A Recém-chegada - Talluryen Meliadil!!

Tiryon diz:
- Foi um pretenso rei que tentou destronar a realeza local. Chegou a dar um golpe e nomear sua própria família como regente real, e decretou outra cidade como sendo a capital. Como resultado, o Rei Azoun IV marchou contra ele e sitiou a falsa capital. Mas quando finalmente chegaram ao castelo, ele havia fugido por meios mágicos, levando seus homens de confiança e seus tesouros, deixando a cidade sem nada.

Ele dá um gole no vinho, e come um biscoito antes de continuar:
- O fundador desta vila era seu primo imediato, e por anos amargou a infâmia de Gondegal. Chegaram a ser exilados, e ele trocou a fortuna de sua família como favor para permanecer neste lugar ermo, ainda dentro da fronteiras de Cormyr. Como era uma terra miserável e sem futuro, ninguém se importou. Mas infelizmente quis o destino que ele ficasse bem no caminho da Guerra, e quando os goblinóides vieram, foi por aqui que passaram primeiro. Tanto que o nome desta taverna é "Passo do Dragão". Por causa do dragão que causou toda a guerra e a morte do Rei Azoun IV. É como se o destino se encarregasse de reclamar a punição para a família de usurpadores da coroa. Até hoje há uma vultosa recompensa por Gondegal ou um de seus generais. Mas nunca se encontrou qualquer resquício, nem de seus subordinados.

Durlan completa:
- Isto explica o descaso das autoridades. Pensam ser parte da punição pelo Golpe que deram. A população não tem culpa. Mas estão pouco se lixando.

- Se o Rei Azoun IV morreu, quem está no comando agora? Isso não é justo com o povo... Se ao menos houvesse uma forma de deixar o local seguro de verdade. Com o tempo as pessoas voltariam. Nenhuma terra é miserável, sabe.

Talluryen tinha muita fé na vida e no potencial das coisas. Lastimava a dor que aquele povo havia passado, e ainda pela corrupção entre os que deveriam protegê-los, seus líderes.

Tiryon diz:
- Regentes. A dura hierarquia humana. Líderes que governam à distância alheios ao sofrimento das pessoas.

Durlan diz, com seu jeito duro:
- Não viemos aqui cuidar das pessoas, mas investigar outro provável problema.

Tiryon: Sim! Finn Goldpetal. O que querem saber?

Durlan olha pra você.

Ela olha surpresa.

- Você já o viu? Estamos procurando por ele, sei que podem estar ao Norte. Também procuro saber o que o povo aqui fala sobre ele, ouvi muitos boatos.

Tiryon dá outro gole e morde outro biscoito, e diz:
- Boatos há vários. E Finn é o mais cheio deles. Sua zona de influência é a Costa da Espada. Waterdeep, onde ele tem uma escola de guerra e de magos. Mas veio pra cá fugindo da perseguição da Igreja de Bane. Mas para seu azar, estas terras têm se mostrado sob influência Zhentarin, e há banitas por toda parte. Ele está sendo caçado. Tem desafetos por todo lado, e seu ego gigante não o ajuda em nada.

Outro gole no vinho:
- Podem encontrá-lo facilmente perambulando em LakeHeaven. Ele colocou sabe-se COMO um enorme navio no meio do lago. pra mim, é só um charlatão,
do tipo poderoso. Este é o perigo.

- Por que acha que ele é um charlatão? Como ele tem atuado por aqui?


Charlatão ou não, Goldpetal era no mínimo excêntrico.

Tiryon ri, e diz:
- Ele é espalhafatoso. Primeiro chegou tímido, mas por sua força, muito maior que a do grupo que agia aqui, conseguiu resolver uma série de problemas e perigos que acometiam a região. Mas então o ego lhe subiu à cabeça, e tornou-se egocêntrico. Praticamente implorava adoração de seus próprios companheiros de luta, e isto os dividiu. Sei que quase se mataram.

Ele mata o último copo de vinho, e diz:
- Preciso ir. Amanhã a patrulha será cedo. Entendam. Há gratidão pelo que ele fez aqui. Mas ele não é a coisa mais humilde que se viu. E claro, ter ameaçado os heróis locais não contou muito a seu favor. Se vieram colocar algum juízo em sua cabeça, serão muito bem-vindos.

- Entendo... Esse grupo que você mencionou, seriam os tais Andarilhos do Destino?

Ela pergunta, terminando seu copo de vinho. Esse tal Finn realmente tinha um comportamento atípico para um elfo de Evermeet.

- Bom, você deve descansar... - Ela fala começando a se levantar. - E eu também... Foi um prazer conhecê-lo, Tiryon. Apesar do que Durlan disse, estou aqui para ajudar se necessário. Ficarei uns dias, chame se precisar.

Talluryen sorri, um sorriso gentil porém cansado e preocupado, e então sobe para o seu quarto.

Talluryen passa o resto da noite insone. Já havia descansado o necessário. E o símbolo a intrigava. Fica ali, encarando a parede, até amanhecer.

Talluryen faz suas preces matinais em silêncio na cama. Assim que começa a ouvir movimento na taverna, desce para tomar um desjejum. Pede um chá e pão.

Ela está sem armadura, apenas um vestido branco simples e o símbolo sagrado no pescoço. Calmamente escreve algumas preces em seu livro enquanto toma seu chá, sozinha na mesa.

