Templo dos Enforcados - Barduk e Finn!!

(Não encontrei uma boa imagem para a cena a seguir, portanto usem sia imaginação.)

Cada passo no corredor dominado pela luz vermelha causava mal-estar, como se se aprofundassem nas entranhas do mundo. O ar se tornava pesado.
A visão não diferenciava cima ou embaixo. Era um portal diferente de tudo que já percorreram.

E finalmente, o ar muda, e a luz brilha ao redor.
Mas o lugar não era menos agourento.
Era como o pátio de um mosteiro, e estavam bem ao lado de uma estátua quebrada, recém atirada ao chão.

E por toda parte, em todas as direções, haviam pessoas enforcadas.
Homens... mulheres... crianças...
Todos corpos de pessoas mortos a dias (pelo menos).

Finn respira profundamente... Tinha que manter sua cabeça tranquila e seus pensamentos focados em obter o sucesso naquela missão praticamente impossível e trabalhar em total conjunto e união ao lado de Barduk. Finn puxa sua espada e com uma rápida passada de olhos em todo o ambiente. Procura um caminho para seguir e inimigos, pois se haviam conseguindo realmente entrar naquele lugar por um atalho, talvez pudessem ter a vantagem de não terem sido detectados.

*Barduk serra os punhos, mantinha neste momento sua mão direita livre e seu escudo a postos. Por conhecer as propriedades do item que carregava procura por qualquer sinal de algum morto vivo. Parar para prestar atenção nos horrores da guerra faz com que as entranhas do anão se revirem, sentia um mal-estar devido a maldade do lugar. Andando lentamente procura alguma semelhança nos corpos, algo que possa identificar a sua natureza, seu país, sua identidade. Rezava para não encontrar ali nenhum dos seus. Fala baixo para o elfo*

-consegue nos fazer passar despercebido?

Vocês andavam na altura dos joelhos, vendo tantos pés na altura dos olhos que num momento, começa a enervar.
Mas num momento, Barduk se arrepia ao ver nu7m canto, entre tantos outros corpos, More.
Estava, como outros, enforcado. O corpo coberto por queimaduras e feridas horrendas.

Quanto tempo teria se passado onde quer que estivessem?

-aqui elfo, me ajude.

*Barduk afasta os corpos pra poder chegar até o drow*
''caralho dos infernos, esteja vivo drow''

*primeiramente tenta soltar o corpo e livrar o pescoço para colocá-lo ao chão. Analisa os machucados e procura saber se ainda estava vivo buscando pelos batimentos cardíacos. Queria evitar o uso de magias divinas naquele antro de maldade, mas seria extremamente necessário*

Havia uma fraca linha entre a vida e a morte, e por um tempo Barduk tentava se convencer de que anda havia alguma vida ali.
O corpo do drow estava frio, sem qualquer sinal de vida. Nada do brilho no olhar de antes. Os olhos, a íris, completamente empalidecida.
era visível tantas marcas necróticas pelo corpo, tantas formas de morrer, que Barduk se perguntava se não estava se enganando.
Mas a marca maior no pescoço, o vergalhão final, era a assinatura de Nerull. Pelo que quer que o drow tenha passado, enfim havia acabado.

-ele está morto. Finn tome conta da área, não deixe que nada nos interrompa.
*com o corpo do drow deitado ao chão, Barduk pega seu odre com água benta e usa para limpar algumas feridas, guardando um pouco para que ele pudesse beber caso acordasse. O anão prende seu escudo às costas deixando agora às duas mãos livres pra que pudesse orar e fazer os gestos necessários para que seu feitiço funcionasse. Arranca os trapos em que se encontrava a camisa de Olori e deposita seu símbolo sagrado no peito do drow, logo abaixo, coloca o escudo outrora estudado pelo próprio Moradin, mantendo-se sentado de joelhos a seu lado inicia os cânticos e a reza em voz baixa. O corpo do anão irradiava uma leve aura azulada que era transferida de sua mão para o símbolo e deste para o drow*

