Guerra acima - Kotah

Os Picos do trovão sempre foram conhecidos pela relativa tranquilidade que imperava entre seus poucos povoados. Muitas vilas espalhadas por inúmeros platôs eram habitadas principalmente por humanos. Apesar de ser uma região erma, por muitos chamada de "Teto do Reino", sabiam que há alguns anos cada vez menos elfos eram encontrados nas estradas, e suas famosas vilas, muito frequentada por bardos e viajantes em busca de santuário, pareciam desaparecer completamente, como se as montanhas escondessem seus caminhos do mundo exterior.
Apesar de ser novo naquela região, Kotah já conhecia um pouco das estradas, e desde que se mudou para o mosteiro perdido nos picos mais baixos já tinha os elfos como lendas. Os humanos eram conhecidos pela "memória curta", e não se estranhava que já não lembrassem da raça que no passado os acolheu e protegeu, principalmente quando a guerra tomou conta de Cormyr e sua vizinhança, tornando as montanhas extremamente perigosas de se viajar para grupos pequenos ou pouco guarnecidos.
Você mesmo teve sua cota de problemas quando, em uma de suas viagens às vilas mais baixas em busca de comida e provisões, encontrou-a em ruínas, saqueada por goblinóides, e seus combatentes e crianças, assassinados.
Sua primeira grande incursão para longe da segurança dos altos muros do mosteiro foi em busca dos saqueadores, e encontrá-los não foi difícil. estavam por toda parte nas montanhas.
O responsável pelo grupo que acompanhava, um monge bem mais graduado, logo percebeu que os inimigos se moviam por meio de portais, o que era incomum para a raça, pouco dada à feitiçaria.
Naquela mesma noite, enquanto acampavam no que havia restado do vilarejo, seu grupo foi surpreendido por um grande número de goblinóides saindo das ruínas.
Foi seu primeiro combate de vida-ou-morte. Mas Jeran, o líder do seu grupo, estava preocupado. Os inimigos não terminavam.

Então você conseguiu se esgueirar para longe da luta e descobriu o motivo. Havia um pequeno portal entre o que restava de duas casas altas, e por ali eles surgiam.
Espreitando entre os inimigos que, bizarramente, surgiam sabendo seu caminho e onde estava a luta, você chega sem dificuldades ao portal, e sem muito trabalho consegue mexer em várias pedras, encerrando o feitiço. Foi quando AQUILO agarrou seu ombro e arremessou-o com tanta força contra o resto de uma parede de pedra que você a atravessou, indo parar no meio da extinta vila, agora cercado de goblins furiosos que tiveram seu plano arruinado.
Com a selvageria habitual da raça, eles avançaram contra você, que só não foi linchado porque conseguiu se espremer entre pernas e sovacos, e se afastar até chegar ao seu grupo, agora bem reduzido em números. 2 monges mais velhos, incluindo Jeran, estavam muito feridos, e depois de encontrarem você, conseguem se afastar da vila enquanto os goblinóides a tomavam por completo.

Vocês acamparam numa colina não muito distante, e viram, impressionados, quando trolls começaram a surgir das cavernas, carregando grandes pedras, e em menos de um dia, uma vila em ruínas tornou-se um forte completamente provisionado.
Os trolls haviam partido, você os seguiu até suas cavernas mas não se atreveu a entrar. No mesmo tempo, dois outros acólitos tentaram voltar para o mosteiro para informar os acontecimentos e pedir ajuda. Mas foram emboscados por ogros, e assassinados.
Seu grupo agora estava dividido entre aqueles acampados no topo da colina, cujas trilhas ao redor eram vigiadas por patrulhas numerosas de goblinóides usando um item incomum, uma flâmula vermelha presa à cintura.
De onde você estava, conseguia ver o seu grupo, mas não tinha como voltar até eles, pois se fosse visto levaria os inimigos direto até os feridos, e seria o fim.

Então, lutas começaram por toda parte. Você já havia visto contos sobre os povos do Norte e suas técnicas altamente eficazes de combate, mesclando o militarismo incomparável dos anões às lutas furiosas dos bárbaros selvagens das montanhas. mas ver grupos inteiros deles surgindo das mesmas cavernas onde os trolls haviam sumido foi assustador no começo, e depois tornou-se animador, pois a cada dia as patrulhas diminuíam enquanto os vikings saídos das lendas vinham de toda parte. E as patrulhas goblinóides minguavam.
Aproveitando uma dessas brechas, você conseguiu cruzar a ravina e voltar pra perto dos outros monges, mas acabou levando os guerreiros em seu rastro, confundindo-o com um goblin espião.

