Ermo II - Finn

Depois de um longo debate com Heise, Finn e Jizz, cada um montando seu próprio grifo, enfim conseguem partir na direção indicada pelo elfo da lua, que parecia bem receoso de deixá-los sozinhos em terras hostis.
Por toda parte, ainda podia-se sentir a forte emanação da alta-magia. Ainda assim, ela desvanecia, cada vez mais fraca.

Conforme se afastavam dali, rapidamente a aura desaparecia, até não ser mais sentida. E o mais estranho era ver, de longe, a mata crescendo ao redor da destruição causada, até que qualquer indício de conflito tivesse desaparecido. Você duvidava se um dia conseguiria encontrar este lugar, senão com fortes poderes de adivinhação. Era a magia protegendo a si mesma, e restabelecendo a vida ao lugar devastado.

Algumas milhas ao sul, e Jizz sinaliza que pousassem. Apesar de voadores, grifos não voavam por longas distâncias sem forte necessidade.
Depois de pousar, e reorganizar suas posses, vocês continuam o caminho pela estrada, usando os passos terrestres dos animais.
Enquanto sua montaria possuía uma sela, e você, pouca habilidade com um animal com asas, Jizz parecia dominar completamente os movimentos da montaria, cobrindo-a com nada além de uma manta e um alforje contrabalançado pela própria mochila, carregando provisões.

Por fim, ele quebra o silêncio, perguntando:
- Então, Herú, quais os planos nas Terras Centrais? Nunca havia cruzado as bordas do deserto antes. Mas o senhos parece ser bastante viajado.

- No momento não tenho planos para as Terras Centrais, pois precisamos saber o que está ocorrendo de fato e assim poderemos buscar soluções que auxiliem nesta longa batalha que esta por vir. Agora eu gostaria de chegar no Plano Astral e tentar encontrar alguns amigos perdidos ao qual serão um reforço na nossa luta.

Após uma breve pausa continuo: - Realmente já viajei muito e conheci lugares extremamente perigos. Venho de Evermeet e vivi alguns anos em Waterdeep onde me estabeleci e conheci muitos amigos... "Espero que ainda estejam vivos"... Fui preso por uma casa drow, lutei em sua arena, escapei e lutei contra um balor que queria possuir meu corpo e por sorte consegui escapar, já me transformei em lobisomem, conheci uma vila élfica na Floresta de Ardeep, já parei nas florestas de Cormanthor, encontri uma Nau Capitã onde meus tripulantes e amigos se encontra, mas para conseguir ajuda-los preciso ir ao Plano Astral e essa será uma grande e dificil missão.

Finn olha com certa estranheza para Jizz e diz: - Nós não íamos nos encontrar com o velho para irmos ao Plano Astral? Estava contando com isso para usarmos nossos amigos grifos e viajarmos pelo plano Astral após eu tentar usar algumas magias.

- Sim, vamos todos nos encontrar no mesmo lugar. Ele inclusive. mas lembre-se que ele disse que levar animais ao Plano Astral é muito perigoso. Mas lá poderá tirar suas dúvidas.

A esta altura, já entardecia, e ao longe podiam avistar as luzes de um vilarejo.

- Entendo! Nós iremos descansar aqui ou seguiremos viagem?

Aguardo a resposta e caso iremos ficar, observo cuidadosamente o ambiente para procurar um local seguro para descansarmos e para que possamos liberar nossos grifos.

Jynx ri, dizendo:
- Heru, você está no comando. De outra forma eu jamais teria parado. Nunca viajei tão longe sem meu irmão antes.

Encabulado, o jovem elfo ruivo diz:
- Quem me dera saber tudo. Meus pais dizem que desde cedo sempre atraí todo tipo de fera por onde passávamos. Meu irmão monta uma águia gigante, e eu sempre quis voar. Mas ele nunca me deixou. Então um dia roubei um dos hipogrifos de papai e tentei montá-lo. Só que ele era mais arisco do que parecia, e saiu a galope pra longe dali. Acabei atraindo um grupo de ajuda que veio me resgatar da minha própria arte, quando foram cercados por goblinóides. Papai só não morreu porque o hipogrifo me deixou montá-lo para voltar pra junto deles. Os adultos lutaram o bastante para que conseguíssemos escapar. Mas meu irmão até hoje me culpa por isso. Ele perdeu um grande amigo. E desde então, minha afinidade só tem aumentado. Mas algumas vezes nem eu mesmo sei o que estou fazendo. É puro instinto. Heize estava bravo porque este grifo havia escapado de seu mercador e vindo pra junto de mim. Tentamos devolvê-lo, mas o grifo não desgruda. Ele fugiu outras duas vezes pra vir atrás de mim e desta última o homem fez meu irmão pagar por ele, já que "eu o havia estragado".