-pai, todos sabíamos as dificuldades e o perigo que estávamos prestes a enfrentar. Nossa missão se tornou clara, mas nossas baixas foram inúmeras. Olori caminha pelo vale das sombras necessitando de seu auxílio para habitar novamente o seu corpo. Peço que me auxilie a trazê-lo de volta ao mundo dos vivos.
Cantando baixo: Para além das montanhas nebulosas, frias
Adentrando cavernas, calabouços cravados
Devemos partir antes de o sol surgir
Em busca do pálido ouro encantado
Operavam encantos anões de outrora
Ao som de martelo qual sino a soar
Na profundeza onde dorme a incerteza
Em antros vazios sob penhascos do mar

REVIVER OS MORTOS
5° nível de necromancia
Tempo de Conjuração: 1 hora
Você traz uma criatura morta que você tocar de volta a
vida, considerando que ela não esteja morta a mais de 10
dias. Se a alma da criatura estiver tanto disposta quando
livre para juntar-se ao corpo dela, a criatura volta a vida
com 1 ponto de vida.
Essa magia também neutraliza quaisquer venenos e
cura doenças não-mágicas que afetavam a criatura no
momento da morte. Essa magia, no entanto, não remove
doenças mágicas, maldições ou efeitos similares; se eles
não tiverem sido removidos antes da conjuração da
magia, eles voltam a afetar a criatura quando ela volta a
viver. A magia não pode trazer uma criatura morta-viva
de volta à vida.
Essa magia fecha todos os ferimentos mortais, mas ela
não restaura partes do corpo perdidas. Se a criatura não
tiver uma parte do corpo ou órgão fundamental para sua
sobrevivência – sua cabeça, por exemplo – a magia falha
automaticamente.
Voltar dos mortos é um calvário. O alvo sofre –4 de
penalidade em todas as suas jogadas de ataque, testes de
resistência e testes de habilidade. A cada vez que o alvo
terminar um descanso longo, as penalidades são
reduzidas em 1, até desaparecerem.

Barduk:

Antes que pudesse terminar o rito, um gesto brusco o interrompe.
Era More, que com a mão firme segurava a sua, os olhos pálidos, praticamente mortos, o encaravam.
Estava vivo, afinal.

More:

Depois da visão vaga da face por trás de Bane, tudo foi obscurecido. Não haviam sentidos, senão dor, fogo e frio alternando.
Então, em algum lugar nebuloso, começa a ouvir o som de trovões ecoando, como numa terrível tempestade.
Então os trovões tornam-se palavras, e com muito esforço, e mesmo sem sentir os limites de seu corpo, você o sente mexer um braço, num mar de dor e calor, até finalmente encontrar outro braço.
Então, a escuridão toma uma forma difusa, tornando-se outro homem.
Então, este homem ganha um rosto conhecido.

E Barduk e More se encaravam.
A dor era tanta que o drow não conseguia se mover.
Off: Permanecia com 2 PVs ainda, mas todo o dano era necrótico.

MYSTRA !

* A voz grave do drow sai sinistra, acompanhado dos olhos arregalados e visivelmente assustados ele segura forte o punho do anão*

*Barduk se assusta com o puo repentino do drow quase caindo de costas no chão e resmunga baixo tentando abafar o som*
-raios, drow desgraçado de uma figa

''pelas barbas de Moradin ele está vivo''

*um leve sorriso escondido soba a densa barba*
-SSShhhhh *leva o dedo a frente da boca e continua falando baixo*
-quieto drow, não sabemos o que há por aqui.

*Barduk pega seu odre e dá aos poucos o que restou da água benta para o drow beber*
-Finn precisamos encontrar um local seguro pra nos escondermos por algum tempo, não podemos seguir com o drow deste jeito.

Finn olha para Barduk e diz em voz baixa: - Precisamos sair desta área logo. Estamos ficando muito exposto e precisamos nos apressar se quisermos ter alguma vantagem, se já nos perceberam agora com esse grito. Não acha melhor deixarmos o drow escondido e seguirmos, não podemos perder tempo.

Finn oculta-se e atento a toda a sua volta. Estava em prontidão para intervir caso necessário.

