Diante de Gauntlgrym, um novo início - Todos!!

Barduk sente que foi arrancado de dentro de seu corpo e depois devolvido. O coração inflama pela proteção do drow, e até mesmo a presença incomum de Algoz tendo feito a diferença. sabia que cada um ali fez a sua parte, até o novato quando mergulhou nas fendas atrás dos cultistas.
Cada peça daquele enorme jogo de xadrez moveu-se da melhor maneira, permitindo a vitória final contra uma força que esteve diante de vocês o tempo inteiro, e ainda assim, invisível.

Drows de casas tão distintas pareciam ter se unido sob a ameaça do Caçador, para no final tudo não ter passado de uma intriga da qual fizeram parte.

Barduk tem um lampejo de lembrança, relatos esparsos que formavam agora uma imagem em sua mente. O cajado, roubado de um antigo santuário esquecido nas montanhas e encontrado por acaso pelos Irmãos Trapo, que na época só se preocupavam com dinheiro. Depois de muito procurar e se arriscar pelos reinos subterrâneos, finalmente encontraram um comprador para a peça. Um drow de origem duvidosa ofereceu a fortuna de um reino em troca dele.
Óin tinha pressa em livrar-se daquilo, pois sem conseguir controlar suas habilidades, estavam há dias ativando e desativando suas habilidades, transportando-se para lugares aleatórios do mundo, abrindo e fechando portais à revelia.
Ali nasceu a redenção de Barduk, quando sua desconfiança o fez questionar a escolha de vender o cajado. Mas mesmo assim, foram em frente. Afinal este era o plano.
Mas em segredo, nunca disseram ter concluído o negócio, dando acreditar que tinham escondido em algum lugar. Esta foi a primeira vez que um orc da Chama-Rubra apareceu em seu caminho, querendo o cajado a todo custo. Ele tentou barganhar, roubar e até ameaçar, sem sucesso. Quando em fim Óin disse que não o tinham mais, num acesso de fúria o poderoso xamã invoca as forças elementais, e diante de seus olhos toda a cidade onde moravam foi arrancada das montanhas, devastada. Centenas de vidas foram perdidas, e tudo que os sobreviventes viram foi a incerta conversa entre os Trapos e um poderoso inimigo, o que os colocou na condição de Párias, perseguidos como traidores.
Tendo causado a morte de suas próprias famílias, decidiram fugir, envergonhados. Queriam encontrar o tal Xamã, mas não tinham a mais vaga idéia de onde procurar. E para piorar uma maré de má sorte passou a segui-los, colocando-os no caminho de todos aqueles que já haviam trapaceado.

Foram expulsos da comunidade que os abrigava, o que restou de sua cidade. E não passava nem um dia sequer sem que se arrependessem de cada peça pregada, cada roubo, cada trapaça. Barduk rezava dia após dia, até conseguir juntar-se a uma elite multiracial que perseguia os mesmos xamãs da Chama-rubra, sabendo que eles teriam usado o poderoso cajado para trazer a este mundo uma força destruidora.
Porém, sem o cajado, encontraram uma outra forma, e Barduk estaria lá para impedi-los, e se vingar do assassino de sua família.
Ali, ao redor daquela cripta perdida em cormanthor, um portal se abriu trazendo uma presença psiônica absurdamente poderosa para este mundo.
Barduk e alguns outros foram tomados pela raiva e o atacaram, mas a presença tomou para si todas as ameaças àqueles que o convocaram, eliminando um a um.

Com a vida por um fio, Barduk se lembra de ter agonizado nos braços de Óin, que implorava por ajuda. Foi a figura enigmática de um jovem com uma aura poderosa, vestindo roupas incomuns e uma armadura feita de couro de dragão que se manifestou, fazendo-o escolher entre sua vida e o passado. e sem pensar, óin escolheu que vivesse, dizendo que ele carregaria o fardo das escolhas pelos dois, desde que você voltasse à vida e tivesse uma nova chance. seria o seu renascimento, enquanto ele assumia para si a penitência de buscar suas antigas vítimas e redimir-se pelo passado dos Irmãos Trapo.