Expandindo ares - Altair!!

Altair teve a mais longa e conturbada reunião que já teve em toda sua vida. Desta vez, as longas e enfadonhas reuniões mercantes na fantasia de Ézio ficaram no chinelo.
Foram dezenas e mais dezenas indo e vindo do passo mercante, colocando e tirando o disfarce, a ponto de algumas vezes misturar identidades. Uma hora era Ézio falando como Altair, outras era Altair escalando com as pesadas roupas do mercador.

Precisava de um descanso, quando seus contatos lhe informaram que Snake estava em sua cola. Sabia que ele era alguém difícil de rastrear, e seus métodos, sempre perigosos. Mas uma coisa era sabida do mercenário: Era uma das pessoas mais bem informadas que conhecera. Nada do que acontecia no submundo lhe escapava, colocando-o no mesmo nível dos barões do Mazud de Calimshan.
Snake era um homem de disfarces por trás de disfarces por trás de disfarces. Movia as peças de seu xadrez por meio de seus emissários, e eram tantos que era possível passar a vida trabalhando pra ele sem saber.

Quando Azimir, o lorde por trás de uma das maiores companhias mercantes do Porto para o qual Altair prestava serviços o chamou para uma conversa em sua sede, já previu o pior. Sabia que, como Snake, Azimir também tinha um braço no mercado de informações, e nunca, até saber de Snake, teve razões para desconfiar de Altair, um "bom marinheiro, e perito em cordas". Mas da aparição de Snake envolvendo-se com Azimir, um temor surge no coração.

Altair atendeu ao chamado de Azimir preparado para o pior. E entendeu a mensagem quando entrou em seu gabinete e encontrou tantos documentos sobre os portos de Calim, mapas das rotas de Ézio e até alguns garranchos de mapas e anotações, como se Ézio tivesse sido vigiado por um bom tempo.
Mas para sua surpresa, o selo por trás dos documentos não era o de Azimir, mas o de Snake. Eram documentos trazidos pelo mercenário de uma longa operação de vigilância. Algo que nem Ézio nem Altair nunca desconfiaram. Nunca tiveram RAZÃO para desconfiar.

Mas Altair acaba soltando a gargalhada quando fica sabendo das acusações feitas por Snake. "Um Lorde Zhentarin". Era assim que Ézio era visto no submundo. Pois sua vida dupla era condizente com os modus operandi dos agentes da Rede Negra. E desde que a igreja de Bane voltou a assumir os negócios da organização, muitos agentes começaram a ser revelados, alguns por erros próprios, vindo à luz para as autoridades. Outros, revelados por seus próprios superiores, descontentes com sua ineficiência. Um verdadeiro EXPURGO dentro da Rede. Eliminando-se os mais "fracos" para que outros tomassem o seu lugar.
Altair acompanhava os números, grandes aos olhos das autoridades, mas ínfimos dadas as cifras manipuladas pelos Zhentarin. Mas daí a ser confundido com um...

Outra grande surpresa foi Azimir assumir que já sabia de Ézio. Primeiro desconfiou de uma ligação de espionagem entre mercadores rivais. Não que suas rotas convergissem, mas grandes mercadores eram capazes de tudo para expandir e defender seus negócios. E Altair não era o primeiro espião que esperava identificar em suas fileiras. E Altair nunca descobriu como o lorde mercador descobriu serem a mesma pessoa. Talvez por meios mágicos, ou contra-espionagem. Afinal, era um mundo traiçoeiro, e muitos poderiam jogar o mesmo jogo.

Porém, a intenção de Azimir com Altair não era revelá-lo, mas usar seus serviços. O lorde não tinha interesse nos caminhos praticados pelo "calishita", pois suas rotas eram mais ao norte. Vinha explorando a recente destruição de Neverwinter, firmando novos acordos com grandes navegantes de Luskan (alguns, Altair sabia, eram piratas de grande reputação).