-nenhum soldado ficará pra trás enquanto eu respirar Finn Goldpetal

''já cometi este erro uma vez e não vou tornar a cometê-lo''
-Vá na frente e veja se o caminho está livre eu me encarrego do drow

* O drow não solta o braço do anão, apertando-o inclusive e olha dentro de seus olhos com um terror indescritível e dentro da cabeça do anão a voz do drow ressoa*

" Mystra ! Bane aprisionou ... Mystra, não... alguém que detém o fogo prateado, não sei, ele controla alguém !"

* A mensagem que chega na mente de Barduk, vem de forma confusa, o drow parecia ter passado por algo que o desestabilizou, mas agora a mão negra soltava-o devagar, ele passava a respirar mais suavemente, como se estivesse de volta ao estado normal da vida, o corpo doía imensamente, ele tinha dificuldades em se movimentar, mas seguiria.*

- Onde estão indo?

*ele volta a olhar para Barduk, e o anão pode sentir um peso enorme de tristeza vindo do drow. A imagem de Baelena desaparecendo, Ildan, Alak...todos assassinados cruelmente, era questão de tempo para a fúria do drow ser manifestada. Algo ainda a impedia, talvez um senso de urgência enorme em manter o foco no que acontecera para não colocar mais pessoas em risco.

Fora assim, que Morë lutara contra o lich e os arqueiros de Shevarash, sem desespero, sem fúria, buscando proteger a si e aos Martelantes ... Esperava que não tenha sido em vão.*

Finn olhava atento ao redor, até perceber, assustado que alguém se movia ao seu lado.
Como um fantasma, ágil o bastante para evita-lo. Seria real? Ou alguma alucinação no canto do olho? Movendo-se em paralelo e se escondendo facilmente diante do seu olhar?
Estava cada vez mais perto. A um toque de distância.
E mesmo assim, o elfo não conseguia ve-lo.

Um cheiro incomum vinha dos corpos.
More tinha o mesmo cheiro. Cheiro de MORTE.
Alguns rostos vão se tornando conhecidos. Barduk já os viu em Boven.
Eram cada um dos camponeses desaparecidos. De MESES atrás.
A quanto tempo este santuário estava sendo usado?
A quanto tempo a propria morte estava sendo, ali, venerada?
Será por isso que Torin se escondeu diante de Mirkul?
Um temor cresce no coração do anão.

More estava assustado. Não estava em suas terras. Lutou ao lado dos seus, mas aparentemente "acordou" ao lado de estranhos.
Todos mortos, irremediavelmente.
Exceto...
Algo estranho naqueles corpos.
Todo o lugar emanava uma forte aura anti-natural.
O que tornava VOCÊS as únicas coisas VIVAS ali dentro daquele... mosteiro de mortos.

Finn dá passos para trás evitando aquela sombra e então com rapidez conjura Proteção contra o Mal (1º): - Pai e criador dos elfos, proteja este seu filho contra o mal que esta em sua volta.

- Cuidado Barduk. Há uma sombra ou outro ser que já nos percebeu. Precisamos nos movimentar logo. Estamos muito expostos.

*Barduk fica assustado com a revelação do drow. Teriam eles perdido a chance de interferir nos planos do tirano?*
-se acalme, precisamos seguir em frente

-sossegue elfo, seja o que for, se nos quisesse mortos já teria atacado.

*O anão olha em volta, mas sabia que seus sentidos não eram tão apurados quando ao do elfo. Sua maior responsabilidade neste momento era colocar o drow de pé.*

-o que você quer de nós esgueirando-se pelas sombras criatura?

*A vós do anão era serena, sem o tom de imposição. Ainda com o símbolo sagrado depositado em seu peito Barduk continua a canção, rezando agora por outro motivo*
-este nunca deixou o mundo dos vivos, mas caminha pelo fio de uma navalha. Recomponha-se Olori em nome do grande forjador Moradin.