A ajuda veio, providencial, pois entre os combatentes haviam sacerdotes, e não demoraram a recuperar completamente os feridos e colocá-los em condições de combate.
Mas então as coisas pioraram.

Os goblins surgiam do meio do nada, como se pulassem de trás da grama que cobria o chão árido e rochoso das montanhas. Mas a ferocidade viking era lendária, e vocês viram, impressionados, um grupo de 12 guerreiros nórdicos derrotar sem nenhuma dificuldade mais de 100 goblinóides.
Foi quando AQUILO apareceu novamente.

No início era apenas mais um goblin entre tantos. mas então seu olhar astuto percebeu que por onde ele passava, grandes colunas de fogo se erguiam altas. E demorou até você perceber que o combustível não era outro senão os monges de seu grupo.
Assustado, você torna a se afastar do grupo para reconhecer a área, tendo passado num intervalo de algumas centenas de metros durante sua corrida pelo mesmo goblin de olhos negros, que corria por toda parte com uma velocidade assustadora.
"Não podia ser deste mundo", você pensou. Então você alcançou as rochas bem a tempo de ver o último monge arder em chamas. O último de seu grupo agonizava enquanto os números adversários se multiplicavam, levando a morte e ruína aos lendários guerreiros.

Tomado pelo medo, tudo que conseguiu fazer foi se esconder, pois não sabia pra onde correr. etava cansado e assustado.
Então uma voz medonha, animalesca, ao mesmo tempo que era fria, chega até você:
- É bom que veja, coisinha. Você não é destas terras, e só está respirando por esta razão. Não tenho interesse e nem prazer em sua morte. Portanto parte e leve a história com você. O Reino caiu. O REI-DRAGÃO morreu. E NÓS prevalecemos.


Num ato de ousadia, você tentou olhar ao redor em busca de quem falasse, apenas para ver AQUILO sobre uma pedra, aquele goblin medonho de olhos negros. mas quando ele abriu a boca novamente, dentes afiados marcavam seu sorriso monstruoso, e uma densa escuridão em forma de fumaça começou a sair como se fosse o seu hálito, primeiro tomando toda a pedra, depois a ravina, e por fim toda a colina onde a luta acontecia.
O cheiro era terrível e nauseante, e mesmo conseguindo correr, o enjôo o acompanhou, e acabou desmaiando.

Você só acordou com a luz do sol na cara. Não sabia quanto tempo havia se passado. Ao tentar voltar para junto dos seus, não encontra nada nem ninguém, nem marcas de luta e nem mesmo sangue.
Não havia NADA ali que dissesse que um dia alguém havia lutado.

Confuso, sozinho, assustado, preocupado. Era como estava.
Você correu, correu e correu o mais que pode, mais do que suas pequenas pernas suportavam, e só parou quando avistou os portões do mosteiro.
Estavam abertos.

Naquele momento, seu coração quase parou. O frio na espinha deu a volta e percorreu todo seu corpo.
Você entrou sem ser visto, porque não havia ninguém para vê-lo.
Passou pelos salões de contemplação, onde ninguém contemplava.
Cruzou os grandes refeitórios, os alimentos deixados nos pratos como se a qualquer momento alguém viesse comê-los. Mas ninguém aparecia.

Cada dormitório ou clausura estava completamente vazia.
Então, mesmo que lhe fosse proibido, você correu até a ala mais alta do enorme mosteiro, o quarto do Ábade onde só os monges mais graduados tinham acesso. E passar por tantos corredores e salões desertos o faziam mergulhar no mais puro desespero.
Enfim, a porta do quarto, você se atira contra ela com tanta violência que a folha sede mesmo ao seu pequeno peso revelando um pequeno quarto, em nada diferente dos outros, completamente ordinário.
Completamente VAZIO.

O silêncio do mosteiro pesava tanto que parecia querer sufocá-lo com mão invisíveis. Seus ouvidos zuniam, e tomado pelo desespero, você passa metade do seu corpo para fora da janela, então avista AQUILO novamente.
O goblin de olhos negros estava parado bem no centro do pátio interno do mosteiro.
Ele abre a bocarra, desta vez tão descomunal que não era apenas uma fumaça em forma de hálito que escapou de seus lábios, mas enormes tentáculos irrompiam em todas as direções.