Azimir revela suas descobertas no tocante à recente onda de crimes e desparecimentos envolvendo runas perigosas espalhadas pela cidade. Primeiro, e a exemplo de boa parte das autoridades, pensaram tratar-se de obra dos Cavaleiros-negros, recentemente proclamados "Agentes dos Lordes", operando em toda cidade. Mas logo descobre serem obra de alguém acima dos lordes. O Mago-Louco, como era conhecido, estava atrás dos cavaleiros, sem se importar com quem abduzisse em seu lugar. Era capaz de desaparecer com uma multidão inteira para colocar as garras em dois cavaleiros-negros que estivessem nas proximidades, e no processo estava desaparecendo com gente inocente. Gente de bem, incluindo funcionários da companhia de Azimir.

Suas runas estavam em toda parte. E mesmo que as autoridades se esforçassem para abafar os desaparecimentos, a população comentava sobre o sumiço de famílias inteiras.

Depois, com um arrepio, Azimir confirmou a pior notícia, há muito correndo nas bocas pelos becos e por todo submundo, mas os grandes bandidos se esforçavam e relutavam em aceitar.
Primeiro pensaram tratar-se de alguma criatura infiltrada entre os lordes, mesmo que houvessem aqueles que se referissem a ele como o próprio Bane, em sua forma avatar. Lutavam para desacreditá-lo, e parecia ser a força por trás dos cavaleiros-negros, fazendo uma intensa busca pela cidade à procura de algo ou alguém.

Mas quando Azimir contou do incidente no distrito dos Templos, e da ferrenha luta entre Finn Goldpetal e esta força, à qual poderosos magos se juntaram... e foram mortos, o resultado foi a total obliteração do Templo de Corellon, deixando um enorme buraco descampado onde ficava o santuário.
Foi a primeira (e única) vez que a criatura foi vista em ação. Superior aos três arquimagos que a enfrentaram, em seu último embate diretamente contra Finn, ele o golpeou com um poderoso raio luminoso, desintegrando completamente o elfo e outro arquimago que lutava a seu lado.

Depois a criatura desapareceu, mas seus cavaleiros-negros se espalharam ainda mais pela cidade à procura de algo que julgavam estar em poder de Finn, mas no embate descobriram que não estava.
Trata-se de alguma relíquia banita que há muitos anos teria sido roubada pelo grupo ao qual Finn pertencia. E agora um agente divino direto do Tirano se manifestava em tentar recuperar. Fosse o que fosse, sua procura estava lhe garantindo total controle sobre a cidade.

Passou-se bastante tempo até que Azimir descobrisse que Finn, de alguma maneira, ainda estava vivo, e pra piorar estava de posse da relíquia. Mas na mesma época, agentes do Tirano também descobriram, e mandaram seus assassinos atrás do elfo.

Azimir explica a Altair que, o que quer que fosse, se era tão cobiçado pela Igreja de Bane, não era algo que devesse voltar ás suas mãos. E fosse o que fosse, o Mago-Louco de Undermountain tinha igual interesse no objeto. E estava abduzindo cada vez mais pessoas para pegar os cavaleiros-negros e "interrogá-los".
Antes que não houvessem mais pessoas boas na Cidade dos Esplendores, Azimir bolou um plano audacioso, mas que precisaria da sua ajuda, pois ele estava a tempos demais afastado da vida de aventureiro. E principalmente, lidar com Finn Goldpetal nunca foi uma tarefa fácil. Mas que certamente alguém capaz de sustentar uma vida dupla por tanto tempo com certeza iria tirar de letra.

O plano envolvia trazer Finn de volta à cidade, trazendo consigo o objeto, e de alguma forma atirá-lo nos domínios do mago-Louco. Isto diminuiria ou cessaria os raptos, além de voltar as atenções da criatura e seus cavaleiros para um ambiente igualmente hostil, do qual ninguém volta sem grandes sacrifícios.
Fosse quem fosse, iria desistir das buscas, ou direcioná-las contra os domínios de Halaster.

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Altair passou algum tempo pesquisando e investigando, e usando os contatos de Ézio entre os mercadores para sondar as terras agora habitadas por Finn, que pelo que já soube começou a causar grandes problemas.