Assim que terminasse, voltaria ao quarto vestir a armadura para sair.

No salão, uma cena incomum. Um rapaz de no máximo seus 20 anos (pelo aspecto, parecia um mateiro) entra e vai ao bancão, puxando uma cadeira na ponta.

O taverneiro fica um pouco desconfortável, e a conversa que se segue...
Taverneiro: Bom dia, senhor garth.
- Preciso do habitual. Mais cedo, este mês.
T: Já estava preparado. Como está...
- Ela está bem. Cansada, apenas.

Um silêncio incômodo se estende por vários minutos até o taverneiro sair, sendo substituído no balcão pela filha. Ao contrário dele, ela conversa com o rapaz normalmente, sem a mesma tensão, como velhos conhecidos.

Talluryen observa discretamente. Entre um gole de chá e outro, escreve algo em seu livro.

Aguarda o desfecho da cena. Não era muito de intrometer-se nos negócios dos outros, a não ser que notasse uma ameaça.

Você fica observando a cena, Nardin e Durlan juntam-se a você.
Aos poucos a movimentação vai aumentando, até que de repente alguém dá um grito, e as pessoas correm da entrada da taverna.
Um lobo magro vem entrando, de pelagem castanha, vindo até o balcão e sentando ao lado do rapaz.

O olhar da taverneira muda, parecia assustada.
O rapaz fala na calma habitual:
- Desculpe por isso. Sabe que eles me seguem desde aquela noite.

Ele pega um pedaço do pão que ia comer e estende para trás, a loba vem cheirando, desconfiada. Então o pega e dispara correndo.

Fica ali um silêncio, até que numa mesa ao canto um grupo de homens começa a conversar, talvez um pouco exacerbados demais, talvez para provocar uma reação do rapaz.

- Agora veja só, aventureiros vindo importunar durante o dia. era só o que faltava.
- O que vem a seguir? Aquele drow fétido com seus assassinos?
- Dizem que ele se afogou no lago. deve ter visto o próprio reflexo e não aguentou o que viu.
- Hahahahahah
- hahahahaha
- hahahahahah

Talluryen não se surpreende tanto com o lobo, e o garoto não parecia má pessoa. Observava se ele reagiria as provocações.

Se sente incomodada com as falácias, mas ainda assim continua apenas observando. Caso haja qualquer menção de reação física...

As falácias prosseguem, o velho taverneiro retorna com 2 bolsas cheias de provisão.
Os brutos fazem um momento de silêncio antes de recomeçar.
O rapas coloca algumas moedas de outo no balcão e vira para sair. Mas quando cruzava o salão, faz uma curva proposital, parando diante da mesa dos encrenqueiros, que ficam em silêncio.
Haviam três deles, dois homens musculosos, lenhadores, a julgar pelas roupas, e um terceiro com roupas esportivas, tão gorducho quanto forte.
O rapaz encarava o terceiro, enquanto os outros dois riam e continuavam a provocar.
Era visível o desconforto no olhar do brutamontes ao centro, que tentava, sem sucesso, calar os outros dois.

(Off: a quantos metros.eles estão de mim?)

O salão é amplo mas as mesas ficam próximas. Menos de 6m.

Fingindo estar lendo o livro, Talluryen folheia algumas páginas, marcando as páginas onde estavam as preces para as magias Santuário e Imobilizar Pessoa. O primeiro que atacasse, ela entoaria uma das magias divinas, dependendo da situação.

Caso tudo se resolvesse sem problemas, ela estava apenas ali lendo seu livro e fazendo anotações.

O rapaz apruma a sacola de provisões nas costas e se abaixa, tocando uma das mãos na mesa.
Enquanto o trio gracejava, você não consegue ouvir ao certo o que o rapaz disse. Mas o silêncio que se fez na mesa era condizente com a expressão de medo no rosto do trio.

Ele se vira, deixando a taverna. Nenhum dos três falou mais nada, e esperou um bom tempo antes de sair em disparada. Talvez atrás dele, talvez para longe.

Durlan: Se ouvi direito, o nome dele é Garth. Será O Garth que Tiryon nos falou ontem a noite?

Nardin: Quem é Garth?

- Acredito que seja. Vou conversar com ele, também quero comprar algumas coisas no mercado.

Tão logo o rapaz saiu pela porta ela guardou seu livro na bolsa e levantou-se.

- Se quiserem ir comigo, senão eu volto até o almoço.

Ela sorri e começa a sair, meio rápido pois não queria perder o garoto de vista.

Durlan permanece sentado. Nardin, tomado pela curiosidade, decide segui-la.

Do lado de fora, algum movimento começava a se formar na rua principal da vila, e ambulantes em carroça estavam espalhados, vendendo desde comida (em estado duvidoso de conservação) até iguarias, com condimentos, escudos, tecido e tinha até um escriba.

- Ontem conversamos com um meio-elfo chamado Tiryon, que nos falou sobre algumas pessoas. Falou sobre Finn Goldpetal e os rumores que o cercam. Nada de muito novo. Também falou sobre o ataque de lobisomens que quase acabou com a vila. Esse tal Garth é um lobisomem aventureiro que ajudou a resolver o problema.

Ela vai explicando para Nardin enquanto procura pelo rapaz com os olhos, tentando achá-lo.

Pra onde ele foi?