E o cheiro...
Sua visão turva, seus joelhos amolecem, e os sentidos o abandonam.

=================================================

Você sente o corpo chacoalhando, estava sobre algo duro. Ao redor, podia ouvir vozes conversando, algumas animadas, outras nem tanto.
Eram homens das montanhas, podia reconhecer pelo sotaque. E falavam de você. De como "há tempos não encontravam um "pequenino" por estas montanhas, ainda mais em tempos tão sombrios.
Sombrios soou aos seus ouvidos como um alerta, e você atirou metade do corpo pra fora do que parecia ser uma carroça, vomitando até suas encarnações passadas.
Até ter certeza de que aquele cheiro nefasto havia saído de você.
Então, percebe-se encarado por um velho que conduzia uma grande carroça de provisões, e dois homens a cavalo ladeavam a carroça:





O mais pesado dos dois faz uma careta ao vê-lo vomitando, e por fim fala:
- Por Deus, rapaz, está tudo bem? Faz três dias que não faz outra coisa.

*Antes de responde-lo, de dentro da carroça, meio desnorteado, o pequeno monge sopra aliviado por não enxergar nada perto de todo pesadelo que tinha vivido antes de ter apagado. Kotah olha ao redor o mais longe que consegue depois de sentir o conforto da companhia de homens fortemente armados e diz:*

-Estou faminto, aflito e confuso... Obrigado... me chamam de Kotah. Por acaso são homens da montanha? Para onde estamos indo?

O primeiro homem, vestindo armadura mais leve, diz:
- Fique calmo, rapaz. Está numa carroça de provisões coma à vontade. Não sei o que aconteceu lá em cima, mas teve sorte. A propósito, eu sou Jace, e este é Irwin (referindo-se ao outro homem pesadamente armado). Estamos voltando a um acampamento militar onde ficará seguro.

*O monge sem demora se delicia apenas com o suficiente. Ao mesmo tempo que mastiga, ele se lembra das terríveis imagens que o perseguem de alguns dias atrás e a voz horrenda que vinha detrás da fumaça mal cheirosa. Ele consente para jace e ao engolir diz:*

-É... nem tanto... Fizeram com que eu ficasse vivo para contar a terrível história de holocausto daqueles seres goblinoides sobre muitas vilas pelo Teto do Reino, e ainda presenciei a escuridão, o vazio tomando conta de onde eu habitei por cinquenta anos ao lado de meus irmãos naquele mosteiro.

*Kotah ao mencionar sobre monastério, agora fecha a cara, como que quem o visse, percebia facilmente que a vingança o seria de bom grado

-EU VI COM OS MEUS PRÓPRIOS OLHOS!... não consigo lembrar de nenhum outro sobrevivente além de mim, e agora carrego todo esse fardo comigo. Novamente eu agradeço por me socorrerem, mas estou realmente abalado. Há algum rumor que saibam sobre esse acontecido que vos acabo de lhes dizer? Afinal, onde fica essa base militar?

Os dois se entreolham, e então Jace fala:
- Sei que deve ter visto coisas duras por aqui. Acredite, vimos enfrentando coisas terríveis. Mas tenho certeza de que o General Amarkill poderá ajudá-lo a descobrir o que aconteceu...

O outro, Irwin, interrompe:
- Melhor deixá-lo descansar, Jace. Dá pra ver que ele não está pronto pra falar, ou pra lembrar, agora. Ele não é como nós, que fomos moldados na guerra.

Irwin olha pra você, o olhar experiente, e diz:
- Quem perde a família fica marcado, e não é uma marca bonita e nem fácil de se apagar. Tenha calma... Kotah, não é? Descanse e coma. Vai te fazer bem.

O velho carroceiro só fazia resmungar todo o caminho.

*Um ar de conforto, sentiu Kotah, ao ver a compreensão de suas companhias ali. Ele come, bebe, e assim que se farta, procura na carroça um breve espaço para cruzar as pernas, fechar os olhos e concentrar-se em controlar sua mente até que alguém ou algo o interrompa pelo caminho.*

-Irei colocar minha cabeça no lugar, mas não hesitem em se direcionarem à mim.