Foi quando soube de um encontro entre mercadores para uma grande empreitada. Pouco investimento numa nova (e arriscada) rota de caravanas, mas que se desse resultado, traria muitos ganhos não só para os investidores, mas para o desenvolvimento das cidades por trás do intento.
Cormyr se recuperava de uma terrível guerra, e o investimento iria resolver um grave problema de segurança nas fronteiras do reino com as montanhas ao Norte.

Assim, as duas vidas de Altair teriam a oportunidade perfeita para aproximar-se de Finn sondá-lo, antes de entrar em contato direto:

O Aventureiro: Poderia mergulhar na exploração da região que se desenvolvia, uma nova terra a ser explorada, e seus habitantes começavam a pensar em meios de navegar as águas do enorme lago onde se desenvolvia, além dos rios montanheses.

O Mercador: Poderia usar a proximidade com os mercadores (sabendo da presença zhentarin na região) para cercar o grupo ao qual Finn havia se juntado, colhendo o máximo de informações sobre eles antes de tentar abordar o elfo, que não demonstrava pressa em voltar à Costa da Espada, deixando que as buscas por ele continuassem, e tantas pessoas fossem raptadas em seu nome.

Finn tinha as respostas necessárias, sobre quem seria a criatura, além de carregar a relíquia que poderia por fim às buscas e aos crimes por toda cidade.
Era hora de escolher...

Tanto Altair quanto Azimir sabiam que Altair não tinha muita escolha na proposta de serviço, afinal sua dupla identidade tinha sido revelada.
Diz a Azimir que já chegou a lutar ao lado de Finn Goldpetal a um tempo atrás e que apesar de arrogante, como boa parte dos elfos o são, não aparentava ter maldade no coração. Talvez Finn nem lembre de seu rosto, tamanho o número de pessoas que sempre o cercava.

Altair aceita a missão de encontrar Finn e trazer o dito artefado para ser levada aos domínios do mago louco, mas pra isso quer algumas garantias:
Altair seria registrado no diário de bordo de alguma viagem de Azimir para desaparecer de Waterdeep sem levantar suspeitas; Azimir teria que usar toda sua influência para manter Ezio e o Orfanato fora do radar, não tinha mais motivos para fingir que Altair era apenas um ótimo marinheiro e explica que a identidade de Ezio foi criada exatamente para manter as crianças fora do perigo que a vida de Altair pode acarretar e portanto deveria continuar assim e por último, caso Altair não retorne de sua missão, Azimir teria que dar sua palavra que manteria o orfanato a salvo e que protegeria a rota comercial de Ezio para que se mantivesse o sustento do orfanato.

Azimir aceitando essas resalvas, Altair/Ezio firmará o acordo e darão inicio aos preparativos para encontrar o paradeiro de Finn e do artefato banita.

O cuidado de Altair com o orfanato só faz Altair confiar ainda mais no aventureiro. Como um acordo entre "cavalheiros", Azimir revela um de seus alias (Benjamin Amin), um nome falso usado pelas noites, não como salteador como Altair, mas como andarilho, vagando fora das atenções da guarda e dos mercadores.
Era uma forma de enfrentar o tédio da burocracia. Altair velejava, Azimir caminhava.

As opções até agora:

Altair fica sabendo da nau-spelljammer à disposição de Azimir, uma possibilidade mais rápida de chegar às terras centrais.
A outra é velejar por meios normais, muito mais demorado.

Azimir também faz uma carta de recomendação a um aliado, Alastor Robruscio, acompanhada de um convite formal para um encontro de mercadores.
Ézio já esteve em alguns, sabe tratar-se de uma ocasião formal e de grandes oportunidades de negócio.

Se escolhesse a pele de Ézio, tinha ainda algum tempo pra se preparar.
Mas se escolhesse viajar através do Spelljammer, tinha pouco tempo.

