Intrépidos - Altair!!

Tópico da comitiva: 
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Depois de reunir sua pequena trupe, um bote é colocado na água para levá-los em segurança à terra, enquanto o Imp pairava lentamente em direção à margem. Em seu estado atual poderia levar apenas alguns minutos, ou até mesmo um dia inteiro pra chegar à costa, tempo que talvez o imp não tivesse longe da água.

Altair decide não perder tempo e apressar sua partida. E logo, o grupo singular já estava cruzando as águas do lago, refazendo uma parte do caminho até onde o Capitão havia avistado a vila.

Altair observava a costa com atenção, não queria sair às cegas por terreno desconhecido, com tantos contando com seu retorno.
Foi quando viu através da luneta alguém parado à margem, era solitária, e parecia devolver o olhar direto.
Era uma DROW!!

Primeiro, Altair se preocupou. Não tinha boas experiências com a raça. Aliás, eram as piores possíveis.
Mas algo lhe chamou a atenção naquela drow, em particular. O olhar que parecia buscá-lo através da luneta não era o olhar distante, vazio ou até mesmo frio característico do coração negro dos drows que conhecia.
Pelo contrário, era um olhar encantador e cheio de vida. Ela estava descalça, com os pés no lago.

Por um instante, Altair se pegou quase enfeitiçado por aquela visão.
Ela sorriu, e abriu os lábios como se fosse dizer algo...



Altair sente um tranco quando Thag, com sua delicadeza, bate em seu ombro:
- Melhor sentar, Capitãozinho. Já vamos aterrar. Não vá deixar cair seu telescópio.


Altair se irrita com a intromissão, e rapidamente leva o olho à luneta novamente.
Mas por mais que se esforçasse, não encontrava aquela drow em parte alguma. Mas aquele olhar... estava gravado fundo em sua mente. Um desafio à sua lógica, e talvez à sua compreensão da odiada raça.

A coruja piou, e Anabel apontou para um grupo de pessoas na margem. Pareciam pescadores montanheses, e se agitam ao percebê-los em aproximação.

Intrigado com a imagem da Drow, fica a procurar em vão através da luneta. Paranóico, teria ele sido enfeitiçado por aquele ser?
De uma coisa era certo, só havia um único Drow, que a muito custo, conquistou o carinho e a admiração de Altair. Uma das primeiras crianças do orfanato, preferida de Lilandra. Mas essa história será contada em outra ocasião.

Tentando manter a compostura procura à margem um bom lugar para atracar. Perto dos aldeeiros, mas longe o suficiente para não atrapalhar caso estejam fazendo pesca de barranco.
-Vamos atracar proximo aquelas pedras alí. E Tharg isso é uma luneta! Telescopio é pra ver estrelas!
Fala meio que receoso a Tharg, não queria contraria-lo, mas de alguma forma ensina-lo.

O bote atraca na costa, sendo ajudado por dois do grupo de pesqueiros, homens das montanhas, robustos e de pele marcada pelo clima.

Tharg, menos cuidadoso, salta do bote à margem, dando um tranco na embarcação, derrubando os menos atentos. Anabel quase caiu na água, se não fosse Alfred agarrá-la.

Os homens se assustam vendo o meio-orc firmar o pé na margem. Mas os dois, segurando firme a corda do bote, não pareciam impressionados.

Aproximando se da margem Altair se coloca de pé na proa do bote com um pé apoiado no caperol (o bico da roda de proa), assim que a quilha toca o fundo aproveita o momentum para projetar seu corpo a frente e pousar com delicadeza na margem, sem molhar as botas, faz com tanta naturalidade que parecia caminhar.

-Boa tarde senhores! bom dia para pescar, não?

Volta para ajudar o bote a atracar e seus passajeiros a descerem.

-Vocês poderiam nos dizer em que terras estamos? e se encontro marceneiros e carpinteiros por aqui?

Altair estava calmo, Alfred havia contado algumas piadas enquanto remavam que aliviara a tensão das ultimas horas.


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[off] Falta um R no Tharg… rsrs

Quando desembarcam, Altair e sua comitiva se dão conta de que os dois que os ajudaram a segurar o bote são na verdade um velho... e uma mulher.



e



Bren e Ila, como se apresentaram, falam por alto "Estão em terras do Dragão Púrpura, num dos poucos oásis de paz que restaram."

Quando Altair fala em carpinteiros, Liping se agita. Altair sabia do desejo do pequeno por especializar-se nos trabalhos de madeira, principalmente em se tratando de reparar navios.

Bren coça a barba e diz:
- Bons ventos os agraciam, rapazes... e moça... pois há algumas dezenas um enorme navio se perdeu nas águas do lago, e seus feitores continuam aqui por perto. Vocês estão nas terras de HeavenLake. Somos poucos, mas somos gente boa.

Ele sinaliza exatamente como na figura.

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Off: Ia guardar pra outro tópico, mas quando vi a figura do velho, TIVE que usar.

O velho olha por cima do seu ombro, para o bote, e diz:
- Mas seu barco parece bom. O que há de errado nele?

Dando uma risada.
-Esse é só o bote da embarcação, ele está mais lago adentro.
Mostra para o trausente o Imp ao longe pairando sobre o lago.

O velho leba a mão sobre os olhos em concha:
- Mas não tem nada lá, a não ser... DIABOS!!!


De longe, mesmo Altair demora a perceber um efeito ilusório ao redor do navio, que criava um efeito tipo "miragem", causando a ilusão de vapores sobre as águas e disfarçando o Imp como uma grande mancha de nevoeiro deslocado.
Mas os olhos simples do montanhês podiam perceber a estranheza climática, ficando ao mesmo tempo impressionado e assustado.

