Memórias - Myth Drannor - Finn!!

Ao cruzar a luz do portal, Finn se vê rompendo a película do espaço, sendo despejado como um forte empurrão no meio de um imenso salão circular.
Haviam saídas em abóboda por todos os lados, passando pelo meio de grandes espelhos que circundavam o centro do salão, flutuando com a enorme quantidade de magias que os criaram, cada um abençoado por uma força de Toril, cada um levando a um lugar bem diferente, através de reinos das diferentes raças que já habitaram as ruas de Myth Drannor.

Mas além das abóbodas, havia céu aberto passando por escombros do que já foram paredes. Ruínas lendárias de um tempo esquecido na história, que se misturavam a carcaças de animais e escombros de antigas guerras, hoje recobertos por musgos e trepadeiras.

Ali, entre os espelhos, estava ainda a figura do "Rei Mascarado", que apesar da máscara não era difícil adivinhar a expressão enfeitiçada que escondia.
Poucos já pisaram aquele lugar, e se não fosse pelo brilho dos espelhos flutuantes, diriam estar abandonado a eras.
Espessas teias de aranha tomavam os cantos, e restos de líquens e cipós, rompidos por pesadas chuvas características da região, pendiam por buracos no teto.

O mascarado exclama algo que Finn não compreende, a língua talvez, e em seguida diz:
- Pelos deuses... por tudo que há de mais sagrado... como pode um lugar destes ficar esquecido?

"AAH! ME SOLTA SEU... NÃO, ASSIM NÃO... NÃO ME SOLTA... AAAAAAHHHHHHH!!!"

Um dos espelhos brilha numa luz dourada, e dele sai voando um anão agarrado a uma porta.
Kiergan é arremessado pelo portal, caindo estatelado e indo parar contra uma pilha de escombros, entalado de cabeça pra baixo.
Ele praguejava terrivelmente, enquanto a luz do portal minguava, voltando a ser espelho.

O mascarado ri:
- Hahaha! Acho que apenas os grandes foram valentes a conhecer um mundo de lendas..

Ao ver a cena do anão saindo voando pelo portal digo: - Não acredito muito nisso, mas pelo jeito que chegou... acho que houve alguma pertubação no portal e ainda por cima jogaram ele para cá...

Finn vai até o anão ajudando-o, puxando-o pelas pernas e quando ele se situa pergunto: - O que houve? Porque não está com Barduk ou ele que lhe mandou para cá?

Aguardo a resposta e depois me viro ao mascarado e digo: - Infelizmente muitas guerras ocorreram nesse magnifico lugar por poder e ganância, mas houve eras em que praticamente todas as raças viviam unidas e em harmonia. É triste ver tamanha beleza destruída... Então como posso lhe chamar e o que pretende realmente?

Levantando-se, Keegan se debatia:
- Ei, pode deixar que eu me levanto.

Ele rola e fica em pé, e então faz cara de embasbacado:
- UUAAAAAAAAUUUUUUUUUU!!

Ao se recobrar, ele diz:
- Portais são mágicos, portanto defeituosos por natureza. Eu passei no meio deles. O general mandou dar cabo do feiticeiro, que estava matando os outros...

Ele interrompe o relato ao perceber o mascarado, recuando pra junto do escudo, que ficou preso no chão, e resume:
- Enfim, alguém me agarrou e me jogou pelo portal.

Mascarado:
- Se Urnas atacou, é porque foi atacado antes. Considere certa a morte dos outros. Nem imaginam o que acordaram.

O silêncio de Keegan confirma a suspeita do mascarado.

Finn balança a cabeça negativamente... - Infelizmente agora estamos separados por quilômetros de distância e eles precisam arcar com as consequências de seus atos.

Olho firmemente para o anão e digo: - Agora estamos num território perigoso e mortal, cheio de armadilhas e com uma guerra. Preciso encontrar vestígios dos Chamas e de meus amigos, também achar qual portal eles utilizam para chegar até as montanhas da Tempestade e fechá-lo.

Finn se aproxima do mascarado e olhando firmemente para seus olhos entre a máscara, então diz: - Compreendo e parte sua motivação em seguir para cá, entretanto nesse momento penso que devemos cooperar para sobrevivermos e para obtermos o maior conhecimento possível. Então o que me diz?

Finn aguarda a resposta do mascarado e caso se positiva lhe estende a mão para selar "um acordo de cooperação".

Ele diz:
- Não sou tolo de vir aqui sem um elfo para me guiar. Cooperar, sim. Vamos ver até onde chegamos.

Sem apertar a mão, ele vai até um dos espelhos.