Decide ir como Altair, o tempo era curto, alem disso seria uma oportunidade única de entrar em um Spelljamer, mesmo assim aceita a carta de recomendação, dizendo que se necessário arranjará uma forma de colocar Ezio em jogo.

No orfanato avisa ao seu encarregado que fará uma viagem de negócios e se ausentará por um tempo ainda indeterminado.
Pega no depósito, como amostra de mercadoria de Ezio, 10 cortes de ceda de 1 metro quadrado cada, em cores e desenhos variados, com valor médio de 10 gp cada peça. 2 sacos de 1kg de pimentas distintas no valor de 4gp cada. e um saco de 1kg de açafrão no valor de 30gp.
Tira a poeira de seus equipamentos de aventura que estavam guardados, pois mais uma vez Altair sairia rumo ao desconhecido.

Um misto de sensações e sentimentos tomam conta de Altair.
Fazer os preparativos foi tranquilo.
Tomar a fila entre tantos portuários (como de costume) já era outra rotina para Altair.

Mas nada o prepararia para a grandiosidade do Flying Imp.
De início, um navio ineficiente, com um enorme peso na proa, uma estrutura semelhante a grades, e haviam aberturas como as para remos. Mas numa embarcação tão grande, seriam necessários remos demais para conduzir.

Altair é guiado até o porão, um amontoado de redes suspensas. Mas haviam estruturas incomuns reforçando as paredes.
Levado à popa do navio pelo porão, logo se vê num quarto à parte do resto da tripulação. "Reservado aos passageiros especiais", disse o enorme feitor que cuidava da tripulação.

Para seu espanto, haviam Giths entre os tripulantes, que não esboçavam reações ou vozes, apesar das expressões de quem conversava sem palavras.

Logo o Capitão se apresenta, um homem velho e que vestia uma velha farda de alguma marinha de tempos passados (você não identifica a heráldica), e com um linguajar bastante polido.

Cumprimentava cada tripulante, já conhecendo a maior parte pelo nome.
Altair não seria uma exceção. Tendo o cuidado de acompanhar o livro de passageiros, sabia o nome de cada par de botas que embarcasse.

Então o navio zarpa, e Altair, agora empoleitado no mastro, entre cordas que já conhecia, em posturas já automáticas, logo percebe cordas "demais" por toda parte. Um "peso morto" para qualquer embarcação.

Mas então, o capitão faz um convite inesperado:
- Senhor WONDRITCH, quer fazer as honras?


Ele estende o timão. Segurar um deles era o sonho da maioria dos marinheiros. E até aqui, em nada diferia de um navio convencional.
Alguns olhares enciumados, outros admirados.
Velejar um Spelljammer era um privilégio para poucos.

Tenta fingir indiferença quanto aos Giths, mas sua curiosidade faz ele olhar vez ou outra tentando imaginar oque será que eles estavam a se comunicar. Contanto que não tenham nenhuma expressão de raiva ao olhar pra Altair, acha que terá uma viagem singular, porém, na medida do possível, tranquila.

Altair desce pelo cordame com a maestria corriqueira, maravilhado, poucas foram as vezes que foi timoneiro numa nau, um spelljamer então, só de entrar em um já era um sonho. Volta a postura séria de um marinheiro ao tocar os pés no convés.
-Yarrr, Capitain!!!! Será uma honra!

Posta se ereto frente ao timão, segurando na malagueta mais ao topo com a mão esquerda enquanto a mão direta descansa em suas costas. Sem tirar os olhos do horizonte pergunta ao capitão.

-Qual o rumo Senhor?

Largando o timão às suas mãos, ele diz:
- Para CIMA, meu rapaz. Vamos seguir esta maravilhosa corrente de vento.

Altair olha de canto de olho para o capitão desconfiado, sabia que um Spelljamer podia voar, já tinha visto em Waterdeep, mas agora, como fazer?? isso é um mistério até mesmo para um homem sagaz como ele.
Olha ao redor sem perder a pose, procurando alguma coisa incomum com os barcos convencionais, alguma alavanca, pedal, placa de pressão, algo que destoe em uma embarcação.