CURA COMPLETA
6° nível de evocação
Tempo de Conjuração: 1 ação
Alcance: 18 metros
Componentes: V, S
Duração: Instantânea Escolha uma criatura que você possa ver, dentro do alcance. Um surto de energia positiva banha a criatura, fazendo-a recuperar 70 pontos de vida. Essa magia também acaba com efeitos de cegueira, surdez e qualquer doença que estejam afetando o alvo. Essa magia não tem efeito em constructos ou mortos-vivos.


Total de Magias disponíveis: 8
6º Círculo: 0
5º Círculo: 1
4º Círculo: 1
3º Círculo: 3
2º Círculo: 3
1º Circuo: 3
Truques: 5

A onda divina rodeia Barduk, abrindo como um tornado. Ela se concentra nas mãos do anão por um instante... e então desaparece.

No instante seguinte, toda aquela onda de poder some, lançada no esquecimento.

Finn vê a figura no canto da vista ganhar forma.
Desta vez, todos vêem uma imagem sinistra, uma "criança" mumificada, ou assim parecia, vinha se aproximando, abraçada a uma enorme espada longa de lâmina escura:

A mão brilhava na mesma aura recém conjurada por Barduk, a poderosa magia de cura efetivamente ROUBADA durante sua conjuração.



Finn sente um arrepio, e uma estranha familiaridade à visão daquela criança, abraçada à espada, que num primeiro momento parecia ter o dobro de sua altura.
Mas então, num passo, a criança apoia a espada à sua frente e passa por trás da lâmina, e no instante seguinte já não era mais uma criança.
Havia crescido em porte e estatura. Mas seguia se aproximando cada vez mais.

* O drow chegara a fechar os olhos quando sentiu o abrasador calor da magia de Barduk mas logo o abrira quando nada em seu corpo havia mudado.

Percebendo a criatura que se apresentava, ele levanta-se com dificuldade apoiando-se em seu cajado, nao poderia fazer muito fisicamente mas tentaria ao menos se comunicar deixando os dois livres para o ataque se assim fosse necessário, esperava que não, não agora, não ainda.

Enquanto olha a criatura por alguns segundos e abaixa a cabeça em seguida num sinal de respeito. *

- Neste lugar de dor e esquecimento, o que mais queremos é seguir nossos passos. Quem vem a nós?

* Olori não sabia onde estavam, e não sabia com quem lidava. A primeira tentativa de comunicação era uma forma de tentar retirar alguma informação e evitar um combate desnecessário, procurar algum elemento para seguir com o diálogo.*

Finn busca em suas memórias... Onde havia visto tal criança e agora aquele adulto. Tentava se recordar de todas as formas, mas continuava em total prontidão.

*O anão se põe de pé entre o drow e a criatura, mas mantinha às duas mãos livres enquanto aguarda a resposta para a pergunta que ele e o drow haviam feito*

Uma voz não dúbia, mas tripla, é o que sai do que agora parecia ser um halfling, velho e decrépito.
A voz era de uma criança... e de um homem feito... e de uma mulher...
Poderia ser todas, ou algo entre elas:
- Finn Goldpetal. Está mudado. Um fantasma da glória passada.

O chão parecia úmido sob os pés.

* Olha para Barduk balançando a cabeça negativamente... e se afasta, procurando compreender onde enfim estavam, vasculhando o local com os olhos e esperava que a umidade em seus pés não fosse sangue. *

Finn remove o capuz e diz: - Não me recordo de você! Pode refrescar minha mente?

Off. Não me recordo de nada Felipe?

O corpo diminui à estatura de um halfling, e apóia a espada no chão, dizendo:
- É claro que não se lembra de mim, Finn. Da última vez que me viram pensaramq ue eu era Yuri, um ladrãozinho de Waterdeep.

Ele dá a volta na espada, segurando pelo cabo, e ao terminar a volta estava de costas pra vocês, caminhando em direção ao centro do horrendo pátio, cercado por pessoas enforcadas.

Ele diz, de maneira casual, agora erguendo a espada e apoiando-a no ombro:
- O que acharam da decoração deste lugar?

Barduk vê que de alguma maneira ele conservava o poder da magia na mão. Não absorvida, nem finalizada.
A cada passo dado, a cada instante em que a distância entre Barduk e a sinistra espada aumentava, um alívio crescia dentro de você.