Deixando-o com seu momento, os guardas passam a ladear o carroção, Jace toma a dianteira e Irwin segue na retaguarda.
O pequeno lutava contra os pensamentos em sua cabecinha, tentando colocar as lembranças em ordem. Mas a simples recordação do goblin, e a sinistra névoa que saía de sua boca consumindo tudo, até as lembranças, o trazia de volta toda vez, temeroso por mergulhar num mar de pesadelos do qual não conseguisse retornar.
Por fim, o carroção para bruscamente no começo de uma descida, e ao abrir os olhos você vê Irwin indo se juntar a Jace na dianteira. os dois pareciam confabular.

"- O que acha?
- Não sei. O general mandou manter distância desses chamas-vermelhas. são fortes e perigosos, e sabemos bem do que eles são capazes.
- Mas parece uma turba pequena. Não temos como contornar ou perderíamos muito tempo pra, mesmo assim, acabar sendo vistos. E de qualquer forma chamaríamos sua atenção, correndo o risco de ficar não mais com uma frente inimiga, mas duas patrulhas.
- Diabos!! Você está certo. se pelo menos tivéssemos mais guardas. mas somos só nós dois. Não esperava confusão por esta trilha.
- Devem ter evitado os soldados de Breth. eles também estão ocupados com os ogros no Norte.
- Pois vem, avise o carroceiro pra recuar e se preparar. Vamos ter que investir de uma vez. quem sabe se fizermos um bom estardalhaço, eles também pensem que somos em maior número e fujam sem nos dar combate.

A conversa seguia..."

*O monge abre os olhos, olha fixamente para frente e sente a adrenalina da situação, se levanta e salta da carroça indo em seguida na direção de Jace e Irwin*

-Senhores,licença, irei com vocês! Sou pequeno, mas tenho um bom poder de combate... e é mais "meio humano" para espantar seja lá o que for esses seres... têm ideia melhor?

Os dois se olham e depois pra você, e Jace diz:
- Certo, rapaz. Olhe à frente...

Seguindo para o começo da descida, Kotah avista bem mais abaixo na colina um pequeno agrupamento goblinóide. Goblins em sua maioria, liderados por alguns hobgoblins, altos e de porte distinto.
A turba parecia estranhamente organizada, nada da habitual algazarra desta raça.
Kotah reconhece nos hobgoblins a mesma flâmula vermelha daqueles que haviam atacado seu grupo. O sangue ferve por um momento, quando Jace o chama de volta à realidade:
- Nossa intenção é afugentá-los. Descer com tudo sem dar tempo para que se armem, e fazê-los pensar que somos mais do que realmente somos. Assim não daremos tempo para os arqueiros deles nos parar na descida, e afugentaremos os mais medrosos.

Irwin já ia desmontando do cavalo.

*Aquela coçada na cabeça por não achar a ideia dos batedores muito boa, ele respira bem fundo tentando acumular o máximo de coragem que consegue... Kotah cochicha com os dois:*

-Temos que ficar atentos caso tenha indício de algum portal de onde essas bestas podem estar saindo, de qualquer modo, só há um jeito de descobrir... E cuidado! Aqueles maiores gostam de atear fogo em seus inimigos.

*Agora Kotah encontra-se preparado para a iniciativa*

Os dois se olham, depois olham ao redor, e Irwin é quem fala:
- Acha que pode haver um portal por perto? Nós sabemos que eles andam acompanhados de demônios.

Jace interrompe, dizendo:
- Espera um pouco, baixinho, COMO sabe de tudo isso?

-Quando vos digo que presenciei esses mesmos seres dizimando vários homens, e quando digo homens, são homens fortes e bem armados tanto quanto vocês... eram muitos e parecia que para cada morte desses seres, apreciam mais dois, três. Tudo isso porque eles saiam de um certo portal. Devemos cuidar desse quesito antes de por a ideia de vocês em prática.

*O pequeno monge assim que se cala, acaba despertando o interesse e a curiosidade de descobrir algum indício do tal portal mencionado por ele. Tenta alcançar com sua visão de onde talvez poderia haver um desses e pergunta:*

-Será que consigo passar despercebido para fazer um reconhecimento, antes que caímos numa enrascada? O que acham?

Rola pra mim um teste de Percepção (perícia ou sabedoria).

Sabedoria 20 - mod=5

O membro 'kotah underwood' realizou a seguinte ação: /roll

---

'd20' : 8

Monges são treinados para andar furtivamente e sem chamar atenção.
Logo, Kotah percebe que o grupo tinha um padrão de espera, não de guarda. Poderia estar esperando um segundo grupo ou apenas se preparando para seguir viagem.
Se for a primeira opção, estavam seguros se esperassem eles se mover. Mas se for a primeira possibilidade, e outro grupo vier, podem ter muitos problemas.
Tinham de decidir rápido.