Altair olha em volta, sente o timão, arrisca até uns puxões... mas nada parecia fora do normal.

Finalmente, sob muitas risadas, incluindo do enorme imediato, o capitão também ri, e termina:
- Calma, rapaz. Vai arrancar o meu timão do lugar. Prometi a Azimir que teria uma experiência ÚNICA no FLYING IMP!!

Algo é colocado em sua cabeça sem que se desse conta, e de repente, por um instante, Altair sente-se confuso. Vozes de toda parte, imagens distorcidas, ora embaçadas, até que os olhos voltassem a ser seus, e os ouvidos também seus.

Mas então percebe que não estava simplesmente velejando. Não era mais uma questão de bombordo x estibordo.
Altair podia "ver e ouvir" como o navio. Como e estivesse, todo ele, VIVO!

O capitão põe a mão em seu ombro, e você se assusta por um momento. Estava longe, saboreando o turbilhão de novas sensações.
Então o capitão diz:
- Mostre a ele como se faz, senhor Wondritch. Convide-o para DANÇAR!!

Altair não tem pratica nenhuma com voo, ainda não tivera tempo de usar a sua mais nova aquisição que chegou essa semana de Calimport junto com várias tapeçarias.
Respira fundo e deixa se levar pelos novos sentidos, sentindo o ar tenta deslizar "seu novo corpo" rumo aos céus.

"Lutar" era a palavra. Um movimento a estibordo e a embarcação inclina perigosamente.
Enquanto alguns marujos riam abobalhados, outros se apavoram, agarrando-se ao gradil.

O Capitão diz:
- Calma, senhor Wondritch. Não deixe o IMP intimidá-lo. Dance. DANCE, senhor Wondritch.

Entre risadas e gritos, logo Altair sente algo estranho. Como estar no lombo de um cavalo arisco. E este era ENORME. E pulava pra todo lado.
Quando Altair percebe a semelhança, logo começa a "domar" os sentidos. Não entendia a ligação com o navio. Mas percebe que TODO ele era seu corpo. E "Domá-lo" levaria tempo.

Por um momento Altair fica assustado com aquela briga, mas quando assimila com domar um animal lembra de sua infância nos campos de Dambrath com seu pai, domando os mais fortes garanhões que já viu por todas terras que já passou. Essas memórias lhe acalmam um pouco. E ele tenta se lembrar como fazia.
Ao invés de lutar com o imp tenta contrabalancear seus movimentos, da mesma forma que aprendeu com seu pai faz seu movimento ser harmonicamente oposto ao do garanhão, da mesma forma que aprendeu com Lilandra põe se a dançar com Imp.

O "garanhão" em questão era maior que um cavalo... MUITO maior.
Mas as sensações param de lutar dentro de você. E quando percebe, com apenas um timão, estava domando a fera. Um monstro semi-consciente de várias toneladas agora respondia aos mesmos pensamentos de um gesto.

A facilidade de um impulso. Remos brotam das aberturas que antes julgava inúteis.

Quando Altair mal percebe, o barco inteiro dá uma guinada, como um salto volteado de um baio imponente...



E toda a embarcação começava a ganhar os ares.

Já não ouvia mais o som da água no casco, nem sentia o trepidar da embarcação pelas ondas.

Mas o timão, este torna-se rígido.
TODO o peso do navio num só lugar.

Altair segue controlando imp agora mais confiante, testa um pouco mais os limites e capacidade daquele monstro nos céus, e começa a cantarolar uma musica conhecida dos mares com certas adaptações de improviso:

Altair "arejava" por um bom tempo, tãao alto que era como se as nuvens fossem o mar, e o Sol, o horizonte distante. E pelos buracos nas brumas podia ver paisagens desconhecidas.

Em contato com a "consciência" do navio, Altair perde totalmente a noção do tempo, até que a sensação termina, e Altair cai, exausto.

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Acorda em seu quarto, o céu pela janela tinha tantas estrelas e a maioria lhe era desconhecida.

