Expandindo ares - Altair!!

Altair ganha os aposentos do Capitão. Em meio à confusão, ninguém se importou em detê-lo.
Ali, no amplo cômodo, bem ao centro havia uma larga cama.
Todo o ambiente era ricamente decorado, e se não fosse pelas sacudidas do navio, nem se diria estarem em águas abertas, já que as poucas janelas eram decoradas com cortinas, agora fechadas, o que escurecia o ambiente.

Ao redor da cama estavam o capitão, alguns poucos tripulantes e um homem velho, empunhando um cajado com um caduceus na ponta, cuidadosamente entalhado.
Os olhos das serpentes brilhavam numa fraca luz azul, e sua atenção estava voltada para uma pessoa deitada na cama, embrulhada em cobertores grossos.

Apesar do que parecia, o quarto estava bastante frio, e à exceção do capitão, que punha um pouco de fumaça pela boca, os outros presentes tremiam.

Altair chega sem fazer alarde e respeitando o descanso daquele ser, se aproxima aos passos leves para olhar oque seria aquela pessoa e vai falar com o capitão.
-Conhece capitão? era esse o negociador que estava esperando?

- HAHAHA!! Certo que não. Quem espero vai sacudir o barco ao chegar. Este infeliz eu desconheço.

A porta se abre, o imediato:
- Ei, Wondrich, é bom com rastros? Tenho uma tarefa pra você.

-Eu não chamaria de infeliz alguém que caiu nessas águas gélidas tão próximo de seu resgate, eu chamaria de abençoado por Tymora.

Vira-se meio que no susto para o imediato.
-Err, não é bem minha especialidade, mas posso nos manter no caminho certo.

O tronculento imediato diz:
- Ótimo, preciso de você numa pequena expedição. Não tenho batedores confiáveis para este tipo de terreno e precisamos ver de onde veio o forasteiro, antes que o rastro se apague.

Ele aponta Leste, onde uma pesada nuvem se formava, fosse chuva ou neve, qualquer trilha seria perdida muito em breve.

-Então vamos logo resolver isso, se eu quisesse ficar no meio de uma geleira teria decido em Neverwinter.

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Consegui ver alguma coisa da vítima? raça, gênero, vestimentas... etc

Estava toda enrolada em grossas cobertas. Conseguiu ver apenas traços vagos, um homem de meia-idade, pele morena e pele queimada de sol.
Condizente com os povos da região... pelo menos antes do gelo se instalar.

[off] ok era só pra ter alguma noção mesmo, segue o imediato[/off]

Um bote estava sendo preparado, nele um dos gyths e outros dois marinheiros se aprontavam.
O Imediato diz:
- Enquanto cuidamos do coitado, vocês devem olhar onde ele esteve. Se tiver respostas por lá, precisaremos.

Selina passa por vocês, entrando no bote.
Imediato: EI!! Onde vai?
Selina: Ajudar em terra. Sou inútil se não souber onde estamos.

Ela vestia uma túnica de frio ao melhor estilo Shaarano.
O Imediato olha pra você, afinal estava no comando da operação.

Acena positivamente com a cabeça para o imediato.
-Ela vem com a gente.
Ajuda Selina a entrar no bote.
-Qual a sua especialidade mesmo?

- Mapas e navegação. Quem sabe em terra identifico melhor nossa posição.

O bote se preparava para ser descido.

Instantes depois o pequeno grupo formado por Altair, Selina, 2 marinheiros e um dos gyths (auto declarado "batedor") já se aproximava da costa. A única diferença para os mares gelados do Norte era a ausência de blocos de gelo pelas águas. O "mar" era estranhamente limpo.

A costa se aproximava rápido, perto de onde estava a mancha de sangue.

Altair fica apreensivo, podia esperar qualquer daquele lugar, sabe-se lá oque veio junto com aquele gelo todo. Espera o barco chegar a margem e estando a frente da expedição é o primeiro a pisar em terra.

Em terra:

Nem bem o bote encosta, Altair já estava com os pés fincados no solo, liso pela neve... na verdade, parecia mais terra cristalizada.
Como se toda a geografia tivesse sido congelada.
Pequenos cristais cobriam tudo, mas as nuvens... olhando mais de perto, não passavam de chuva "ordinária".

