De volta às montanhas - Henri!!

Montando em algoz, você volta à ravina e à enorme bifurcação que levava à estrada secreta usada pelo inimigo.
Às suas costas, um calafrio terrível, e um sentimento de abandono e solidão, como se cruzasse a fina fronteira entre os mundos.
Algoz se arrepia, dizendo que os cheiros desapareceram. Que não sentia mais a diferença entre as direções como antes.

O worg fica confuso e para de correr.

Ao mesmo tempo, muito distante, vocês ouvem um rugido feroz ecoando com o vento, como o de uma enorme fera rosnando pelas montanhas.

Ao sentir o tranco da parada e o cala frio, olho para trás e fico um tempo com os olhos atentos vendo se algo estava estranha na direção do cala frio e antes de voltar a atenção a Algoz falo em tom baixo.
- Espero que esteja tudo bem, mas vou me focar com em achar More.

Então desço de Algoz e me agachando ao chão, apenas ouvindo o que Algoz me dizia e observando o terreno, me concentrando para entender os rastros ou os sinais que aquele ambiente poderia nos trazer!
- Aguarde, vou estudar o ambiente antes de continuarmos.
Me levanto e caminho mais um pouco e voltando a me agachar, ao ouvir o som que vinha das montanhas, paro e olho e começo a me movimentar na direção do som, parando e observando novamente.
Fazia um estudo meticuloso do ambiente, tentando descobrir se já estava na zona de mudança mágica, para que pudesse caminhar com cautela e descobrir quem ou o que estava causando aquelas alterações.
- Algoz, fica próximo de mim e atento ao ambiente e qualquer alteração que ele nos demonstre, agora vamos ter de trabalhar juntos.

Algoz tromba em você, propositalmente, e diz:
- Não está escutando? Tantas orelhas e não ouvem? Ele te chama. Perguntou o seu propósito, ou vai nos matar.

Tomando a trombada enquanto estava concentrada e com um movimento de braço para apoiar o corpo no chão para não cair.
- Não, escutei o chamado, mais já que chamou vamos responder!

Me levanto e me viro para onde vinha o som e com os olhos fechados e respirando profundamente e falo ao vento:
- Não viemos aqui para lutar e sim para encontrar nossos companheiros perdidos!

Então abro os olhos e aguardo alguma resposta ou mesmo outra pergunta.

Henri sente um cheiro horrível, e subitamente sente-se observado.
Algoz fareja o ar percebendo o odor, mas não consegue apontar uma direção. apenas diz:
- More... esse cheiro vem do meu elfo negro.

Ao sentir o cheiro faço uma cara feia e procuro de onde poderiam estar nos observando, terminando o olhar em Algoz:
- Esse cheiro é de More, ele precisa urgente de um banho e de onde está vindo o cheiro dele, e você não conseguiu sentir que algo nos observa?

Voltando a expressão para as montanhas:
- Então, se nos permite iremos entrar para buscar nossos companheiros e parar de te infortunar!

Algoz grunhe e diz:
- Observado por todos os lados. Não pensei que precisasse te avisar.

Ele segue farejando o ar, enquanto Henri vê algo perto de um cruzamento de trilhas. Um pequeno marco de madeira discretamente colocado ao lado de uma pedra. Tinha um símbolo peculiar, um olho dentro de uma estrela de 7 pontas.

Ouvindo a resposta de Algoz dou um pequeno rosnado pra ele também:
- É obvio que não precisa, como você estava concentrado em outras coisas!
Ao ver aquela estrela tento me recordar se já havia visto aquele simbolo em algum local e com muita cautela vou chegando mais perto dela.
- Algoz venha e aqui e de uma cheirada por aqui!

Ele se aproxima, e se arrepia.
- O Rei Amarelo.

Henri já viu este símbolo antes, em algum lugar na vila.

Olho para Algoz um pouco atônito pela sua reação!
- Rei Amarelo? O que isso significa?

Henri sente uma pontada na cabeça. A visão turva, e em um lugar completamente escuro um enorme olho amarelo se abre.
Uma sensação de grande ameaça toma conta de você, que volta a si com uma mordida de Algoz.
- Ficou maluco? Começou a se debater como um bebê assustado.

Ainda com uma expressão de assustado (tanto pela visão quanto pela mordida de Algoz), balançando a cabeça como se acordasse.
- Acabei de ter uma visão em um lugar escuro com um olho amarelo, por isso provavelmente estava me debatendo!
Ainda respirando fundo com tudo aquilo:
- Vamos de diga o que sabe sobre esse Rei amarelo, além disso, você já ouviu alguém falar desse olho?
A impressão de perigo e era como se estivesse num alerta total, agora de olhos e ouvidos mais atentos, além de olhar mais um pouco para aquela estrela.

- Rei amarelo é uma criatura que vem por um portal no alto das montanhas. Vi os xamãs tentarem chamá-lo para fazer um pacto de poder. Bem, ele matou a todos e voltou pelo portal. Os selos de proteção que os xamãs usavam não funcionaram. Já olho amarelo é o tal Uriath, quem trouxe os drows de Underdark, quando More se proclamou rei deles.