Seja como for, você vê várias falhas na segurança do grupo goblinóide, se souber explorar a pouca inteligência destes. Mas os guardas de flâmula vermelha são um caso à parte, pois já os vira em ação, bastante treinados e astutos para a raça.

*Analisando o ambiente, os padrões, Kotah decide rapidamente correr atrás de onde talvez sairiam mais do grupo da flamula vermelha. Furtivamente, sem demora, ele vai atrás de algum portal.

-Fiquem aqui. Vou dar uma olhada e ver se consigo impedir a chegada de mais desses monstros nojentos. No caso de emergência, vcs ouvirão um grito, um assobio.

Antes mesmo que terminasse a frase, o pequeno vê ao longe uma cena incomum:
Da mata, a algumas milhas, sai voando um grande pássaro cujo corpo brilhava numa espécie de fogo azulado.

O brilho cintilante por um instante parecia enfeitiçá-lo, e tudo que conseguia fazer era acompanhar o vôo da magnífica criatura com os olhos.
Mas antes mesmo que a criatura sumisse da vista na claridade daquela tarde, ouvem um som aterrador. Ele começou com um chiado baixo, tornando-se um "Pio" distante. Então, num crescendo repentino, torna-se um grito medonho. Primeiro, como o grito de uma criança, depois de uma mulher, e por fim era como algo indescritível, saindo de um pesadelo.
O som desaparece na mesma hora em que a criatura some no ar, deixando apenas um rastro de luz azulada.
sem saber ao certo o que havia acontecido, e ainda atordoados pelo som, Irwin é quem os chama à razão, apontando uma estranha mobilização no grupo goblinóide colina a baixo.
O guerreiro diz: "Estão se dividindo. Parecem estar discutindo, mas não consigo ouvir. Depois deste som horrível, acho que não ouvirei nada por algum tempo."

Então percebem que, pelo atordoamento, estavam falando um pouco mais alto do que a segurança indicava, tentando ouvir uns aos outros.
Kotah percebe que alguns hobgoblins com a misteriosa flâmula vermelha entram na mata, deixando outros dois para trás, contendo o que parecia ser uma rebelião no misterioso grupo.

Os cavalos ficam agitados, e Jace se afasta para ajudar o carroceiro a contê-los.
Irwin mantem a posição de observação.
Se alguém fosse fazer algo, esta era a hora.

*O pequeno retoma seu pequeno plano individual de uma investigação rápida, agora que obteve uma certa ajuda daquela misteriosa ave que havia deixado não só ele, mas todos ali intrigados. Ele faz um sinal de espera para Irwin e agora se espreita através da descida fazendo o máximo para não ser percebido a procura do que se mais parecia com aquele portal que uma vez ja viu.*

Kotah começava a se embrenhar na mata, afastando-se dos aliados sem dificuldades e evitando ser visto pelos inimigos abaixo.
Cada passo mata a dentro causava arrepios, era como a sensação de entrar num cemitério.

Bem mais à frente, podia ver os hobgoblins da flâmula vermelha indo a passos determinados, gritos do que parecia ser uma voz de comando.
Então de repente, eles param.

*Nesse momento, o Monge se abaixa, logo que levanta apenas a cabeça para espionar e tentar indentificar ali algo que se pareça com o portal que um dia ja viu*

Logo Kotah ouve um deles:
- Lá está a carroça. Mas onde estão todos?
Outro diz:
- Não estou gostando. Tá quieto demais. E o elfo sumiu.
- Deve ter fugido com o ouro e nós deixado esse trambolho. Vão lá investigar. Vejam se sobrou alguém.

Mais a frente, o pequeno avista um enorme carroção em cuja lona, em forma de tenda, estavam bordadas várias runas.

*Kotah se pegunta se já tinha visto essas runas antes... Ele marca sua posição mais um tempo para entender o que acontece ali, seguido da ideia de voltar e avisar Irwin*

Um dos hobgoblins grita:
- AQUI. CORPOS. ALGUÉM TENTOU QUEIMA-LOS.

Ao mesmo tempo, Kotah vê um estranho rastro.

*O pequenino com toda sua curiosidade segue o rastro se espreitando*