Enquanto conduziam as montarias, avistam enfim um largo na estrada. Um ponto propício para acampar.
No entanto, Finn nota rastros frequentes na estrada. Parecia ser muito frequentada.

O garoto dá uma longa espreguiçada no lombo do grifo e diz:
- Não podemos descansar ao mesmo tempo? Estou com sono e com fome, e temos grifos pra nos proteger.

A noite transcorre sem maiores problemas.
Os grifos se alternavam entre sono e vigília, um deles agarrando e destroçando o que parecia ser um gambá, engolindo-o com pouco mais de uma bocada.

Jynx dorme como uma pedra, acordando apenas perto do amanhecer.
Finn acaba por descansar em meio à madrugada e à calma da planície. Não via problemas ou ameaças. E acaba sendo bem recebido pelo raiar do novo dia.

Ao longe, a noite mergulhava no horizonte como uma densa névoa escura, dando lugar ao céu claro de um dia que prometia calor.

Aproveito parte da noite para estudar minhas magias e estudar o mapa e verificar o caminho até o ponto de encontro com o outro grupo. Ao amanhecer procuro por frutas, ervas e água para preparar um desejum.

- Jynx vamos comer algo e seguir viagem.

A dupla faz um rápido desjejum regado a ração de viagem, a pouca que ainda tinham, guardando os alimentos para uma hora mais oportuna.
Por fim, estavam de volta à estrada. Jynx recmendou seguir por terra para não cansar os animais, já que não tinham clareza do caminho a seguir, exceto pelas direções deixaras por Heize. A estrada seria longa e por terras inóspitas, e voar seria abusar da sorte.

Mais um dia de viagem terminava quando avistavam ao longe uma grande caravana. O que chamava a atenção era uma enorme carroça pavilhão com símbolos hospitalares gravados em sua lona.
Era como se transportassem doentes.
Os grifos ficam inquietos à aproximação.
Algo parecia errado.

- Jynx, sobrevoe a área e tome um muito cuidado, pois sinto que há algo errado nessa caravana.

Finn segura firme a rédea de seu grifo e espera pela aproximação da caravana. Observando atentamente cada detalhe possível.

- Não dá pra voar agora. Ele ainda está cansado, voamos por muito tempo. Vou voar muito baixo e só vou ficar vulnerável. Não é melhor ser honestos e nos aproximar de armas guardadas?

- Consegue pedir para os grifos ficarem aqui enquanto nos aproximamos, pois podemos causar muito alvoroço se formos com eles.

Aguardo Jynx dar o comando para os grifos e começamos a seguir até a caravana para averiguar e observar o que estava ocorrendo ali.

Jinx faz cara de confuso quando pede que "fale" com os grifos.
Antes que dessem qualquer passo, uma sombra cobre a claridade ao verem um grande pássaro passar por cima de vocês, que só estavam ocultos por algumas poucas árvores.
de seu esconderijo, podem vê-lo pousar em céu aberto, e dele desmontar um elfo de traços incomuns, pele clara e cabelos alaranjados, o corpo coberto por pinturas.
Segurando uma lança, ele caminha em direção ao estranho acampamento.

- Vamos até o acampamento e ver se eles precisam de alguma ajuda e ver para onde estão seguindo.

Finn segue ao lado de seu grifo caminhando até o acampamento.

Quando se aproximava do acampamento, várias flechar atingem o chão, enfileiradas à sua frente. Tiros de advertência que vinham das árvores. mesmo sem vê-los, sabia que estavam lá.
O elfo volta a atenção na sua direção, grita algo numa língua estranha e se aproxima, dizendo num tom imperativo:
- Não há elfos nestas terras já anos. Diz de onde vem, ou mando meus arqueiros acabarem com você.

O tom de voz era ao mesmo tempo desconfiado e surpreso.
Os humanos do acampamento se escontem nas tendas, alguns poucos saem segurando armas simples, bastões e azagaias, apenas dois portando cimitarras.

O elfo era estranho, e seu caminhar em sua direção era afetado.
Os grifos se agitam, dando trabalho para Jinx controlá-los na retaguarda.
Ele diz em tom sério:
- Sei onde piso... IRMÃO. Mas não vejo paz em seus olhos, apenas cicatrizes e armas. Diga o que quer e siga seu caminho.