Finn observa a ação do Mascarado e via até que espelho ele seguia...

Ele diz, mais para si mesmo:
- Isto está calmo demais para uma guerra. Sabe qual destes leva a Evereska?

- Realmente... Também estou achando estranho essa tranquilidade toda e terei que estudar para identificar qual desses pode ir a Evereska, mas qual a curiosidade sobre?

Finn procura por alguma abertura entre as paredes para observar o lado de fora do local.

Abertura era o que não faltavam, afinal, as paredes externas estavam ele ruínas havia séculos.

Mascarado: Imagino que se mais elfos vêm para ajudar, virão de Evereska. Então será o ponto mais provável de encontrar alguém.

Finn ouve ao longe o que pareciam ser goblins conversando.

Sinalizo para o mascarado e para o anão que ouvi algo, então me afasto e sento no chão, fecho os olhos e conjuro Olho Arcano.

Levo o olho para fora e monitoro o ambiente e sigo até os goblinóides.

Spoiler:

Saindo de onde estavam, Finn desce um pequeno lance de escadas, até chegar a um patamar que um dia foi uma praça, hoje, escombros no meio da floresta, tendo uma pilha arruinada de pedras ao centro.

Ali, um bando de 8 goblins riam e conversavam, um deles vestindo uma cota de malha que visivelmente não lhe ajustava. Andava na ponta dos pés falando imbecilidades, enquanto os outros riam de se acabar.

Pareciam estar guardando uma passagem, um buraco no que um dia foi um muro.

Continuo com o olho para dentro da passagem e vou observando tudo com muita atenção.

(Continuando...)

Julgando ser importante, Kiergan dobra o estandarte e guarda em sua mochila. "Mais informações para o general", ele resmunga, percebendo a falta de direções da dupla.
O mascarado admirava cada canto, parecia encantado com a arquitetura, parava em alguns arcos e observava restos de grandes mosaicos.

Por fim, percorrendo um pequeno corredor, agora aberto pelo desmoronamento de suas paredes, vocês chegam ao que parecia a estrutura de uma guarita. Escombros de mobiliários e uma arca rachada por ladrões ao longo do tempo ainda estavam lá. Roupas destruídas pelo tempo do que um dia foi fina costura anã.
K: Anões do Escudo. Por Moradim, tinha me esquecido que houveram anões em Myth Drannor. Droga, por que não prestei mais atenção às aulas de história no templo.
M: Aqui não haviam templos solitários. Era proibido. Somento Corelon desfrutava de um santuário em sua homenagem, e por muito tempo druidas o usaram como um círculo de reuniões. Lendas com um fundo de verdade, pelo visto.

Kiergan faz cara de impressionado:
M: Nem todos perdem as aulas de história.

Desdenhoso como sempre, ele caminha ao redor dos escombros, indo além da guarita e observando uma alameda que desce, mato além da cintura.
Kiergan ainda analisava a estrutura, dizendo:
K: O salão era élfico, mas aqui é estrutura anã, sem dúvida. Macacos me mordam, paredes mescladas. Nunca pensei que veria isso.
M: Um jardim suspenso... ou já foi. Ainda há algumas flores selvagens em meio ao mato. Talvez haja algo útil.

Ele se afasta, explorando os arredores.

Finn estava maravilhado por todo o ambiente, mas devida a concentração na magia apenas observava sem prestar atenção devida.

- Preciso parar um pouco. Ainda estou com minha magia concentrada e ficar andando sem total atenção aqui não é bom.

Finn procura um local na guarita e senta no solo. Puxa uma caneca com água de seu manto e bebe, depois oferece aos dois.

O mascarado se perde no tal "jardim", vasculhando a grama.
Kiergan diz:
- Água nada, pra ficar aqui precisa ser mais forte.

Ele tira um cantil de cerveja, repetindo o gesto da oferta, e monta guarda na guarita.

- Coloque um pouco para que eu possa experimentar, mas lembre-se que precisamos nos manter hidratados e água é sempre necessário. Já tomei algumas bebidas, mas cerveja ainda não. Entretanto não dispenso um bom vinho e um hidromel.

Depois tiro a mochila e abro. Olhando para o dragão digo: - Acho que irá gostar de sair e observar onde estamos. Venha ver.

Depois tomo a cerveja do anão.

Ele não perde tempo, e já sai voando em círculos, enchendo o ambiente com "Uaus!"
O mascarado estava colhendo folhas de algum tipo.
Kiergan separa uma caneca e coloca um pouco de cerveja avermelhada, uma das mais moderadas da raça, de um amargo-adocicado.