A garota diz:
- Melhor virem conosco ao nosso barracão. De lá podemos mandar chamar um dos feitores e, bem, ajudar a arrumar esse seu barco.


Tharg pega a corda do Bote e, com sua força, o puxa mais para longe da margem. Mostrava assim uma força enorme, mesmo com a dificuldade da perna pontuda.

Irritado, ele senta numa pedra e, ao que parece, "calça" uma espécie de sapata, um apoio na ponta, tornando-a mais firme no terreno lamacento.

Não tinha outra opção a nao ser seguir o velho pescador. Também não tinha porque contraria-lo. Apresenta a si e os componentes da comitiva. Puxando assunto sobre a região, perguntando sobre o comercio local e suas especialidades, oque mais haveria nas redondezas, pois nada daquilo constava em seus mapas. E se teria algum lugar pra comprar um mapa regional.

Segundo ele, tudo ali era muito novo. A pequena vila de pescadores subsistia há anos da pesca no lago. Mas depois das Guerras Goblinoides, tanta gente se refugiou ali que formou-se até uma vila, com direito a prefeitura e tudo mais.

Não havia um comércio formal, que eles (os pescadores) conhecessem. Tudo era muito novo e estava em expansão.

Vocês são levados a um pavilhão onde os pescadores se reuniam, e o cheiro de peixe estava impregnado em toda parte.
Além da sujeira.

Haviam bancadas para limpeza, dois jovens varriam sujeira e cabeças em direção a um vão no assoalho onde você presume haver algum tipo de tina para escoamento.
Não era próprio para um grande volume, apenas pesca de subsistência e distribuição entre as vilas próximas.

Bren diz orgulhoso que pelo menos DEZ vilas serão alimentadas por aqueles peixes.

Vocês sobem por uma estreita trilha do lago ao barracão, mas dali, pelo alto, uma pequena estradinha de terra partia em direção a outra parte do lago.

Haviam ali 2 mulas pastando, e uma carroça desatrelada estava escorada próxima à entrada.

-Dez vilas?Indaga Altair impressionado. -Essas montanhas estão mais povoadas do que imaginava, gostaria mesmo de conseguir alguns mapas locais.
Ao ver as mulas pastando se lembra da infancia em Dambrash, os garanhões que seu pai criava. Não haveriam no mundo pastos verdes como em Dambrash e Altair tinha viajado bastante para comprovar.

Geograficamente falando, a "distribuição" por solo montanhoso é muito vasta, e "dez vilas" (supondo que a informação não seja exagerada) podem não ser tão próximas quanto seriam num território de planícies.
Principalmente se o meio de locomoção for por água.

As opções neste momento são:
1) Aguardar um mensageiro seguir à vila mais próxima e voltar com os tais feitores;
2) Seguirem vocês mesmos rumo à próxima vila, deixando o bote aos cuidados dos pescadores.

Vamos nós até os feitores, não tem porque os Pescadores roubarem o bote, e se o fizerem sabemos onde eles moram.

A pequena trilha torna-se uma estradinha muito usada entre a cabana dos pescadores e a tal "Vila HeavenLake", não aparecendo em nenhum mapa pois, segundo eles, era um assentamento muito novo.

Pouco mais de uma hora de caminhada, um halfling maravilhado com as árvores locais, um Tharg mal-humorado e um Alfred tentando fazer malabarismos com pedrinhas, vocês chegam a uma bifurcação.
Era fim de tarde, e à esquerda, podiam ver alguns barracões assentados.
Mas o que chama a atenção era uma tabuleta que apontava para a mata, dizendo "Prefeitura".

Alfred estava com as mãos machucadas, desacostumado a usar pedras em suas gracinhas.

Altair segue a trilha com seu diário na mão, faz algumas anotações e rascunhos com um pedaço fino de carvão.
Quando vê a placa fica intrigado.
-Que diabos a prefeitura fica no meio da mata se a civilização ta aqui, parece-me mais que a vila é antiga e o mato tomou conta.

Vendo as mãos de Alfred.
-Ei gargalhada! Suas mãos são umas das mais importantes daquela embarcação, se não a mais! portanto tome cuidado com esse tesouro. Altair não estava brincando, sua comida era realmente boa, e nada melhor que comida boa para manter o moral da tropa elevado.


[off] Como é fim de tarde, a mata esta escura??? se sim vou pedir pra alguém acender uma lanterna furta fogo ou outro meio de iluminação.

-Bom, acho que é isso, vamos ter que entrar mata adentro.

A coruja pia, voando em círculos acima de vocês, e Anabel aponta e diz:
- Tem luz vindo da mata. Acho que logo mais poderemos ver alguma luz.


Gargalhada estava lavando as mãos na beira do lago quando começou a farejar:
- FUNG-FUNG! Que diabos... QUEM está assando carne sem preparo??

Altair dá um riso contido enquanto pensa no comentario de Gargalhada.'Ezio já veria uma oportunidade de negócio alí.'
-Que bom, parece que enfim estamos chegando Anabell. Alfred mantenha a compostura quando chegarmos lá, talvez a gente consiga um bom negócio e um jantar gratis, mas não torça o nariz pra comida deles. Te prometo um punhado de pimenta seca que consegui em Waterdeep, se assim o fizer. Combinado?

Segue a caminhada com a comitiva, papeando descontraído sem uma ordem de marcha.