora um desgraçado de Sigil por aqui.

Retomando a forma humanóide, Uriath diz:
- Se tiver zhentarin em suas terras, não será difícil encontrar pessoas de Sigil. Afinal, eles têm um dedo de operações por lá. Mas livrar-se disso não é difícil para um forjador. A não ser que prefira guardá-la.

Os acólitos se aproximavam do alquimista que, estranhamente, estava sem ferimentos senão pequenas incisões por onde os tubos entravam.

-Você

*aponta para um dos guardas*
-vá inspecionar a cela da capitã Zentharin.

*O anão começava a perder as esperanças em ter algum controle sobre tudo o que estava acontecendo*
-vou destruir essa merda antes que mais alguém seja feito vítima.

Como pretende quebrar o estranho aparato?

-no fogo primordial

Feito.
Vou considerar o alquimista sob cuidados dos hospitaleiros.

Encerrando o tópico.

Não foi difícil carregar o aparato até a forja, ele era leve, afinal. E nem foi difícil atirá-lo na fornalha.
Mas vê-lo retorcer causou um arrepio, uma onda de dor e pensamentos ruins parecia se libertar e espalhar-se por toda parte, antes de serem estruídos pelo calor do fogo.

*Barduk sente-se satisfeito por destruir o item, agora concentraria seus esforços para encontrar a criatura utilizando-se de meios mágicos se preciso*

<off> vou ver as magias em casa a noite <off>

Uma caçada pessoal?

Uma breve revelação:

Consultando tomos e registros nas profundezas da cidadela, Barduk descobre que o nome Tarsuth aparece de relance em registros esparsos nos últimos 20 anos, em encontros casuais.

No primeiro, datado dos primeiros conflitos com os gnomos, logo que a cidadela estabeleceu-se, a criatura apareceu nas profundezas da cidadela, sem se saber se havia entrado pela superfície ou vinda de Underdark.
Como desta vez, ele simplesmente "estava lá".

Da segunda vez, o encontro foi registrado entre o Incorruptível e a criatura, que se descrevia como "um curioso viajante dos Planos que não gosta de não poder entrar em um lugar onde já esteve".
Não houve uma luta. O Incorruptível disse uma palavra, e a criatura desapareceu, não sendo nunca mais vista.

Esta foi a terceira aparição. Talvez Barduk devesse registrá-la nos tomos da cidadela, acrescentando suas próprias impressões.

Tarsuth, descrito por alguma razão pelos seus acólitos como "beholder", era algo a se evitar.
Desta vez, só estava atrás do corpo de seu irmão.
Mas e se voltasse?

Registro

*Tarsuth o gnomo, ou sabe-se lá o que era aquilo apareceu em busca de seu irmão. Uma criatura fétida, morta, entregue a mim por Morë Olori. Estávamos estudando a criatura. Soldados de Gauntl o descreveram como um Beholder, imagino que esta criatura mude de forma*

<off> sim uma questão de Honra, se até mesmo o incorruptível já o expulsou...sei que tenho magias que podem me auxiliar, mas não lembro o nome hehe <off>

Copiando para os registros do grupo.

Barduk sente-se importante ao, pela primeira vez, adentrar a chamada "Sala do Escriba".



Barduk se espanta de haver um lugar assim em Gauntlgryn, e se pergunta que outros segredos ainda não estavam inexplorados?

O escriba, um velho (mesmo) anão, era incrivelmente organizado, e não deixava uma só "folha" fora do lugar.
Mas as folha de uma biblioteca anã não eram papel, mas placas de pedra e metal empilhadas, cuidadosamente tarjadas e organizadas pelo próprio, ajudado por 4 aprendizes bem mais jovens (e fortes).



Ele o leva a uma escrivaninha, onde traz uma pilha de folhas de metal, onde leu a informações passadas.

Ali, Barduk, com um pequeno cinzel, deixa sua marca, imortalizada nos registros da cidadela.

"Tarsuth o gnomo, ou sabe-se lá o que era aquilo apareceu em busca de seu irmão. Uma criatura fétida, morta, entregue a mim por Morë Olori. Estávamos estudando a criatura. Soldados de Gauntl o descreveram como um Beholder, imagino que esta criatura mude de forma"

-e ninguém nunca me falou deste lugar? isto aqui é o caminho do conhecimento, é aqui que eu deveria estar.

*barduk estava encantado com a sala do escriba, estava decidido a varrer e conhecer cada canto de Gauntl*

*o anão se aproxima das poças de sangue por onde Tarsuth passou, se abaixa, toca uma delas com a ponta dos dedos, um sopro de vento causa arrepios nos presentes, os olhos prateados do anão fixam em uma direção*

-homens de verdade se apresentam, mesmo entre inimigos deve haver este respeito, pois desta forma um sempre saberá onde o outro está. Tarsuth é seu nome. Como ousas profanar minha casa? como ousa profanar a casa de MORADINNN. Revele-se monstro!

<off> LOCALIZAR CRIATURA <off>
4° nível de adivinhação
Tempo de Conjuração: 1 ação
Alcance: Pessoal
Componentes: V, S, M (um pouco de pelo de um cão de
caça)
Duração: Concentração, até 1 hora
Descreva ou nomeie uma criatura que seja familiar a
você. Você sente a direção da localização da criatura,
contanto que a criatura esteja a até 300 metros de você.
Se a criatura se mover, você saberá a direção do
movimento dela.
A magia pode localizar uma criatura especifica que
você conheça ou a criatura mais próxima de um tipo
especifico (como um humano ou um unicórnio), desde que
você já tenha visto tal criatura de perto – a até 9 metros –
pelo menos uma vez. Se a criatura que você descreveu ou
nomeou estiver em uma forma diferente, como se estiver
sob efeito da magia metamorfose, essa magia não
localizará a criatura.
Essa magia não pode localizar uma criatura se água
corrente de, pelo menos 3 metros de largura, bloquear o
caminho direito entre você e a criatura.

Barduk sente a presença da criatura ao redor. Ainda haviam pedaços da gosma onde houve a luta.
Mas não sente consciência. Eram pedaços, mas não era ele.

"Meu irmão queria a placa e seu conhecimento. Não tenho interesse nela. Eu sou Tarsuth, o Sombrio. E tenho em Sembia o meu lar. Hoje moro sob a sombra do Eclipse, onde até Shar receia entrar. Venha me encontrar, Barduk. Estarei esperando."

*o anão grava o enigma em um pergaminho e o guarda na mochila, precisaria desvendá-lo. Incumbe um de seus clérigos para tal feito. Aguarda notícias dos soldados que foram a procura de Érin e dos que continuaram batendo os corredores*