Um clarão distante revela que um dos portais intermitentes fora aberto, e podiam ouvir passos pesados se aproximando.
O mascarado se abaixa, sumindo de vista na folhagem.

Assim que bebo devolvo a caneca, mas ao ouvir o som de passos indico ao anão para se esconder e pego um pedaço de folhagem e passo levemente no chão para sumir com qualquer rastro e depois me aproveitando de estar no meu ambiente natural simplesmente desapareço na mata apenas observando na direção dos passos.

Outro clarão como antes, e os passos pesados cessam. De certo, um misterioso sentinela em um dos portais aleatórios.

Continuo observando por mais alguns instantes até que saio da mata.

- Melhor procurarmos um local "seguro". Na verdade gostaria de encontrar uma biblioteca para quem sabe encontrar algumas respostas. Sabemos o que temos que fazer, mas sem um disfarce ou uma grande distração não conseguiremos adentrar naquela torre para fechar o portal.

Kiergan bate na própria testa e diz:
- Por Moradin, como somos burros. Estamos pensando como elfos contra elfos. Temos que pensar como anões. Não foi você quem falou que as proteções do salão impedem portais? Pois é lá que devemos ficar, e proteger as entradas. Sem a surpresa dos portais, veríamos qualquer um que se aproximasse. Além disso, não acho que fariam apenas um cômodo para algo tão importante. Deve ter mais coisa abaixo de nós.

O mascarado reaparece segurando uma flâmula vermelha, e diz:
- Ele tem razão. Sabemos onde ir, mas precisamos saber como. Isto pode nos ajudar a saltar como eles, mas ainda precisamos esperar a sorte nos favorecer, e um dos portais aparecer por tempo o bastante para usarmos. Podemos voltar e explorar o interior deste grande templo, como disse, e aprender mais sobre sua história e seus segredos. Assim saberemos como entrar na torre.

- Excelente ideia Kiergan. Vamos voltar e explorar o salão. Certamente deve haver túneis e passagens escondidas. O contingente inimigo é impressionante e se dermos um passo em falso ou cometermos qualquer deslize não voltaremos... Vamos aprender a história, dentro da história...

Finn faz sinal para o dragão e volta a caminhar em direção ao salão dos espelhos.

Logo, vasculhando os escombros, vocês constatam que junto com as paredes, boa parte dos túneis e corredores desmoronaram com o resto da estrutura.
Todos, exceto uma passagem, um arco que levava a uma escadaria para baixo, nas paredes suportes do que um dia foram tochas.

M: O estandarte estava caído não muito distante. Duvido que seja tão velho quanto a cidade. Se alguém usou esta passagem, foi a bastante tempo.

Porém, Finn vê, com sua visão de elfo, passos muito leves transitando por ali. Alguém ainda usava esta escada, mesmo que o rastro também esteja encoberto por poeira, era difícil dizer se a última passagem foi para dentro ou para fora dali.

- Olhem com atenção! Ouve movimentação por esta passagem, mas não consigo dizer precisamente se foi para dentro ou fora dela. Essa é nossa única pista.

Olhando para Kiergan: - Kiergan. Sua raça são excelentes na construção de túneis e passagens, será que não há alguma passagem escondida que nos passou despercebido por nossos olhos?

Voltando atenção para o Mascarado: - Realmente não acredito nisso também e sei que há uma grande anciã vermelha que domina essa região. Penso que há algo muito maior acontecendo por essas terras e que talvez o culto do dragão esteja envolvido.

- Vamos ver esse túnel?

Tanto o mascarado quanto Kiergan ficam atônitos, e o anão diz, agarrado ao escudo:
- Tá me dizendo que estamos andando todo esse tempo no covil de uma anciã e não nos fala nada? Já podíamos ter morrido então. É CLARO que devemos descer. Um dragão não passa nessa abertura, e se passar, na pior das hipóteses temos de lidar com seu bafo, não com todo seu peso.

O Mascarado ri e diz:
- Hahaha!! Como se ela fosse sentar em você. mas está certo. só podemos descer. Pelo menos até encontrar uma maneira de usar isso. (ele diz, guardando a flâmula na bolsa.)

Kiergan olha ao redor, olha para os espelhos e diz:
- Duvido que haja entradas escondidas aqui. A complexidade destes espelhos flutuantes é grande demais pros meus miolos, seria arriscado abrir e fechar portas por perto. Além do mais, as paredes deste lugar desmoronaram a eras. Se alguma dessas passagens era secreta, já não é mais há um bom par de séculos.

Passos rodeavam o salão. Alguém andava, vindo por alguma das muitas aberturas.