Olhando atentamente a fala de Algoz, e observando aquele símbolo, tenta ver se ele direciona para algo ou é simplesmente um marco (olhando a madeira por inteira e a pedra também).
- Entendo, e você voltou a sentir o cheiro do seu Drow fedorento?
- E esse Uriath, pra onde foi ou voltou pra underdark? E temos de continuar pra encontrar os presos!

- Não se lembra? Uriath foi embora pelo portal que baniu o Deus dos drows. O olho amarelo que veio dos Céus. Uriath deve ser um cultista poderoso e está buscando uma forma de voltar. Ele deve estar mandando mensagens na cabeça de quem estava lá. Ainda bem que eu não estava.

Algoz funga o ar e diz:
- Estranho. O cheiro está mais forte. Ele deve ter cruzado algum portal, ou então nós saímos da área da magia dos elfos.

Henri sente outra vez a pontada. Era como se algo insistisse em tentar penetrar em suas idéias, talvez uma mensagem, talvez uma ameaça mental. Não saberia dizer.

- Claro que lembro dos cultistas, mas eu estava atras de um deles quando tudo aconteceu, então vagamente me lembrava do nome!
Sentindo a pontada na cabeça novamente faço um expressão de dor e curiosidade!
- Se ele deve estar mais próximo de nós, pode ser que esteja vagando entre os portais, e senti novamente a pontada na cabeça, vou deixar entrar o que está tentando falar!
- Mas lembre-se pode ser também uma invasão, fique alerta!
Só então respira fundo e solta o ar lentamente fechando os olhos e me concentrando em minha mente!
- Quem está aí e o que quer?

- Isso quer dizer que eu posso morde-lo?

Antes que pudesse responder, uma voz autoritária fala em sua mente:
- More foi pelo caminho errado. Só um elfo que conheça a língua vai poder ouvir o mithal. Sozinho, você vai se perder.

Escutava atentamente as palavras, e concordava que eu não era um elfo por inteiro e também não conhecia a língua, falava mentalmente com o estranho!
- Quem é que está falando?
Dá uma pequena pausa esperando alguma resposta e então continua!
- E onde raios vou encontrar um elfo e que ainda fale a língua do Mithal? Finn foi com um maldito Zhentarin!
Eu tendo uma parte de sangue elfico não conseguiria me comunicar com o
mithal?

- Finn não conhecia a língua, mas conhece o Mithal. Não seria atacado por ele. Você, Mestiço, não será visto como ameaça pelo espírito do Mithal. Mas também não conseguirá se comunicar com ele. Perto de onde vocês estão há um elfo chamado Lachesi. Ele conhece a língua e pode ajudá-lo.

Uns instantes de silêncio, e a voz continua:
- Meu nome é Nigel, Inquisitor de Tyr. estou preso num universo paralelo, perto o bastante pra me manifestar mas não para voltar. Avise Barduk. Reuni alguns dos seus, mas perdi outros.

Mantendo a concentração nas palavras do tal que se chamava Nigel e um inquisitor de Tyr e lhe respondendo ao final de sua fala, também deixando um curto espaço de tempo na resposta.
- Mas Lachesi foi quem abriu o portal até Myth Drannor, além disso, ele já estava na zona do Mithal, ele já poderia ter conversado com o Selu'taar!
- Além disso, como vou saber se suas palavras são verdadeiras, tantas coisas acontecendo, preciso de algo concreto para prosseguir!

Aguardava o ser que lhe falava pela mente.

Não vem resposta. E o silêncio o incomodava.

Abro os olhos e bufando, vejo se algoz estava por perto e só então fecho novamente me concentrando.
- Ei, me diga algo que confirme se você é quem diz!
Aguardo agoniado mais tento me manter concentrado e vejo se a sinal na área.

Ainda havia o silêncio perturbador, quando Algoz, com toda sua delicadeza, bate com a pata em seu ombro.

Passando por vocês, vários vultos fantasmagóricos vagavam sem rumo. A sensação era arrepiante, como estar entre os mortos.
No momento seguinte, todos somem.

Ao sentir a patada de Algoz e abrir os olhos e ver que estava no meio "daquilo" que parecia uma caminhada horripilante, apenas me benzo e solto baixinho:
- Que Lathander ilumine o caminho desses que vão e que tenham um bom encontro com Kelemvor e Jergal!

- Temos que correr Algoz, voltar para encontrar Barduk, não conseguiremos chegar até os demais da Erel que estão perdidos em e os outros homens.
Fazendo uma pequena ênfase:
- Seu Drow se meteu em uma furada e só um Elfo poderá nos ajudar!
- Você pode me levar o mais rápido possível para o campo onde estava Barduk?

Continuava arrepiado e sem entender como tantos fantasmas estava caminhando, suas orelhas sentiam que algo estranho tinha ocorrido e esperava que nada com o anão e os demais.

- A esta altura, só espero que não tenham se perdido nas montanhas. Suva, esquisito, vamos voltar.

Assim que Henri monta e se agarra aos pelos do worg, ele dispara de volta pela trilha.
Mas assim que chegam ao meio do caminho, deparam com uma enorme nuvem de poeira barrado o avanço.
Uma aura de pura maldade podia ser sentida por toda sua extensão.
Algoz para, todo arrepiado.