O gyth é o segundo em terra, dando um saldo do bote mais parecendo algum grande "inseto".
Ele mantinha um sorriso sempre traiçoeiro no rosto (talvez, um traço da raça).

Estavam a alguns metros do deslizamento com sangue.

Ajuda aos outros a descer do barco e colocar o barco em segurança na margem. A primeira coisa que Altair observa é essa "neve", é realmente neve? gelo?

Aos olhos, parece neve. Ao toque também.
Mas um olhar mais cuidadoso revela uma textura farelenta.
Como se fosse terra, fria e fina.

Altair fica intrigado com aquela neve bizarra. Pega um recipiente para juntar um pouco da neve para ser analisada mais tarde e diz a seus companheiros:
-Espalhem-se, procurem por evidência, mas mantenham-se ao alcance da visão de seus companheiros, não sabemos oque mais encontraremos por aqui.
Altair saca sua besta de mão como garantia.

Dali, um cenário tétrico começa a se formar na mente de Altair. Eram claros sinais de luta aqui e ali, flechas recém disparadas atingiram árvores e moitas.
Mas o maior dos golpes estava numa poça de sangue congelado, era muito recente, e se tornava um rastejar até a beira do barranco onde o vira cair na água.

Haviam ainda passos indo e vindo, mas o rastro mais dominante, talvez o mais recente, era firme e seguia diretamente para Oeste desta posição.
O gyth diz:
- Batedores!! Devem ter olhos sobre nós.

O gyth diz:
- Até onde nos extendemos?

"Ei, Aqui!"

Um marujo revira uma pilha de folhas, tirando de baixo uma bolsa de couro cru, com azevinho, alguns cogumelos e um pequeno foicete prateado.
Itens de um druida.

-Não muito longe, não quero perder o alcance da voz de Imp, não sabendo que estamos sendo vigiados.

quando o marujo exclama logo Altair vira sua atenção para ele agradecendo com um sorriso carismático.
-Boa garoto! embrulhe tudo e guarde com cuidado, se forem pertences do resgatado já diz um pouco sobre ele.
Finaliza com um sinal de positivo e volta a sua atenção ao gyth falando baixo tentando mover pouco os labios para não serem lidos.
-Você tem alguma ideia de onde estão os batedores? ou vou ter que resolver isso na forma diplomática?

O gyth dá de ombros, dizendo:
- Armas não nos faltam. E seria bom um pouco de ação.

O marujo traz até você a bolsa encontrada. Para sua confirmação, nada ali vinha de um ambiente de clima frio. Além de pequenas tranqueiras sem valor (senão como possíveis componentes que desconhecesse), havia ainda um pequeno amuleto embrulhado numa camisa velha, com inscrições na língua drow.
Parecia um nome. Talvez uma insígnia.

-Que assim seja então!

Altair busca seu bastão de cordas na mochila, segurando o bastão em uma mão e a besta na outra. Respira fundo apreciando oque poderia ser seus últimos segundos de paz naquela paisagem bucólica, gostaria de evitar um confronto a qualquer custo, apesar de bem armados estavam eu desvantagem pois não sabiam a posição de quem quer que os observassem e muito menos quantos eram, para virar essa mesa e talvez resolver esse embate de forma diplomática Altair toma uma estrategia perigosa e ousada, para uns soaria até como uma estrategia idiota. Altair eleva sua voz e grita aos ares em direção a trilha.
-Ei!!!! Sabemos que estão aí e vocês sabem que estamos aqui, só queremos entender oque se passa por essa região!!! Viemos em paz!!! Se estão em paz respondam!!! Se querem brincar de esconder daí a brincadeira vai ser séria!!!

A resposta vem tímida, quase um sussurro no ambiente, entrecortado pelo vento frio:
"Ele está vivo?"

Responde em voz alta, agora se direcionando para a direção de onde vem a voz misteriosa.
-Desacordado, bem fraco, mas parece que não foi dessa vez que ele dormiu com os tubarões, mas me diga, quem é ele? Quem é você?

A mesma voz:
"Dormir com os tubarões... deve ser como nadar com as focas."

Uma figura enorme e completamente branca sai do meio das árvores, pêlos longos e olhos vermelhos.
Ele diz novamente:
"Eles vão me matar."