Vento forte agitava as velas e balançava as cordas por todo convés.

Sua janela dava para o pátio, de frente para o mastro principal. Tudo estava calmo, e a julgar pela velocidade do vento, a navegação também ia tranquila.

Levanta devagar olhando em volta, teria sido um sonho ou ele realmente pilotou aquela maravilha? Fica sentado na cama extasiado com sua memória, o link mental com aquele gigante dos ares, a coroa...
A coroa... é então que sua paranoia bate, teria o spelljammer entrado em suas mais secretas memórias? Teria sido um engodo e ele caiu como patinho? Prefere acreditar por ora que não, Azimir parece ter dado um voto de confiança, então faremos o mesmo por enquanto.

Altair sai de sua cabine para apreciar as estrelas, e tentar encontrar as que ele conhece para tentar se localizar.

A visão de "velejar" sobre as nuvens era indescritível.
[Vou deixar pra você se divertir tentando imaginar como Altair se sentiria.]

Ao longe, MUITO ao longe, a noite era marcada por uma terrível e assustadora tempestade, do tipo que faria qualquer marinheiro dar meia-volta no navio.
Mas a calma das nuvens levava o Flying Imp para longe, contornando-a com precisão.

Altair calculava estar passando sob a linha de Anauroch, o que colocava a tempestade bem no meio do deserto.

Se sentia como uma criança que vai pela primeira vez sozinha ao bosque, era tudo tão novo, encantador e assustador ao mesmo tempo. Se sente um marinheiro novato, muitos de seus conhecimentos de navegação são inúteis, como por exemplo a tábua de marés, ou defasadas precisando de um refino, como por exemplo sua carta celeste que não era precisa continente adentro.

Passeia pelo convés apreciando aquela belezinha, dá uma ajuda aqui e ali aos marinheiros que encontra pelo caminho, ora ou outra se debruça no parapeito tentando visualizar o solo. Tenta aproveitar ao máximo sua viagem sem nunca esquecer que é um tripulante da embarcação e não um passageiro.

Carisma +3:

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'd20' : 15

Tendo se dado bem com o capitão, e impressionado a tripulação, até os gyths ficam impressionados.
Mas Altair reagia mais rápido do que conseguia sequer perceber. Sua habilidade estava em sua individualidade, pois ao interagir, era muito ágil, e acabava mais atrapalhando e se intrometendo.
O resultado: acabou com uma sessão inteira de cordas e polias sob seu controle, nas alturas do segundo-mastro. No ar, poucos se arriscavam nos mastros. E Billey, um jovem acrobata de excelente visão cuidava do mastro principal. E se algo fugisse ao controle, um ou outro gyth dava suporte com sua telecinese.
Até Altair experimentou brevemente a sensação de voar quando, ao se debruçar para olhar para baixo, foi puxado por uma rajada de vento, quase caindo do navio.

Mas a melhor experiência ficou pro final, quando o capitão o chamou para conversar em seu gabinete.
Queria saber por que um marujo tão experiente não tinha seu próprio barco.
E segundo, o que achou de conduzir o "Imp"?

A melhor resposta possível.
Altair passa os dias a seguir trabalhando, observando e mapeando. Juntando velhos mapas já lidos, astronavegação e a simples observação quando das poucas vezes que o Imp mergulhou abaixo das nuvens, conseguia ter uma boa idéia de onde estava.
Uma vez o capitão até lhe mostrou o segredo do spelljammer, a "coroa", item reverenciado pelo capitão e seu imediato, que a colocou em sua cabeça sem que visse da outra vez, e se surpreenderam com seu êxito.
Desta vez seria diferente. Você iria pilotar INTEGRALMENTE o Imp, até onde conseguisse.

Teste de inteligência, sem proficiência.
Quanto maior, mais longe e mais tranquila a viagem.
Vou impor um complicador.
Role 1d8 junto e subtraia.

Int+2
Resultado: 12

O membro 'Magalercio' realizou a seguinte ação: /roll

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#1 'd20' : 18

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#2 'd8' : 8